domingo, 30 de janeiro de 2011

28 - Porque Sou Amor, Ao Te Reconciliares Com Todas As Coisas Do Céu E Da Terra, Aí, Então, Me Revelarei

Comecei este estudo, coincidentemente, no dia 11 de outubro de 2010, no aniversário de minha augusta esposa, um dia depois de meu 35º aniversário. Não pensei que estas 28 frases demorassem tanto para serem esquadrinhadas, mas foram. Levei até o final deste mês de janeiro para terminá-las, com esta frase que é realmente uma pérola, e merece, realmente, ser devidamente esquartejada, para maior e melhor compreensão...

PORQUE SOU AMOR: Acabou-se o que era doce: Deus é amor. Ou melhor, Deus é Amor, com A maiúsculo. Deus é Unidade, é Unicidade, é Uno. Pode se dividir em três, como na Santíssima Trindade, pode ter três acepções, mas Deus é Uno, porque Deus é Amor. Não é um atributo moral de Deus, é simplesmente uma Verdade Matemática. Estou extraindo deste discurso toda a conotação de moral por imaginar que, por ser a moral tão intercambiável, tanto no tempo como no espaço, só posso chegar a conclusão de que a moral é meramente fenomênica e, como tal, essencialmente inexistente (o que não nos exime de cumprir alguns de seus ditames, afinal de contas, também nós estamos neste mundo fenomênico). Nosso conceito de Deus também é fenomênico, até este que escrevo pode ser superado no futuro (que pode ser até amanhã mesmo) por uma mente mais iluminada que a minha (o que, garanto, não é muito difícil de se achar, talvez até meu vizinho me supere aqui...). Mas o que eu quero dizer aqui é que Deus não se apega aos nossos mutáveis conceitos morais, Ele se rege apenas pela Lei do Amor, ou melhor, Ele é o próprio Amor, e Ele segue apenas a sua Essência. Compreendido?

AO TE RECONCILIARES COM TODAS AS COISAS DO CÉU E DA TERRA: Assim, cientes de que Deus é Amor, quando nos reconciliamos com todas as coisas do céu e da terra (notem a sutil, mas grandiosa diferença: quando nos reconciliamos com as coisas, e não com Deus... sabem porque isso?
Porque, em absoluto, Deus nunca nos perdoou. Exatamente isso. Ele nunca nos perdoou pelo fato de que Ele nunca Se ofendeu com qualquer coisa que fizemos, estamos fazendo, ou viemos no futoro a fazer. Só isso. Deus é Amor, Deus não é ofensa, Deus não é rancor, Deus não é melindre, Deus não é nenhum sentimento mais medíocre humano. Deus é pura e simplesmente Amor.
Muito bom, LeoJisso, isso que você está falando é muito bonito na teoria, mas na prática é nitroglicerina pura, pois vai dar munição a um monte de consciensciosos de perderem seus parcos escrúpulos e praticarem atos contrários a moral e aos bons costumes. Sim, corro novamente o risco disso, mas se tais atos forem praticados, e serem praticados contra a Lei do Amor, aí, então, tudo fracassará, pois simplesmente não se atingiu a vontade de Deus.
Explico: A eletricidade é boa, não? Sem dúvida, ela ajuda em muitas coisas. Mas, se você colocar um dedo numa tomada e levar um choque, ela vai ser ruim, não vai? Vai, porque a função da eletricidade não é dar choque, é gerar energia. Do mesmo modo, a função de Deus, e, em última análise, do homem, Seu Filho, é criar (gerar energia) e não destruir (dar choque). Então, poderíamos, em sã consciência, convencer a nós mesmo que Deus nos castigou por algo? Nada disso, apenas não soubemos usar tudo o que Ele nos deu adequadamente. O resto, bem, o resto...

AÍ, ENTÃO, ME REVELAREI: Deus vai Se revelar numa miragem? Não. Deus vai Se revelar em nuvens, sob o céu? Não. Vai aparecer alguém dizendo para você que é Deus? Não. Deus vai Se revelar em sua Imagem Verdadeira, no atendimento às suas orações, amável leitor. Deus vai Se revelar num fato que você jura-por-tudo-quanto-é-mais-sagrado que é milagre. Deus vai Se revelar num Relato de Experiência. Deus vai Se revelar no perdão, que nada mais é que a restauração do Amor. Deus vai Se revelar num riso, num choro, numa lágrima, num êxtase, numa gota de chuva, num raio de sol, no percevejo que há uma semana repousa numa pequena folha da árvore aqui no meu quarto chocando ovos, na voz de um ente querido, na voz de um amigo que não vimos a muito tempo... é assim que Deus vai Se revelar.
Porque Deus é o Todo de Tudo.
Porque Deus é Você, Leitor.
Porque Deus Somos Todos Nós.

"Eu disse: 'Sois deuses,
sois todos filhos do Altíssimo"
(Salmo 82,6)

27 - Se Queres Chamar-Me, Reconcilia-te Com Todas As Coisas Do Céu E Da Terra E Chama Por Mim

Penúltima frase de nossa Revelação Divina. Após esta, só a última, de encerramento. Mas aqui já começamos a visualizar grand finale, que, na realidade, é apenas o retorno àquela nossa primeira frase...
Confesso a vocês uma coisa: o que escrevi no meu último post, da natureza divina, mexeu comigo e me fez refletir um bocado durante a manhã de hoje. Será que eu consegui atar as três pontas que tínhamos em mente e, sem querer querendo, conseguimos resolver uma das questões que mais aflige a humanidade pia e devota, independentemente do credo religioso, de todos os tempos? Reconheço que a tese tem de ser melhor burilada e esmerilhada, mas acho que é um caminho válido e honesto para se chegar a tal conclusão...
Voltando a frase do post de agora... então vimos que Deus não pode ser encontrado aqui ou acolá, muito menos com médiuns. Assim, se quisermos chamar Deus, que magia deveremos fazer, que mistério deveremos tomar parte? Bingo, a tal da RE-CON-CI-LI-A-ÇÃO...
No post anterior, falei que a única lei que Deus nos deu, de verdade, que possa ser considerado, com um pouco de esforço nosso, como lei moral, é a Lei do Amor. Ou seja, eu te amo porque me sinto igual a você, eu e o outro somos um. Na realidade, no fundo no fundo, não pode nem ser chamado isso de Lei, mas simplesmente o reconhecimento de uma verdade matemática, tal qual 2 + 2 = 4. Dois mais dois é igual a quatro não é uma lei, é um reconhecimento de uma verdade matemática. Dois mais dois é igual a cinco expressa uma inverdade do ponto de vista matemático. Eu e o outro não somos um equivale a mesma inverdade, só que do ponto de vista espiritual.
E isso é tão verdade que na própria Bíblia já se expressava tais fatos. Lembram-se daquela parte do Evangelho que dizia: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, lá eu estarei"? Onde dois estiverem reunidos (e re-unido é o mesmo que re-conciliado), lá eu estarei. Simples, não? Agora, leiam de novo a frase título deste post: Se queres chamar-Me, reconcilia-te e chama por mim. Qualquer semelhança é mera coincidência?
E nós que pensávamos que agradaríamos aos deuses com sacrifícios, asceses e quejandos, quando o único requisito por Ele solicitado era, apenas e tão-somente... o sentimento de união com todas as coisas do céu e da terra, ou seja, o cumprimento, ou o reconhecimento da Lei do Amor. Agora, que já estamos quase, quase no finalzinho, é que podemos entender melhor o grandioso significado de "Reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra", não? Pois é, mas nossa RD não poderia estar completa sem esta última frase, que já já vou interpretar para vocês...

