quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Modo Feliz de Viver - "Não Tem" Não Existe - Pg. 19

"Ao viajar por várias regiões para realizar palestras em Grandes Seminários, tenho oportunidade de viver muitas experiências. E todas elas me ensinam algo, me fazem refletir e me fortalecem. Certo dia, estava redigindo um artigo de revista num hotel, e, de repente, a caneta ficou sem tinta. Procurei a carga de reserva, mas não a encontrei. 'Sempre ando com pelo menos uma carga sobressalente', pensei, e procurei nas duas bolsas que havia trazido, mas não a achei.
Então, pedi à pessoa que me acompanhava na viagem para que fosse comprar uma carga nas imediações, mas ela não conseguiu encontrar. De fato, o hotel fica em frente ao Templo Kashiwara, portanto, não há lojas que vendem tais objetos. Só encontrou tinta em vidro, e acabei de redigir o artigo usando essa tinta.
Mesmo assim, pensei 'Devo ter essa carga de reserva em algum lugar' e procurei na bolsa com mais atenção, e achei-a! A pequena bolsa de mão tem vários bolsinhos, e um deles tinha outro bolsinho menor. Nesse pequenino bolso, encontrei uma carga de reserva. Eu havia me esquecido desse bolsinho.
Achei a carga de reserva, mas, até encontrá-la, foi como se ela não existisse. Mesmo uma carga de reserva de caneta, de uns cinco centímetros de comprimento, me fez grande falta enquanto eu pensava que não a tinha, apesar de estar ao alcance de minha mão. De modo análogo, muitas pessoas pensam que não possuem talento ou capacidade de cura apesar de os possuírem, e sinto pena delas - este incidente me fez relembrar o que sempe costumo falar nos Grandes Seminários.
Muitas pessoas possuem latente, dentro delas, grande quantidade de capacidade. Portanto, se treinarem para exteriorizá-la, essa capacidade se manifestará infinitamente, mas elas não agem assim. Isto porque acreditam 'Não possuo capacidade'. Certa pessoa pensou 'Não tenho capacidade para vendedor'. É que se impôs autolimitação, pensando 'Não sou bom orador'. Mas a capacidade do vendedor não está em sua oratória. O mais importante é a sinceridae, e todas as pessoas a possuem. Mas essa pessoa pensou 'Para ser um bom vendedor, é preciso saber falar bem', impôs-se esse limite e achava que não tinha capacidade.
Mas, hoje, estamos numa era em que, para vender, não basta enumerar com desembaraço as qualidades do produto. Aliás, o próprio comprador tem mais conhecimento sobre novos produtos, quer seja máquina fotográfica ou automóvel, a ponto de muitos vendedores afirmarem 'Aprendo muito com os compradores entusiasmados'. Basta trabalhar com afinco, com sinceridade, orando pelo cliente. Um vendedor chegou a consertar o carro seminovo do cliente, e este acabou adquirindo um automóvel novo. Ele presenteou o cliente com a sinceridade e o conhecimento de técnicas de conserto, e acabou-se tornando um dos melhores vendedores de automóvel do Japão".

Boa noite a todos. O que podemos apreender do capítulo de hoje?
Muito embora o professor Seicho sequer mencione, o tema Imagem Verdadeira margeia todo o capítulo, tanto quando trata do episódio da carga de tinta, quando, também, menciona a questão da potencialidade humana.
Assim, isso reforça mais o conceito de exteriorização da Imagem Verdadeira através do esforço e da prática constantes. Não por acaso que todos, do mais recente adepto ao mais graduado preletor em grau bambambam afirmam que Seicho-No-Ie é, real e efetivamente, PRÁ-TI-CA.
Sim senhores. Não adianta eu ler toda a coleção "A Verdade da Vida", ler de lambuja a coleção "A Verdade" (só aí vão 51 robustos volumes) para, na vida prática, se achar o mais indigno dos seres. Necas de pitibiriba. A Imagem Verdadeira está aqui, diante de nós, pronta para ser usada e, porque não, abusada. Agora, se não exteriorizamos nossa potencialidade, aí fica difícil.
A revista Superinteressante deste mês apresenta uma reportagem sobre o Sucesso, e seus componentes. Uma das coisas que mais me chamou a atenção, enquanto folheava a revista, era a menção ao livro de Malcolm Gladwell, "Outsiders - Fora de Série", que também tenho. No livro se fala a regra das dez mil horas. E o que vem a ser isso?
Basicamente é o tempo que se leva para adquirirmos excelência em uma determinada atividade. Citando o exemplo dos Beatles, o autor afirma que eles tocaram durante dias, temporadas inteiras em Hamburgo, e, concomitantemente, adquiriram tarimba suficiente para, mais tarde, se tornarem no que são hoje.
Em suma, o autor descobriu o tempo digamos ideal para a exteriorização da nossa Imagem Verdadeira, seja em que atividade for.
Mas, para isso, tal e qual a Seicho-No-Ie, é preciso apenas uma coisa: prática.
Até o próximo capítulo!

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