sexta-feira, 22 de abril de 2011

Do Evangelho de Maria Madalena

Confesso que hoje dei uma olhada meio por acaso num livro que comprei há algum tempo, creio que de uma Editora evangélica, intitulado "Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia", um livro tão grosso quanto a própria, que pretende ser o repositório dos escritos apócrifos que foram meio que deixados de lado pela Cristandade no momento da formação do cânone bíblico. E, confesso, o que me chamou a atenção para o mesmo foi o fato de que, em Porto Alegre, vi o mesmo livro numa livraria sendo anunciado em nova edição contendo os Evangelhos de Tomé ou Judas e de Maria Madalena. O de Tomé (ou Judas) eu já sabia que esta minha edição mais antiga tinha, mas fiquei curioso quanto ao segundo. E, qual não foi a minha (grata) surpresa ao saber que lá tinha tal obra, também? E qual não foi a minha (gratíssima) surpresa ao descobrir neste Evangelho tais palavras tão semelhantes ao pensamento seichonoieístico? Por favor, é para ler em posição de oração!

"O Salvador disse: 'Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem uma das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tiver ouvidos para ouvir que ouça'.
Pedro lhe disse: 'Já que nos explicaste tudo. Diz-nos isso também: o que é o pecado do mundo?' Jesus disse: 'Não há pecado; sois vós que os criais. quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é o chamado 'pecado'. Por isso, Deus-Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem'".

Acho que tá bom, né? No primeiro parágrafo JC simplesmente nos informa da unicidade de todas as coisas (o velho mas nunca batido "eu e outro somos um") e no segundo parágrafo simplesmente Ele nos informa da inexistência do pecado! Interessante, não? E é por conta deste pecado que Deus novamente apareceu para (re)conduzir-nos à nossa origem. Não é sensacional?

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