sábado, 29 de janeiro de 2011

26 - Não Penses Que Chamando Por Deus Através De Um Médium, Deus Possa Se Revelar

Sim, amigos, estamos quase no fim, e esta frase resume as duas últimas frases ditas acima e mais: corroborando o que falei anteriormente. Explico: Deus não Se revela a médiuns, Deus Se revela através de outros meios. Cumpre a nós saber que meios seriam, para termos uma maior compreensão do que vem a ser Deus, e acho que esta RD nos está ensinando, e muito.
Na primeira pergunta do Livro dos Espíritos consta: "O que é Deus?" Eu nunca tinha reparado nesta expressão, mas um amigo meu me disse que o grande insight desta pergunta era o pronome: em vez de Quem é Deus, a pergunta era O que é Deus. Então Deus não é uma pessoa, humana, como nosotros, sus hijos? Creio que não, Deus é um princípio, um grande princípio (ou a Causa Primária, da resposta dada à esta pergunta no Livro dos Espíritos). Pois bem, evoluemos na resposta: Deus é um princípio, e daí?
Deus é um princípio criador de tudo, e ordenador de todas as coisas. Não pretendo atrelar a este conceito questões éticas ou morais, no entanto, devo admitir que Ele (It, em inglês) nos legou uma lei básica, que vem a ser a lei da mente (que Rhonda Byrne vulgarizou como se fosse a Lei da Atração), a nossa velha e conhecida Lei dos Semelhantes Se Atraem. Ou seja, tudo o que pensamos existe e acaba se concretizando, dependendo do que venha a ser, a curto, médio ou longo prazo (o porquê disso, confesso, não sei...), consciente ou inconscientemente...
Se temos noção consciente disso, tudo bem, é fácil entender; agora, se temos esta percepção apenas inconscientemente, como saber? Eis uma grande pergunta...
Mas aí entra uma questãozinha assaz atroz para todos: quando a Lei de Atração age, ela age trazendo resultados bons ou ruins, certo? Certo. Mas, se Deus é Amor, e aquela conversa toda de que Deus só quer o nosso bem, como explicar isso de modo razoável?
Buenas, não pretendo aqui bancar o teólogo, até porque sequer tenho formação para tanto, mas imagino que a resposta a esta indagação está em dois fatores: a questão do livre arbítrio e da natureza divina.
Primeiro: livre arbítrio: somos livres, liberdade esta dada e conferida por Deus para fazermos o que desejarmos de nossas vidas, certo? Certo.
Segundo: Deus, em Sua Infinita Bondade e mais Infinita Ainda Inocência, acha que Tudo o que Ele fez foi bom, certo? Igualmente certo.
Terceiro: Se para Deus não existe o dualismo entre bom e mal, de onde surgiu este dualismo, senão da prova da árvore da ciência do bem e do mal? E quem comeu este fruto, mesmo que à revelia divina? Yes, baby, us!
Juntemos as pontas deste raciocínio torto que, confesso, merece ser melhor polido em oportunidades futuras (e para isso conto com a colaboração de meus inestimáveis seis leitores): Deus não conhece nenhum paradigma moral dualista, para Ele todas as coisas obedecem a um monismo, monismo este fundamentado na Lei do Amor, e Amor aqui entendido como União entre todos os semelhantes.
Assim... para Deus nunca existem resultados ruins, pois para Deus tudo, absolutamente TUDO (pensem agora em tudo que existe de mais desprezível, podre, ruim, repugnante, asqueroso, nojento, torpe, vil, pense em um adjetivo que junte todos estes outros adjetivos num só e ainda abarque mais outros significados... pensaram? Então...) é... bom...simplesmente...bom...
Pasmos? Estupefatos? Querem me contradizer? Me contradigam, podem me contradizer sim, aceito o debate. Mas, antes, pensem no princípio do relógio de sol, que é exatamente isso que acabo de afirmar.
Para Deus, nada, absolutamente nada é ruim, nem mesmo uma aparente desgraça. Tudo é bom, tudo traz lições, tudo, absolutamente tudo. E, se Deus é assim, vamos dizer que Ele é injusto? Porque medimos nosso conceito de justiça com nossa própria minúscula régua, quando não medimos com a régua divina? Pensem nisso.
Fugi muito do assunto desta frase, mas volto a ela para encerrar: Deus não se revela através de formas, Deus se revela através de Leis e de cumprmento (consciente ou inconsciente) destas Leis. E a colheita destas Leis, ao ver dEle, será sempre boa, não importa o quanto achamos injusto tal situação. Assim, meus queridos e diletos leitores, chegamos à seguinte e trágica conclusão: Nós, somente nós, somos os responsáveis pela nossa própria felicidade. Vingança divina é algo que inexiste, o que existe, apenas e tão somente, é o cumprimento ou o descumprimento destas leis divinas, segundo a Lei do Amor. O resto? Bem, o resto, como diria aquele rabino...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

25 - Por Isso Não Me Incorporo Em Médiuns

Eu acho que no Japão, pelo menos à época do Mestre, alguns médiuns se arrogavam no direito de receber...Deus, razão pela qual saiu esta frase, meio que deslocada no conjunto da RD. Bom, nossos médiuns são mais modestos, eles recebem espíritos mesmo, muitas vezes inferiores, algumas vezes superiores, mas...Deus mesmo, o Todo Poderoso, o Bam-Bam-Bam Master do Universo mesmo, acho que não, nem teria como se convencer o público deste fato. Pelo menos, alguém que chegasse a mim dizendo que incorporou Deus seria visto, no mínimo, como um lunático. Existem pessoas em hospícios dizendo que são Napoleão, Deus mesmo... é preciso muita, mas muita loucura para se achar (ou incorporar) o Todo Poderoso...
Mas, mesmo assim, reflitamos um pouco: ainda que Deus não apareça incorporado, isso não significa que sua presença não esteja entre nós, pelo contrário, muito pelo contrário: Deus está em nós, e não precisa de muitos artifícios ou pirotecnias para senti-lo não (talvez seja este o verdadeiro sentido desta frase, o que vai iniciar a parte final desta RD), basta abrir seu coração e sua mente para uma pequena, mas fundamental reforma mental, que as próximas frases vão nos revelar daqui a pouco... por enquanto, o que tinha a dizer, pelo menos em relação ao trecho destacado, é apenas isso...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

