domingo, 27 de março de 2011

Frase Duodécima

"O mérito de oferecer trabalho físico, dedicação mental e contribuição monetária é o mais nobre e mais sublime, e o provaram Cristo, Buda e todos os iluminados" Calma, rapaziada, falta pouco para acabar, mais duas frases depois desta. Vamos lá? Recapitulando: quais são as três formas nas quais o apóstolo da Missão Sagrada pode manifestar sua imensa misericórdia para com a humanidade? Trabalho físico, dedicação mental e contribuição monetária, e isso provaram Cristo, Buda e todos os iluminados. Relembrando agora de cabeça (estou com preguiça, confesso, de pegar algum livro para comprovar minha tese). Sobre trabalho físico, o que disse Cristo, por exemplo? Lembro-me dele conversando com Marta e Maria, e admoestando a uma que a outra cabe a melhor parte. E sobre dedicação mental? Bom, os vários exemplos que Ele deu sobre oração. E contribuição monetária? O famoso "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Esta frase encerra uma importante mensagem, não apenas separar os ramos laicos de uma administração estatal, mas para dar a cada um a sua parte que lhe cabe. Já Buda... não consigo pensar em nada a não ser o tal do takuhatsu, que vem a ser a mendicância religiosa. E nosso bom Sidarta, eivado de um instinto sádico, ainda fazia questão de ir aos lugares mais pobres para mendigar. Ele recebia pouco? Com certeza, mas ele ia nestes lugares paupérrimos para exercitar a compaixão dos pobres pelos mais pobres. Captaram, neófitos? Na medida em que uma pessoa que nada tem doa para alguém que tem nada, esta que doa adquire, perante a Divindade, grandes méritos, e a ela pode ser extendida o nobre título de Apóstolo da Missão Sagrada... mais ou menos no Evangelho, você vê algo parecido quando Jesus Cristo louva a viúva que só tinha umas poucas moedas para doar, em contraposição aos mais bem favorecidos pela fortuna e que davam até mais, mas sem coração... E esta mérito, já nos diz o LAMS, é o mais nobre e o mais sublime de todos. Garantido e comprovado por gente da qualidade de Jesus Cristo, Sidarta Gautama, Maomé (sim, ele mesmo, não vos esqueçais do zakat, a obrigação muçulmana de dar esmola, Alá, meu bom Alá!) e tutti quanti... PS: Ah, e duodécima frase quer dizer décima segunda frase... fui!

Frase Undécima

"Mesmo após cumprirem sua missão e deixarem este mundo, seus espíritos continuarão recebendo a ampla orientação misericordiosa de Deus, assimilarão a Verdade de modo ainda mais profundo e certamente atingirão o estado divino" Pensaram que eu estivesse esquecido do nosso estudo? Nada disso, apenas atualizei anteriormente os assuntos. Voltemos à análise do LAMS então. A undécima (ou décima primeira, como preferirem) frase, que para variar é comprida, assim começa: "Mesmo após cumprirem sua missão e deixarem este mundo": ou seja, mesmo depois de mortos, o que acontecerá com os apóstolos da Missão Sagrada? "seus espíritos continuarão recebendo a ampla orientação misericordiosa de Deus": ou seja, ainda seremos orientados misericordiosamente por Deus, o que, aliás, não é pouca coisa. Mais ainda: "assimiliarão a Verdade de modo ainda mais profundo": assimilaremos a Verdade. Sabe isso o que significa? Que todos os seus esforços para neste mundo shinsokar, amável leitor, ainda é nada perto do que teremos de evolução espiritual pela frente. Ou seja, ainda continuaremos evoluindo lá do outro lado. E, para quê? "e certamente atingirão o estado divino": Bingo! Esta frase não é propriamente um louvor, e sim uma promessa: mesmo depois de mortos evoluiremos e certamente (eu disse CERTAMENTE) atingiremos o estado divino. Não que isso seja feito de uma hora para outra, mas sim, dentro da evolução de cada um, ou melhor, como dizemos antes da leitura da sutra para nossos antepassados, "conforme os seus próprios méritos". Ou seja, ainda assim Deus respeita a nossa própria evolução, respeita a nossa etapa ora vivida, mas certamente nos garantirá o estado divino. Veja bem, não será o céu cristão ou o nirvana budista, é o estado divino que nos é garantido, mescla de céu e nirvana, ou seja, aquela imperturbável paz que sentimos após uma comunhão divina, seja você de qual confissão religiosa for...

