Bom, já vimos na RDGH que a gratidão, que eu chamaria de radical, é o melhor caminho, talvez o único, para encontrarmos Deus.
Acabamos de ver que não só a gratidão, mas também o amor, cura.
Mas, segundo a SNI, o que vem a ser o Amor?
Conceituamos gratidão como sendo o reconhecimento de um bem que outrem ou alguma coisa nos fez. E que tal sentimento nos faria unos com todas as coisas do céu e da terra. Mas este sentimento de unidade só é completo com o Amor.
Não o chamado Amor romântico, que estamos acostumados a ver nos filmes e coisa e tal, mas o Amor-Sentimento-De-Unidade...
Para este tema, creio que nada pode ser melhor do que um livro pouco divulgado do Mestre, chamado "Imagem Verdadeira e Fenômeno" (capa antiga ainda, e com direito a dedicatória de uma tal de Ilona Fernandez, conhecem?). Na página 92 deste opúsculo lemos:
"Neste quarto artigo das Declarações Iluminadoras, diz que "o alimento da Vida é o amor". A definição de amor está na coletânea A Verdade da Vida, volume 13, no livro Ética, onde consta que "amor é sentimento de unidade com o outro". É o sentimento de que eu e o outro somos um, mesmo que estejamos separados fisicamente. Quando um jovem passa a amar uma moça, ele se sente uno com ela, apesar de terem corpos e sexos diferentes. Essa sensação de unidade originária é o que se manifesta como amor".
Mais adiante, o Mestre, na página 138, dá ao termo japonês musubi o significado primitivo de amor, amor como ato de união.
O amor é ato de união. Eu e o outro somos um, este termo é quase um mantra na SNI. Mas é algo de significado um pouco diferente para nós, ocidentais. Difere do amor-apego, do amor-posse, liberta o objeto amado ("Ama e faze o que quiseres", já disse uma vez Santo Agostinho) simplesmente pelo fato da unidade intrínseca com esse objeto (no sentido de ser) amado. Daí decorre algumas interessantes conclusões... o fim do ciúme, por exemplo!
"Porque sou o Amor, ao te reconciliares com todas as coisas do céu e da terra, aí, então, Me revelarei", nos informa a última frase da RDGH. No momento em que nos reconciliamos, assim, nos sentimos unos com o todo, e, via de consequencia, poderemos sentir o Amor de Deus (não vos esqueçais da célebre definição joanina, em I Jo 4, 8, de que Deus é Amor)
Assim, Deus é Unidade. Unidade e diversidade, num complexo e fascinante exercício de inspirar (trazer à unidade) e expirar (fomentar a diversidade) que faz com que existamos, sempre, na respiração e no hálito de Deus...
É com este final poético e inesperado que encerro minhas atividades blogueiras neste fim de semana. Uma boa semana a todos, e até os próximos posts! Fui!
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