24 - Não Sou Presença Que Possa Ser Vista Aqui Ou Acolá

Claro, lá Deus vai aparecer em todo o lugar? Na realidade, Ele já está em todo lugar, no entanto, Sua modéstia O impede de aparecer a todo tempo e a todo lugar.
Podemos aprender uma lição importante quanto a este pequeno trecho: a necessidade, para algumas pessoas quase sufocante, de ter uma comunhão com o Sagrado de uma forma quase obsessiva, sem saber que o Sagrado está no cotidiano: no bater das teclas do meu computador digitando este trecho, na rolagem da barra que permite a você, amável leitor, ler este trecho, em tudo e em todos. A situação é mais ou menos como se estivéssemos respirando e quiséssemos respirar ainda mais e mais, tentando ao máximo dilatar nossas narinas, como se mais oxigênio entrasse. Na realidade, a situação é risível, mas acontece, com várias pessoas. Pode chamar de carolas, elas pouco se dão: o que importa é o contato com Deus, com o Divino. Isolam-se em retiros, partem para viagens espirituais, anos sabáticos, buscando fora o que já têm dentro de si, dentro de suas vidas, ou seja, Deus.
Então, cabe aqui perguntar: onde podemos, finalmente, ver Deus? Em que parte? No Bem. Ou, como diria Platão, na Ideia de Bem. Ou, como diria Kant, no noumenon, no ding an sich, na coisa em si. Ou, como diria Schopenhauer, na Vontade. Ou, como diria Nietzsche, na Potência. Já repararam como cada filósofo, ateu ou não, ao seu jeito, encontra, mesmo que apenas filologicamente, de conceber Deus, mas não como uma entidade antropomórfica, mas como uma ideia, uma concepção? Uma Weltanschauung, uma concepção de mundo?
Bom, diriam vocês, então se cada cabeça uma sentença, podemos entender que Deus se divide em 6 bilhões de partes, uma para cada indivíduo, e cada indivíduo uma concepção divina distinta? A ideia, caríssimos, é essa, a ideia é exatamente essa...
Deus perpassa todo este mundo, está em todas as pessoas, mesmo as ateias, que O substituem por adjetivos altissonantes, tudo isso sendo uma mera quebra de paradigma ontológico ou epistemológico, como queiram, nada mais. Lembram-se do início da Ciência da Oração, em que o Mestre afirma que mesmo os ateus têm crença em Deus? Pois é...
Então, neste post, que nada mais nada menos vem a ser um pequeno esboço de Onde está Wally, sendo que Wally, neste caso, é Deus, podemos resumir a questão em apenas uma frase: Deus não aparece a todo instante para nós, porque Ele já é este todo instante. Captaram? Caso negativo, vamos ver se na próxima frase tentarei ser mais específico...
Esta frase, na realidade, é complementada pela frase seguinte...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

23 - Como Sou O Todo De Tudo, Estarei Somente Dentro Daquele Que Estiver Reconciliado Com Todas As Coisas Do Céu E Da Terra

Sim, senhores, já estamos chegando próximo do fim, e nem chegamos a 2012 ainda! Vamos comentar mais esta frase da nossa RD. E, como visto, ela é bem compridinha, o que nos exige um fracionamento da mesma. Vamos lá?

COMO SOU O TODO DE TUDO: Sim, amigos, esta Revelação vem de Deus. De Deus ou de um de seus porta-vozes autorizados, algo que no céu é relativamente fácil de se encontrar. Então Eu Sou o Todo de Tudo? E o que significa tal expressão?
Significa simplesmente a totalidade. Deus engloba toda a nossa realidade, perpassa por toda a nossa ilusão, está a nossa frente, vigia a nossa retaguarda, está conosco à nossa direita e não se esquece da nossa esquerda. Está um centímetro acima do meu mais alto (e ralo) tufo de cabelo e meia polegada abaixo do meu hálux (dedão do pé). Ele é a distância exata entre este computador e o galho da árvore do vizinho que insiste teimosamente em entrar janela adentro aqui deste quarto. Ele está nas Igrejas e nos prostíbulos, nos santuários e nas esquinas perigosas, ele é o chinês e o negro, o branco e o índio, é a flor da pradaria e a alga aquática. Ele também está no fígado canceroso de um doente terminal e no encontro do espermatozóide com o óvulo, Ele está em tudo e contém o nada, Ele contém o nada e abrange o tudo. Captaram? Então, sugiro mui humildemente, que escutem Gita, de Raulzito e Paul Rabbit. O efeito é o mesmo... ah, mas como disse o Mestre em sua introdução de "Descoberta e Conscientização da Verdadeira Natureza Humana", um EXCELENTE livro, certas coisas, como ler este livro, só podem ser feitas após um bem-feito Shinsokan. Recomendaria ouvir esta música devidamente shinsokado também. Aguardo comentários. Continuando...

ESTAREI SOMENTE DENTRO DAQUELE: Opa, temos aí uma contradição? Se Deus é o todo de tudo, como ele condiciona sua presença a algo? Voltemos a Gita: "Mas saiba que eu estou em você, mas você não está em mim..." É claro, é óbvio que Deus está dentro de você, Mas Ele só pode agir dentro de uma determinada condição. Explico: você tem o mais belo computador que pode imaginar dentro da sua casa, mas, para ele funcionar, você tem que ligar a tomada, não? Afinal, as coisas não andam sozinhas... neste caso, lembro-me da velha máxima liberal "laissez-faire, laissez-passez, le monde va pour lui-même", deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo. Pode até ser, mas, em se tratando de Deus, o buraco é um pouco mais embaixo. Assim, como faremos para ligar a tomada?

QUE ESTIVER RECONCILIADO COM TODAS AS COISAS DO CÉU E DA TERRA: Sim senhor, a tomada chama-se reconciliação, sinônimo de gratidão, que é a mesma coisa que seguir o princípio do relógio de sol. Parece óbvio, não? Sim, mas, como diria alguém que não me lembro: só os gênios enxergam o óbvio...
Agora sentemos um pouco e façamos uma reflexão: sempre que vamos empreender uma jornada espiritual nos dispomos a tudo para nos comungar com o Divino: seguimos dogmas, rituais, preceitos, somos admoestados por vários líderes religiosos para tomar determinadas condutas, etc etc etc e tudo isso pra quê? Se o único dogma divino é a gratidão, é a reconciliação? Agora as palavras de Cristo não parecem claras, quando Ele resume toda a Lei em apenas dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo? Nesta frase simplesmente Ele enuncia a Verdade Vertical e a Horizontal, senão vejamos:
Amar a Deus sobre todas as coisas: reconhecer a nossa filiação divina sobre todas as coisas (sobre todo o fenômeno)?
Amar o próximo como a ti mesmo: sim, pois eu e o outro somos um, porque somos apenas reflexo da nossa mente...
Agora você vê: lemos tanto, aprendemos tanto, e a fatura que Deus nos manda é apenas essa: gratidão, reconciliação.
Você pode ser qualquer coisa na vida, sendo grato é o que importa. Só isso.
Simples, não?
Ridiculamente simples.
Tão simples que dá vontade de rir.
Mas, ora bolas, quem disse que Deus é complicado?
Reflitam.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

22 - Somente Dentro Deste Sentimento De Gratidão É Que Poderás Ver-Me E Receber A Minha Salvação

Findas as sete gratidões, a frase seguinte nos reitera aquilo que já fora dito anteriormente, ou seja: não adianta estarmos todos, literalmente, mal-agradecidos, que não receberemos as ondas da salvação de Deus. Vamos fracionar a frase?