Plano de Estudos 2011 - Fevereiro - Posição da Seicho-No-Ie Perante As Religiões

Continuando nosso Plano de Estudos, durante a semana, recuperando o tempo perdido, fiz os exercícios do mês de fevereiro, que consistia na seguinte pergunta. Vejam também a minha resposta. Com base nas tarefas 1 e 2, responda, como se o fizesse a um adepto: por que a Seicho-No-Ie prega a identidade de todas as religiões? "A Seicho-No-Ie acredita que existe um princípio comum a todas as religiões. Princípio este que é modificado de acordo com o local e a época em que é aplicado. Este princípio "ativa" a energia vital do ser humano, fazendo com que ele conheça o Divino. Assim, a Seicho-No-Ie, na qualidade de pesquisadora deste Princípio, jamais fala mal de qualquer religião, pois toda religião séria se dispõe a acender esta energia vital, tornando a vida humana melhor. Razão pela qual também a Seicho-No-Ie, em sua origem, se dispôs a ser a bem-sucedida junção de três grandes pensamentos religiosos: o Cristianismo, o Budismo e o Xintoísmo. Estas três religiões, tão distintas entre si, apresentam um ponto de conexão comum, que é o da Seicho-No-Ie: o homem é filho de Deus. Nesta frase se encerra milênios de pensamentos religiosos: ela estipula um ente maior a nós (Deus) e que nós somos os descendentes diretos deste ente. Descendentes e mais: herdeiros. Esta é a maior das verdades religiosas: que o homem guarda um potencial divino. Necessita é saber explorá-lo. Muito obrigado!"

