Seichonoiezes de plantão, nestes tempos sísmicos, tsunâmicos e nucleares que atravessa o Japão, vejam um trecho atualíssimo que estou lendo no volume 18 da Verdade da Vida. O texto é longo, confesso ter até uma preguiça para transcrevê-lo em seus melhores momentos, mas como o assunto é palpitante e atual, acima de tudo, vamos lá, consta nas páginas 67 a 73:
"Sra. Araki - Não sei se digo que 'a oração é atendida' ou que 'o pensamento se concretiza' ou ainda que 'a vontade de orar brota naturalmente do íntimo porque a graça almejada já nos está dada', o fato é que minhas orações provocaram o grande terremoto de Tóquio, e hoje peço a todos que ouçam minha própria confissão sobre isso. Desde criança, aprendi por experiência própria que todos os pensamentos se concretizam infalivelmente (...) Como podem ver, tudo que é mentalizado concretiza-se. Optei pelo colégio Miwata, mas logo constatei que as alunas dessa escola eram todas grã-finas, e eu era a única residente em um bairro operário (...) Quando alguém falava em visitar-me em casa, arrumava mil pretextos para evitar isso. Entretanto, havia duas colegas que conheciam meu segredo, menosprezavam-me e maltratavam-me ameaçãndo revelá-lo às outras colegas. Eu sofria demais com isso, pois elas tocavam em meu ponto fraco. Muitas vezes desejei que as duas desaparecessem deste mundo. E passei a orar do mais profundo d´alma: 'Que essas duas caiam em desgraça'. E aconteceu conforme orei: uma delas ficou doente e morreu, e a outra casou-se tão logo se formou mas não foi feliz no matrimônio, separou-se do marido e parece encontrar-se em situação penalizante. Com isso, compreendi o quanto é terrível o pensamento de maldição. Hoje não sou capaz de amaldiçoar ninguém, por mais que seja maltratada (...) Mas logo depois minhas colegas voltaram a insistir em visitar-me. Eu já não encontrava pretextos para desvencilhar-me disso e, pode parecer tolice, diante da eventual visita de minhas colegas em casa, orei com toda a seriedade: 'Ó Deus, fazei com que minha casa pegue fogo'. Porém, percebi instantaneamente que o incêndio de uma única casa tornar-se-ia notícia, e os jornais publicariam que a tabacaria tal, situada em tal lugar e de propriedade de tal pessoa, pegaria fogo. Isso para mim seria péssimo. Pensei seriamente se não haveria um tipo de incêndio que não tornasse pública a tabacaria. Para isso, concluí, o incêndio não poderia ser em uma só casa: o bairro todo teria de se incendiar acidentalmente. 'Sim, é esta a solução', pensei. Passei então a orar por isso do mais profundo do meu coração. Alguns dias depois, em 1º de setembro de 1923, precisamente às 11:58, deu-se o grande terremoto de Tóquio. Exatamente de acordo com a minha oração, o fogo surgiu não se sabe de onde e alastrou-se por toda a cidade. Minha casa também foi destruída e fugimos entre as chamas, passando a noite inteira mergulhados em um rio para não sermos devorados pelas labaredas. Mais tarde mudamos para um bairro melhor e pude receber minhas amigas e colegas em casa sem constrangimento, convivendo com elas de igual para igual conforme sempre sonhara. Assim, com minha vaidade satisfeita, pude terminar tranquila o curso ginasial. Tudo o que mentalizo, acontece. Para os outros, o grande terremoto de Tóquio aconteceu como reflexo da mente de cada um deles, mas, para mim, foi a concretização das minhas orações.
Taniguchi - (Em tom de brincadeira) A senhora até parece uma feiticeira: quando amaldiçoa alguém, este morre; quando pensa em incêncio, as casas pegam fogo. Sou também uma das vítimas do grande terremoto de Tóquio, e devo à senhora o fato de a Seicho-No-Ie estar atualmente estabelecida em Sumiyoshi. São raras as pessoas cujo poder concretizador da mente é tão grande como o da sra. Araki, mas todos possuímos esse poder em potencial, e isso significa que estamos influindo no destino do mundo. É portanto de suma importância fazermos mentalização positiva para purificar o pensamento da humanidade (...)
Oono - Há quem tenha profetizado o grande terremoto de Tóquio com um ano de antecedência. Isso quer dizer que aquele acontecimento já estava criado no mundo da mente um ano antes. A sra. Araki apenas captou isso e sintonizou suas orações com o que já estava prestes a acontecer. O senhor concorda comigo, professor?
Taniguchi - Sim, concordo. Um acontecimento como aquele que atinge extensas áreas é resultante de pensamentos de grande número de pessoas. Não foi, obviamente, concretização do pensamento exclusivo da sra. Araki (...) se cada qual assumir e resgatar a parcela de culpa que lhe cabe, não restará culpa alguma no mundo. Se a mente de cada qual se iluminar, o mundo ficará iluminado. É com essa finalidade que os adeptos da Seicho-No-Ie estão praticando a Meditação Shinsokan simultaneamente, no mesmo horário determinado (...) Considerando-se que a oração de uma só pessoa possui tanto poder de concretização como constatamos no caso da sra. Araki, se nos unirmos em grande número e orarmos pela paz, esta se concretizará infalivelmente. Peço a todos que convidem seus amigos e conhecidos a aderirem ao Movimento de Iluminação da Humanidade, da Seicho-No-Ie".
E você, iludido leitor, achando que "A Verdade da Vida" era só uma coleção de trechos antigos de uma revista sem qualquer conexão com a atualidade, não? Tsc, tsc, tsc... ledo engano...
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