SOMENTE DENTRO DESTE SENTIMENTO DE GRATIDÃO: Que gratidão, cara pálida? Ora, a gratidão incondicional, a gratidão do maior ao menor, do que está perto e do que está longe, do tudo e do nada, é a gratidão incondicional, resumida nas sete gratidões anteriores, é a que se refere o pronome "deste"...

É QUE PODERÁS VER-ME: Calma, alto lá! Daqui a algumas poucas frases vocês vão entender a razão da advertência: quando o Revelador fala que poderás vê-Lo, significa ver com os olhos espirituais... não vos esqueçais do que é fenomênico do que não é fenomênico! Aliás, se me permitem a crítica, coisinha bem fácil de acontecer...

E RECEBER A MINHA SALVAÇÃO: Claro! Se você manter-se grato a todas as coisas e fatos fatalmente acabarás por receber a salvação divina. Mas, o que quer dizer salvação divina? Se nos últimos instantes de nossa vida, tivermos um súbito surto de gratidão, as portas do céu abrir-nos-ão? Calma de novo, não é bem assim...

A salvação divina pode estar numa simples resposta a uma prece. Isso mesmo. Querem ver? Peguem qualquer revista sagrada com relato de experiência e vejam o esqueleto típico de um relato digno deste nome. Não conseguem identificar? Vou dissecar para vocês:

1. Inicialmente o relator nos informa como era sua vida antes (Eu era assim e assado...)

2. Depois, por uma obra miraculosa do destino (leia-se Deus) ele conheceu um preletor, uma sutra, uma revista sagrada, alguma coisa de SNI, e, tomando conhecimento de alguns conceitos básicos, resolve aceitar o Ensinamento e mais: resolve... pra-ti-car...

3. Ele pratica. Algumas vezes nas práticas ocorrem crises de choro convulsivo ou alguma espécie de arrependimento por alguma coisa no passado.

4. Ocorre a cura ou a graça desejada, ou seja, a salvação divina.

Agora, pergunto aos meus seis sagazes leitores: onde está "este sentimento de gratidão"? Sim, senhores, exatamente ali, no terceiro ponto acima citado, na prática. E porque ocorre as tais crises de choro? É o tal do ego se desintegrando (ou vocês acham que é só o carma que se desintegra? Na-na-ni-na-não, a inconsistência do ego o sujeita a, vez por outra, ser desintegrado, ocorrendo o tal do Fenômeno da última linha da página 27 da Sutra, o Fenômeno real)

E mais: isso nos leva a seguinte conclusão: se SNI é prática, a gratidão deve ser prática. Prática? Prática não, hábito. Explico: como fazemos para andar de bicicleta? Andamos, andamos, andamos, levamos um ou outro tombo vez ou outra, mas não desistimos. Captaram? Com a gratidão é a mesma coisa: agradecemos, agradecemos e agradecemos, até isso se tornar um hábito tão banal quanto... andar de bicicleta... simples assim!

Em suma, se quiserem olhar por este ângulo, outra não será a conclusão de que a SNI, no fundo no fundo é a mais grandiosa reforma mental pela qual pode passar um ser humano.

domingo, 23 de janeiro de 2011

21 - Agradece A Todas As Coisas Do Céu E Da Terra

Sim, senhores, o que eu perguntei no último post? Ah, sim, qual era a primeira Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-no-Ie, e qual era? "Agradecer a todas as coisas do universo". Alguma semelhança aqui? Acho que não, né?
A RD finaliza as sete gratidões com a mais vaga mas não menos importante gratidão de todas: a todas as coisas do céu e da terra.
Veio-me à mente agora uma passagem do Evangelho, mais precisamente Mateus no Sermão da Montanha (caps. 5 a 7). Não me exijam o versículo exato, pois estou com preguiça de procurar na Bíblia, mas se trata daquela parte que Cristo fala: "Orai pelos inimigos, fazei bem aos que vos perseguem; nada há de meritório em amar os amigos, isso até os gentios fazem, a diferença é amar os inimigos". Algo desse tipo. Pois bem, o que vem a ser orar pelos inimigos e fazer bem aos que vos perseguem? Não seria agradecer a estas pessoas? E, mais uma vez insisto, o que vem a ser o agradecer senão reconhecer o bem que lhe é feito?
E nós achando que Cristo estava sendo "bonzinho" naquela passagem... na realidade Ele estava era aplicando a chamada lei mental do semelhante atrai semelhante, a mesma que Buda, 600 anos antes, explicava a um discípulo seu, quando lhe foi inquirido sobre o envio de vibrações de ódio. "Não resistais ao mal, antes, vençais o mal com o bem". Não resistir ao mal significa simplesmente, não reconhecer o mal. Explico: quando você resiste a algo, você impõe algo chamado resistência, oposição. Quando você se opõe a algo, você combate esse determinado algo. Quando você combate esse determinado algo você automaticamente cria uma dicotomia entre você e esse algo. E essa dicotomia nada mais vem a ser que um dualismo que você cria entre a sua situação e o que você quer evitar.
Tentarei ser mais claro e objetivo. Imaginemos que você seja vítima de um assalto. Ora, o assalto é um mal, é algo indesejável, para todos, tá? Não bancarei o santarrão aqui e dizer com indiferença olímpica que a mim não atingiria. Mas, voltando...
No momento em que você resiste ao assalto (resiste mentalmente, apenas, não falo em reagir ou outras reações automáticas na hora) você cria um dualismo, abre um abismo entre você e esta situação, o que dá oportunidade para um negócio chamado medo entrar em sua mente. Mas, quando você não resiste ao mal, você quebra este paradigma (adoro esta terminologia!). Explico novamente: Suponhamos que você seja vítima de um assalto. Você fica chateado, mas logo trata de esquecer o assunto, abençoando o assaltante ("orai pelos que vos perseguem") ou achando naquele incidente algo bom, algo positivo. Pronto, você deixa de resistir ao mal e quebra o círculo vicioso do carma.
Quanto a esta questão do carma, tem uma pequena passagem do volume 18 da "Verdade da Vida", que nem foi o Mestre que falou, mas de uma profundidade tamanha, e bem adequada ao tema. Agora vou transcrever, deixando a preguiça de lado, leiam, é da lavra do Sr. Shoji Nakahata e pode ser lido na página 64:

"Nada é mais importante do que esse sentimento de gratidão. É ele que impede a manifestação do carma maléfico formado no passado. A causa só produzirá efeito se encontrar uma oportunidade, e o sentimento de gratidão não dá oportunidade para a frutificação das causas maléficas".

Simples, não? Agora, vá aplicar isso na prática, vai? É por estas e outras que eu continuo dizendo: Seicho-No-Ie é a religião mais fácil de ser seguida, pois seus pressupostos são absurda e ridiculamente simples: tudo parte e retorna da tua mente. Agora, é a mais difícil de ser praticada, de ser posta em prática, porque exige de você, amável leitor, uma reforma mental tão, mas tão grande que muitas vezes as pessoas simplesmente resolvem partir para outros ramos religiosos, na vã esperança que algo externo as salvem, mas sem saber que a tua salvação só depende, unica e exclusivamente, de você, independente de onde você estiver.

20 - Agradece A Todas As Pessoas

Calma, estamos terminamos a série das sete gratidões: duas aos nossos superiores (pátria e pais), uma ao igual (cônjuge), duas aos nossos inferiores (filhos e criados) e esta agora e a última que são gratidões genéricas, não específicas. Neste caso mais específico é a gratidão a todas as pessoas que não se encaixam nas gratidões anteriores, ou seja, parafraseando aquele termo da política, é a gratidão ampla, geral e específica, a todos, a TODOS! E porque isso? Teremos que relembrar as antigas lições deste estudo?
Recapitulemos, pois: todos somos produto de uma única entidade, de Deus, em última análise. Por mais diferentes que sejam seu DNA, o esquimó e o pigmeu são a mesma coisa. Por mais distintos que sejam sua formação cultural, um mendigo num subúrbio sudanês e o físico nuclear com pós doutorado na Alemanha tem a mesmíssima filiação divina. Volto a bater na velha e já surrada tecla: todas estas diferenças, que para nós parecem gritantes e tão díspares, diria até irreconciliáveis entre si são puramente FE-NO-MÊ-NI-CAS, ou seja, são puramente I-NE-XIS-TEN-TES. O que resta, no final, é a filiação divina intrínseca a cada um de nós.
Quando penso nisso, imagino quantas vidas poderíamos mudar com esta verdadeira mudança paradigmática em nossos conceitos, ou seja, o quanto poderíamos melhorar, como seres humanos, ao se conscientizar destas verdades...
Afinal de contas, se todos somos filhos de Deus, nada mais natural (veja aí o "conservar o sentimento natural") do que agradecer a todas as pessoas. Do que reconhecer o bem de todas as pessoas.
Por falar em Normas Fundamentais, notem que a próxima gratidão é exatamente a repetição da primeira norma fundamental dos praticantes da Seicho-No-Ie. Dou uma sutra a quem saber...

19 - Agradece A Teus Criados

Mais uma das gratidões aos ditos inferiores: depois de seus filhos agradeça a teus criados. Por criado pode se subentender subordinado também. E qual a razão para tal gratidão? Simplesmente por eles nos ajudarem em nossas mais distintas tarefas, oras! Se agradecemos aos nossos superiores (pátria e pais) e aos nossos iguais (cônjuge), por qual motivo não agradeceríamos, ou melhor (vou bater sempre nesta tecla) reconheceríamos o bem que nossos subordinados nos fazem?
A literatura seichonoieísta aponta vários e vários casos de gratidão aos nossos inferiores. Talvez a mais clássica delas conste no volume 7 da Verdade da Vida e que consta até na Humanidade É Isenta de Pecado: é a do industrial quase falido que recebe ajuda de todos, inclusive (e principalmente) de seus funcionários para se reerguer, e isso quando ele passou a ter a consciência de aceitar sobre si a irresponsabilidade de um subordinado seu que, depois, passou a se regenerar. É bela a história, e recomendo a leitura, cabem a vocês pesquisarem o nome do autor deste relato; as referências bibliográficas eu já dei.
O que deve ficar claro neste ponto é a questão da gratidão a todas as coisas do céu e da terra, aos superiores, aos iguais e aos inferiores. Não é a posição hierárquica que define o que deve ser ou não "agradecível" (meu São Camões, me perdoe por este neologismo!), até porque, como vocês devem estar carecas de saber, posição hierárquica é questão meramente fenomênica, e neste ponto a literatura espírita deve nos auxiliar bem, em relatos em que pais de uma determinada pessoa voltam a este mundo como seus filhos. Ou seja, é tudo fenômeno, ou seja, inexistente. Por trás daquele seu colega de trabalho incompetente ou relapso esconde-se, também, um FDDPEM, ou seja, um Filho de Deus Perfeito e Maravilhoso. E, como tal, merece todas as nossas reverências e, acima de tudo, gratidão!

sábado, 22 de janeiro de 2011

18 - Agradece A Teus Filhos

Agora começamos a seção das gratidões aos inferiores hierárquicos a nós, e quem seriam os primeiros da lista? Sim, nossos filhos. Aqui cabe aquela velha indagação escrita por Vinícius de Morais: "Filhos, melhor não tê-los, mas se não temos, como sabê-lo?" E, mesmo assim, devemos agradecer a eles também. Lembro-me também daquela velha admoestação em Efésios: "Pais, não aborreceis vossos filhos" (estou com preguiça, confesso, para pegar a Bíblia e ver o trecho exato).
E, sendo eles nossos inferiores, por que devemos agredecê-los? Ora, simplesmente pelo cândido fato deles serem filhos de Deus, isso já não é o suficiente?
Para quem ainda não convenceu: são eles que levarão mundo afora nossa herança, não só genética, como moral, cultural, afetiva e tutti quanti. São eles nossos prolongamentos, os ramos das árvores, a continuação da vida fenomênica.
Parece estranho uma filosofia que prega tanto a obediência aos pais como a SNI reservar um cantinho de sua RD para estimular a gratidão aos descendentes, e não aos antepassados. Mas é lógico, é plenamente lógico pensar assim.
Em suma, agradecer aos filhos é agradecer a Vida. Como estou fazendo muitas citações neste post, encerro-o com mais uma, que puxo de cabeça, de Gibran Khalil Gibran, que corrobora o que escrevi acima. Caso esteja errado (e é bem provável que esteja), a culpa deve ser imposta a preguiça do Autor em procurar a versão correta do trecho n´"O Profeta", onde consta o trecho: "Vossos filhos não são vossos, são filhos da Vida e da ânsia da Vida por si mesma" (meio schopenhaueriano, não acham?). Querem ler mais? Pesquisem, é "O Profeta".

Oração Para os Desabrigados da Região Serrana

Amigos! Chegou-me ontem, das mãos de minha augusta esposa, vindas das não menos augustas mãos da preletora Ednalva, minha madrinha de casamento, a seguinte oração, para os tristes eventos ocorridos na Região Serrana Fluminense. A folha da oração em questão recomenda uma Maratona de Sutras, o que seria altamente desejável, mas, caso os colegas não disponham de tempo, uma leitura sincera de uma sutra, com a rogativa que passarei adiante já é o suficiente. E, lembre-se: oração também é donativo, donativo espiritual. Vamos lá? Todos em posição de oração, por gentileza?

Sequência da Oração

1. Canto Evocativo de Deus

2. Palavras de Oração

"Nós, adeptos da Seicho-No-Ie, com profundo respeito, rogamos a Deus que intensifique a Luz de Proteção derramada sobre o território brasileiro e, em especial, rogamos que a Luz de Vosso Amor se estenda sobre toda a Região Serrana do Rio de Janeiro e sobre todos os seus habitantes.
Sabemos que as ações devastadoras da Natureza são parte do processo de autopurificação do Universo, por isso rogamos para que a purificação possa se processar de maneira mais suave e paulatina possível e que sejam minimizados os sofrimentos de toda a população. Que Vosso infinito Amor se estenda sobre todas as pessoas e todas as famílias vitimadas, para que recebam Vossa consolação e conforto.
No mundo criado por Vós não existem sofrimentos, tragédias ou catástrofes naturais. Com os olhos espirituais abertos, contemplamos a Imagem Verdadeira da Região Serrana do Rio de Janeiro, onde reinam a paz, a felicidade e prosperidade eternas e onde os moradores podem viver com tranquilidade e segurança.
Com muito respeito, assim declaramos."

3. Leitura da Sutra Sagrada

4. Canto da Grande Harmonia.

O pedido de oração vem assinado por Junji Miyaura. Assim, fica a dica para os meus queridos 6 leitores deste blog!
Muito obrigado

17 - Agradece A Teu Marido Ou A Tua Mulher

Aqui sim o "ou" existe, ou seja, a terceira das gratidões se refere ao marido ou a mulher. No meu caso, minha augusta esposa que bisbilhota agora o que escrevo. É a terceira em gradação das gratidões, e, se as duas primeiras (pátria e pais) eram gratidões a coisas superiores a nós, o nosso cônjuge é a única gratidão que é à alguém semelhante a nós. As demais são gratidões a pessoas e coisas aparentemente inferiores a nós (não quis ser politicamente correto, o aparentemente é verdadeiro sim).
E por que são iguais? Porque ambos são um só ser, provêm de uma única origem. Ok, ok, todos nós viemos de uma só origem, o que me atenua a dor de saber que não sou igual ao Tom Cruise, mas, quando me refiro a origem, eu digo origem de antes de nascermos.
Um koan já questionava: "qual era a aparência do nosso rosto antes de nascermos?" Sinceramente, não consegui tirar uma foto do meu rosto, e, mesmo que tirasse, não consegui trazer a foto para este mundo. Mas alguém sabe, e esse alguém é o nosso cônjuge. Sim, senhores, viemos quase todos neste mundo com alguém predestinado a nós, e, principalmente, predestinado a nos fazer melhores, a nos impulsionar nos nossos mais diletos e secretos sonhos. Os primeiros destes seres magníficos são nossos pais, os segundos, sim, são nossos cônjuges, desde que (sempre tem um "desde que"...) tenhamos bastante gratidão a ele...
Bom, como na casa deste ferreiro o espeto não é de pau, devo agradecer muito à minha augusta esposa por ter me aturado durante todos os cinco anos do nosso namoro, que já redundaram em dois meses de um matrimônio que, embora seja muito precoce para dizer, caminha para uma estabilidade emocional desejável. Sim, claro, temos vários desafios a percorrer (perdoem-me o tom confessional das palavras, mas aproveito que ela não está aqui por perto agora), mas acredito que estamos no caminho certo.
Bem distinto da maioria dos meus colegas recém casados. Um deles chegou a afirmar para mim que o casamento nada mais é do que um árduo exercício diário de abnegação. Outra colega minha casou em julho passado e já tem dois meses de separada (!!!). Confesso que, no início, tremi com tal expectativa, mas, desbravando dia a dia, semana a semana, mês a mês, sinto que no meu balanço de gratidão e ingratidão a conta anda mais azul do que vermelha, felizmente! Muito obrigado! A ela, claro!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Da Vigésima Sétima Palestra

Cerimônia aos Antepassados, na Regional, reunião do Seu Áureo, lá no dia 12.01.11. Primeira palestra de 2011. Reunião rápida e rasteira, sem mais delongas. E assim encerro minhas palestras nestes meses de virtualidade virtual... voltemos, assim, à nossa programação normal.

Da Vigésima Sexta Palestra

Mais um Domingo da Seicho-No-Ie, desta vez em Itaboraí, no dia 12.12.2010. Tema: Viver Junto com Deus, um ótimo livro. Falando sobre problemas conjugais e a saúde. Tema interessante, mas, no meu caso um tanto quanto prematuro, haja vista que sequer um mês de casado tinha... não tinha como adoecer tão logo...

Da Vigésima Quinta Palestra

Esta sim, eu me lembro! Me lembro muito pouco! Mas o suficiente para saber que foi no dia 11.12.10, nos Jovens, com o Carlos Victor. O tema: Purificação da Mente. E este Líder da Iluminação que vos tecla, todo pimpão, convencidíssimo de sua excelente oratória e explicação, acabou caindo do cavalo, nesta palestra, com um detalhe tão simples, tosco e absolutamente primário para um Líder: fiz a cerimônia toda de costas para o público, quando a leitura da sutra deveria ser feita de frente para a plateia... dizem que ninguém reparou, mas tanto faz: falhei, caío do cavalo do meu ego! Bem feito para mim, quem mandou acreditar nele?
Mas nem tudo foi ruim: nesta palestra declamei, usando como exemplo de purificação da mente, a canção "Perfeição", que tanto menciono aqui... próxima, por favor...

Da Vigésima Quarta Palestra

Cáspita! Pelo casulo da sutra! E não é que eu ia esquecendo a contagem das palestras? Estou com quatro atrasadas, e minha memória vai me auxiliar um pouco para saber o que escrevi em cada uma delas...
A vigésima quarta palestra foi no Domingo da Seicho-No-Ie em 05.12.10 na Regional, temas: Convite à Prosperidade vol. 1 e A Verdade, vol. 8. Boas palestras, pena que não me recordo de mais nada agora... vamos à vigésima quinta então...

16 - Agradece a Teu Pai e a Tua Mãe

Continuando nosso estudo, com a segunda das sete gratidões, na realidade, uma das mais importantes em nossa RD: Agradecer a nossos pais. Não, não se trata de agradecer a teu pai OU a tua mãe, se trata de agradecer a teu pai E a tua mãe. A ambos. Agradecer tanto ao espermatozóide quanto ao óvulo. Ao macho e a fêmea. Ao princípio masculino e ao princípio feminino, sol e lua etc etc etc. Os leitores certamente estão lembrando de outro trecho da RD, aquele que inicia com "mesmo que agradeças a Deus, se não agradece a teus pais...".
Uma vez o famoso Ênio, ex-presidente da AJSI falou uma frase que calou fundo em mim: "Se você tem um minuto na sua vida para criticar teus pais, saiba que este minuto quem te deu foram eles". Sensacional, pra gente nunca mais esquecer... mas... façamos uma pequena reflexão: quantas vezes agimos exatamente o contrário? Como falei outro dia numa palestra: achamos a coisa mais fácil do mundo dizer "eu te amo" para um estranho (adolescente então...); no entanto, é tão difícil falar isso para nossos pais. Porque será isso, vocês pararam um instante para pensar?
E olha que aqui a exigência é menor: não se pede aqui para amar teu pai e a tua mãe, e sim para agradecer, ou seja, a reconhecer o bem que eles te fizeram. Ainda assim cabe aqui a indagação: quantas vezes numa vida fizemos isso? Será que, agradecendo de modo sincero, numa vida inteira, conseguimos ocupar todos os dedos de uma mão? É questão para pensar... e refletir: esta é a segunda em importância das sete gratidões: a primeira agradecer a pátria; a segunda, esta... vamos continuando...

domingo, 16 de janeiro de 2011

15 - Agradece à Pátria

Matando as saudades, Sílvia? Vamos lá então: após a grande revelação de que, se não estivermos reconciliados, nem Deus pode nos ajudar, começa uma série de sete pequenas frases que são sete agradecimentos. Estes agradecimentos começam de cima para baixo, ou seja, vai de uma gratidão a algo maior para algo menor, ou seja, obedece a uma hierarquia. E a primeira dignatária dessa hierarquia é a Pátria.
Ora, direis, a Pátria? Como assim? Hoje nem sete de setembro é... falando nisso, sete de setembro é o que mesmo, algum desavisado pode questionar... pois bem, uma pista para o conceito de Pátria que a RD fala podemos encontrar na antiga tradução da RD, na antiga Sutra, leiamos: "Agradece ao Koku-on".
Hã??? Que diabos é "koku-on"? Calma, desavisados, explico, ou melhor, a nota de rodapé da antiga sutra explica que koku-on nada mais nada menos vem a ser que "Graças e dons divinos da Pátria".
Graças e dons divinos da Pátria. Quantas vezes agradecemos por eles? Quantas vezes agradecemos por viver num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza (mas que beleza?) E mais: em fevereiro (este ano em março) tem carnaval, sem contar que eu ainda sou Flamengo e tenho uma nega chamada Flavia?
Visto deste ângulo, imaginamos que a Oração para a manifestação da Imagem Verdadeira do Brasil não é tão despropositada assim: nesta oração visualizamos a Imagem Verdadeira do Brasil e, no agradecer à Pátria (ou às suas graças e dons divinos) apenas complementamos esta oração... para quem quer maiores explicações, sugiro a leitura do último capítulo do volume 8 da Verdade da Vida, aquele que diz que nenhum Shinsokan pode ser bem feito se não for acompanhado de um profundo agradecer em seguida. Assim, agradecer à Pátria é reverenciar a Imagem Divina da Pátria, é reconhecer que nela só existe o bem e ponto final.
Lembram-se de quando comentei, posts atrás, da música "Perfeição" do Legião Urbana? Pois é, ela bem se aplica ao que quero aqui demonstrar. Posso parecer repetitivo (e estou sendo mesmo), mas, para encerrar este post, vou trazer esta letra novamente, com uma pequena interpretação ao final.

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...

Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...

Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E sequestros...

Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...

Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!..."

Segue o link para o clipe: http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46967/.

Analisemos, pois: toda a música Renato Russo simplesmente mostra quase todas as chagas fenomênicas para, na última estrofe, negar tudo isso ("Chega de maldade e ilusão") para reafirmar a Imagem Verdadeira do Brasil ("Venha! Que o que vem é Perfeição!"). Sinceramente, acho que algum anjo da SNI baixou junto dele na hora da música para compor esta que eu reputo ser a mais perfeita tradução de uma Purificação da Mente do Brasil.
Assim, agradecer a Pátria é negar o fenômeno e visualizar apenas, única e exclusivamente, a sua Imagem Verdadeira e, mais importante, agradecer a ela.
Muito Obrigado!

Metas para 2011 - Estudo de Um Livro Sagrado Por Mês

E não para por aí, senhores! Vou me disciplinar para, além das leituras da Verdade da Vida (iniciei hoje a 17a leitura do volume 18, cuja 40a leitura devo terminar, espero, antes da Páscoa), ler também um livro sagrado avulso: ler e estudar, bem entendido, a cada mês. E, neste mês de janeiro, iniciaremos o ano estudando "O Que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação"... é sempre bom reler estas obras, pois, como já dizia Voltaire, "perigoso não é o que se lê, e sim o que se relê"...
Tenho apreendido várias coisas com este pequeno livro, coisas que, acredito, para gáudio da Sílvia, desejo compartilhar e comentar convosco, em especial uma análise mais acurada das doze normas que o Mestre comenta neste livro. Tem cada coisa que passa despercebido aos olhos cotidianos de um seichonoieísta...
Apresentadas as metas para 2011 (tenho algumas outras, relacionadas com SNI, mas deixo em suspenso por ora), voltaremos a analisar a minha, a sua, a nossa Revelação Divina da Grande Harmonia, a única em sua categoria que analisa frase por frase. Agora, deem-me um tempo para saber em qual frase eu parei...

Metas Para 2011 - Oratório e Shinsokan


Feitas as considerãções iniciais ontem, voltemos a falar do futuro. Lembram-se das minhas metas para 2010? Espiritualmente tinha apenas uma, e ela foi cumprida quase que na sua integralidade, e me refiro ao cumprimento da oitava norma fundamental da Seicho-No-Ie, ou seja, fazer shinsokan todo santo dia.

Este ano ampliei um pouco mais minhas metas espirituais: fazer shinsokan felizmente virou um hábito, e hábito dobrado: durante quase todo o ano de 2010 shinsokava na hora de dormir e olhe lá! Agora, shinsoko de manhã e quase (ainda) toda noite, e o que é melhor, shinsokando com minha augusta esposa, o que não é para qualquer um, graças a Deus! Felizmente, sou um afortunado por começar minha vida matrimonial assim, shinsokando sempre...

Ah, criamos, eu e minha augusta esposa, um oratório improvisado, que vocês podem ver nas fotos abaixo. Infelizmente ela se julgava muito feia para sair nas fotos, mas fazer o quê... no oratório temos algumas imagens: São Jorge, São Miguel Arcanjo, Ganesha, Krishna e quatro Kanzeons, sentada, em pé e tridimensional. Algo me diz que nossa querida Kankan é a padroeira de nosso oratório, senão, ela gostou muito do local.

Abaixo temos os principais livros da SNI, com relevo os volumes da Verdade da Vida. À frente, da esquerda para direita temos: meu avô paterno Pery, falecido em 11.08.1998, fotos de minha augusta esposa (ainda pequena) com seu falecido pai, uma foto de toda a sua família, tirada em 2006, outra dela pequena, com suas já falecidas tia e avó paterna e, por fim, a foto da minha família, ao fundo e, na frente, meus falecidos avós maternos, Dona Stella (falecida em 07.08.1991) e Seu Nilo (falecido em 11.06.2010). Ah, e no meio, eu, pequeno (dá pra ver? A cara continua a mesma, mas meus cabelos...). Apresentada a família então?

É ali que, todo santo dia útil, lá pelas seis horas de la mañana este humilde escriba shinsoka bonito e faz sua cerimônia em memória dos mesmos... disse todo dia útil porque aos sábados e aos domingos este LI que vos digita se permite, e permite aos seus antepassados fazer a cerimônia um pouco mais tarde, lá pelas sete ou oito horas da manhã, sempre horário de Brasília...

Isso era muito difícil de ser feito lá em casa, até fazia, mas não com essa consistência toda, ademais, nem tinha um oratório formal... aqui já tenho... próximo tema, por favor!

sábado, 15 de janeiro de 2011

E Foi Bom Pra Quem?

Bom, lembram-se, no texto anterior, que parei com a consideração do Mestre de que foi boa a derrota do Japão, causando a revolta do nosso amigo Kusumoto? Pois bem, o que de bom teve esta recente enxurrada?
Sim senhores, vamos exercitar nossa cara quinta norma fundamental: ver sempre as partes positivas das pessoas, coisas e fatos e nunca suas partes negativas...
Simplesmente, meus caros, esta onda de solidariedade que percorre todo o território nacional, esta comoção que faz com que nos irmanemos com pessoas estranhas, nos solidarizemos com as tristezas de pessoas que nunca tomamos conhecimento e talvez se isso não ocorresse jamais teríamos sentido falta... exatamente isso: a fraternidade, este sentimento esquecido e piegas, mas que me faz lembrar um dos pilares doutrinários da Seicho-No-Ie: eu e o outro somos um.
Pensem bem: se eu e o outro não fossem um, teria sentido toda esta mobilização nacional? Eu acho que não...
Pensem nisso, pensem muito bem nisso...

Algumas Palavras Iniciais...

"Era meio-dia do dia 15 de agosto de 1945. As palavras do Imperador tocaram profundamente o nosso coração uma por uma: o Japão fora derrotado! O Japão, país de origem divina, derrotado! O Japão, morada do Imperador, derrotado! Mesmo depois do comunicado, ficamos todos em estado de choque. Alguém começou a chorar e, então, todos caíram em pranto simultaneamente. Foi como se a comporta de um dique tivesse sido aberta.
Eu, soluçando, relembrei as palavras do Mestre Taniguchi sobre "a vitória infalível". Não podia mais confiar no Mestre Taniguchi, nem no Japão, país divino. Já não podia mais acreditar em nada!... (...)
Mas eu queria, de qualquer maneira, ouvir o Mestre Taniguchi. Estava ávido por me agarrar a algo em que pudesse confiar. Então dirigi-me à Tóquio, imaginando a pomposa sede da Seicho-No-Ie que frequentava antes de começar a guerra. Desembarquei na estação do metrô e, quando saí à superfície, assustei-me: tudo havia se transformado numa planície queimada! Barracas de acampamento espalhavam-se por todas as partes.
Caminhando saudoso pelas ruas que levavam à Academia, eu lembrava incessantemente as palavras do Mestre Taniguchi: 'Mesmo que Tóquio se incendeie, a Academia da Seicho-no-Ie não se queimará'. Será que aquela Academia ainda permanecia a salvo? Eu me aproximava cada vez mais, porém não a enxergava. Finalmente, vi-me plantado no local onde se situava a Academia: em meio às ervas daninhas, viçosas abobreiras cresciam; a Academia fora destruída pelo fogo! Minha fé ficou completamente abalada (...)
Um letreiro se erguia, no meio das aboboreiras. Através dele fiquei sabendo que as reuniões dominicais da Seicho-no-Ie estavam sendo realizadas no andar superior da Sociedade Cultural do Japão. Subi até lá. Comparando a reunião com as anteriores à guerra, como estava triste! Na pequena sala de conferências, havia poucas pessoas presentes. Não havia púlpito. O Mestre encontrava-se de pé num tatami, e a professora Teruko, sentada ao seu lado. A palestra teve início, como se estivessem à minha espera:
- Foi bom o Japão ter sido derrotado...
Essas palavras penetraram diretamente em meus ouvidos. Duvidei do que acabava de ouvir, mas a palestra continuou sobre o mesmo assunto. Não podendo suportar mais, saí. 'Por que a derrota foi boa? Não tínhamos orado com fervor pela vitória? Não tínhamos oferecido a própria vida e lutado para vencermos? O Mestre também está acomodando-se à situação'. Decidi categoricamente em meu íntimo abandonar a Seicho-no-Ie."

Este relato consta do livro do professor Kamino Kusumoto, "Buscando o Amor dos Pais", em suas páginas 50 a 52. E, no momento em que desligo a televisão agora há pouco, com o Jornal Nacional atualizando o número de mortos na enchente na Região Serrana do Rio para 606 vítimas fatais, logo pensei neste trecho deste livro. Claro que a situação não guarda nem termos de comparação com o que houve com o Japão, não obstante o gritante número de vítimas desta avant première do que será o ano de 2012, segundo as cassandras pré-colombianas de plantão, mas... o que podemos desta enxurrada tirar como lição para nossas vidas?
Permitam-me parafrasear o Mestre: A Região Serrana não foi nem nunca será destruída. A verdadeira Região Serrana jamais passou por uma hecatombe deste nível. O que passou foram apenas projeções...
Ora, direis, projeções...! Fale isso para quem perdeu tudo, inclusive e principalmente família. Pois eu digo e repito: bens materiais vão e voltam, e a família jamais se perde. Claro que, fenomenicamente, a ausência física (apenas física) deles dói, e dói profundamente. Cheguei a chorar vendo as cenas e me compadeço das mesmas toda vez que vejo. Mas, como disse o Mestre em seu "Comande Sua Vida", na mais bela e lógica explicação dele sobre a morte que até agora minhas retinas leram, ele fala que "a morte não passa de uma situação em que o ser vivo deixa de ser percebido pelos sentidos físicos. Considerar essa mudança como uma perda é mera ilusão" (pg. 240/241).
Não posso, pelo menos por enquanto, fazer doações. Não posso, por enquanto, servir-me de voluntário, embora eu muito quisesse. Neste momento, em que a maioria dos cidadãos das áreas atingidas sequer pode ler estas linhas, pelo menos alguns dos meus leitores lerão. E farão a diferença, emitindo, como eu estou emitindo agora, vibrações da mais pura e perfeita visualização do Mundo da Imagem Verdadeira: neste momento, neste exato momento, a luz e a proteção divina cobrem as áreas atingidas. Somente o bem existe, mal algum pode te atingir. Neste momento anjos encontram-se te auxiliando para lembrarem desta Verdade: o mal parece prevalecer, mas ele é apenas um estado de exceção, inconstante, e se desmorona facilmente, pois,

Não é existência verdadeira
o que some como a bolha,
o arco-íris, a miragem, o eco.

Não tomeis por vosso Eu
o que não é existência verdadeira;
jamais o considereis vosso Eu.

(Canto da Vida Eterna)

VOOOOOOLTEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Gente, muito obrigado, após exatos dois meses sem postar nada, rigorosamente nada, eis-me aqui, novamente, pronto para dividir minhas experiências seichonoieísticas convosco!!! Quantas saudades, quantas coisas deixei de postar nestes sessenta dias de exílio virtual! Mas eis-me aqui, de novo, pronto para mais novidades... deixem-me só regularizar minha situação aqui com e-mail, orkut etc e já já volto a falar convosco!
Eu continuo o mesmo, mas meu estado civil... quanta diferença... agora sou um rapaz casado com a Sra. Flavia Silva Barros Ximenes, moro agora no bairro do Fonseca, numa rua em frente a antiga Regional Niterói e... e... bom, o resto deixo para contar depois... por enquanto saibam que estou vivo, bem, praticando mais do que nunca (é verdade!) Seicho-no-ie (com direito a dois Shinsokans diários, oratório em casa, culto toda manhã bem cedinho... é uma maravilha, nada como ter casado com uma Líder de Iluminação...
Bom, por enquanto é isso, daqui a pouco a gente volta, beijos (sai daqui, amor, depois você lê!)

MUITO OBRIGADO!!!