Da Vigésima Nona Palestra

Voltando da minha tia, ainda tive fôlego para realizar mais uma palestra na Associação do Carlos Victor, a vigésima nona de minha incipiente carreira (sim, eu ainda conto as palestras que dei!). Tema: capítulo 10 de Saúde E Prosperidade, "Levante-se Embasado No Que Lhe Pertence", basicamente constando de duas histórias, a do Sr. K e de Kan´Ichi Ishikawa (este vocês podem ler mais nos volumes 17, 18 e 27 da Verdade da Vida. A palestra foi boa, acho que devo ter agradado, não sei. Vamos então ao capítulo de minha palestra:
PALESTRA 26.03.2011 – SAÚDE E PROSPERIDADE – CAP. 10 PG. 85 LEVANTE-SE EMBASADO NO QUE LHE PERTENCE
Por que ele fracassou? A Religious Science, nova ramificação do cristianismo, surgiu nos Estados Unidos a partir da grande obra Science of Mind (Ciência da Mente), do dr. Ernest Holmes. Esse fato foi muito parecido com o surgimento da Seicho-No-Ie como religião, a partir da coleção de 40 volumes d´A Verdade da Vida. Baseada nessa nova filosofia religiosa, foi fundada primeiramente a igreja chamada Religious Science. O sucessor do dr. Holmes, o teólogo dr. William Hornaday, foi quem se dedicou para fundar essa nova igreja. Eu o conheci quando ele me enviou um livro de sua autoria, dizendo que estava planejando para, num futuro próximo visitar o Japão e convidava-me para, nessa ocasião, realizarmos em conjunto viagens de conferências pelo país. Li a obra do dr. Hornaday e constatei que havia ensinamentos muito parecidos com os da Seicho-No-Ie,. Apresentarei parte deste livro, pois acho que será de grande utilidade para os senhores. Certo dia, apareceu um homem no escritório do dr. Hornaday. Ele foi por algum tempo famoso roteirista do cinema americano, sendo o seu talento grandemente reconhecido nesse meio, tanto como diretor quanto como produtor, e ganhou muito dinheiro. Segundo ele próprio, por alguns anos sua receita chegou a ultrapassar em muito a renda anual do presidente dos Estados Unidos. Vamos chamá-lo provisoriamente de K. O dr. Hornaday ficou observando o visitante enquanto este falava. Vestia uma roupa elegante, tendo no bolso do paletó, bem dobrado, um lenço de muito bom gosto com as iniciais dele bordadas em arabesco, os sapatos estavam bem engraxados, e, aparentemente, era um cavalheiro muito bem-apessoado. Mas sua fisionomia demonstrava certo ar de tristeza, intranquilidade, impaciência. E disse: – Doutor, estou em dificuldades. Preciso que alguém me ajude. Não tenho um dólar sequer em meu bolso. Deixei estacionado na rua um Cadillac de última linha, mas nem sei como abastecê-lo para locomover-me com ele. – Você tem um Cadillac de última linha? – perguntou o dr. Hornaday, intrigado com o fato de K, que não possuía nem um dólar, andar num automóvel tão luxuoso. Segundo K, isso era para manter as aparências, uma espécie de propaganda do próprio nome. Diariamente ele visitava estúdios, agências e antigos colegas à procura de trabalho, e usava o automóvel para a locomoção. Até pessoas que no passado patrocinaram o trabalho dele apenas murmuravam “Com essa idade... E os quatro últimos filmes que você produziu acabaram fracassando todos...”, e não havia ninguém que contratasse seus serviços. Ele contou, com amargura e indignação, como era inconsistente o sentimento das pessoas, pois seus amigos de outrora agora viviam evitando-o. Outrora, quando possuía uma ampla mansão, tinha muitos amigos. Sua casa era frequentada por muitos astros de cinema e artistas de várias áreas, mas teve de entregar a casa para saldar parte de uma dívida, e estava vivendo num casebre numa colina em Hollywood. Quando ele chegou a este ponto na narrativa, desapareceu a expressão de raiva e seu rosto tornou-se tristonho, provavelmente por ter se lembrado do amor da esposa. Parecia que ela, apesar de todas as outras pessoas considerarem-no personagem do passado, acreditava integralmente no marido e pensava que certamente ele realizaria um trabalho num futuro próximo. Ele disse: – Deixei meu Cadillac estacionado a umas quatro ou cinco quadras daqui. Por quê? É que ele foi penhorado e a instituição financeira está procurando-o para levar como pagamento da dívida não saldada. Contei tudo ao senhor. Por favor, oriente-me e dia o que devo fazer. Estou numa situação muito crítica. Não tenho mais forças... Era nisso que se transformara aquele famoso diretor e grande produtor de cinema. O dr. Hornaday ficou observando o visitante, procurando entender por que ele, que alcançara tanto sucesso, estava reduzido a essa pobre criatura. Aparentemente, ele vestia roupa de bom corte, mas podia-se notar que isso era apenas disfarce e que servia apenas para manter as aparências. No seu interior, o ponteiro do medidor da alma estava apontando para o lado da autolimitação, que pensa “Não consigo mais”. Podia-se notar que era por isso que tudo que ele fazia levava-o à autodestruição. Realmente, ele próprio comentou: “Não há mais chance de eu me reerguer. Tudo está acabado, não passo de um personagem do passado”. O que levou K a esse destino foi a própria autolimitação, os pensamentos “Tudo está acabado”, “Não passo de alguém que pertence ao passado”. Foram esses pensamentos que impediram a manifestação da sua inerente força infinita. Quando uma de suas quatro últimas produções fracassou, ele teve intenso pensamento derrotista “Sou um fracassado!”, e foi essa a causa do seu insucesso posterior. O pensamento intenso “Sou um fracassado!” ficou gravado no seu subconsciente, e, com a ação automática do subconsciente, ele agiu de forma que fracassasse também no trabalho seguinte que realizou. Com outro trabalho também aconteceu o mesmo, sendo o fracasso novamente gravado no subconsciente. Repetindo para si esse pensamento negativo, intensificando o pensamento “Sou um fracassado!”, e, por reação em cadeia, a autolimitação foi se acumulando ainda mais. E isso piorou ainda mais o seu destino. Observando K, o dr. Hornaday percebeu que a causa do mísero estado a que ficara reduzido estava na própria atitude mental negativista dele. Entendeu que isso era efeito daquilo que o pensamento negativo de K causara e que o fizera perder tudo que possuía. Por isso, explicou paciente e pormenorizadamente a Verdade de que tudo neste mundo fenomênico se manifesta a partir da nossa mente. E disse: – Exteriormente, você se veste como um homem de sucesso, que é o seu desejo, mas sua atitude mental é negativa. Se deseja obter sucesso novamente, deve mudar a atitude mental e pensar “Sou um homem de sucesso”. Manifesta-se como nosso destino o que se assemelha àquilo que desenhamos em nossa mente. Você só tem 63 anos. Se você mudar para uma nova atitude mental, o futuro lhe reservará uma grandiosa vida. Oremos juntos. Assim, dr. Hornaday e K, com a mente positiva e alegre, mentalizaram, durante a oração, que um futuro cheio de esperanças o aguardava e se aproximava. Terminada a oração, K se foi, recobrando a alegria no coração. Perdeu o Cadillac penhorado Cerca de uma hora depois, K tornou a aparecer diante do dr. Hornaday dizendo, nervoso e deseseperado: – O senhor orou gentilmente por mim, mas não adiantou nada. Havia estacionado o Cadillac lá onde lhe contei, mas o funcionário da instituição financeira o encontrou e ficou me aguardando. E acabou levando o automóvel. Perdi a última coisa que possuía. O dr. Hornaday disse, categoricamente: – Que bom! Eu o felicito por isso! – Bom, coisa nenhuma! – disse K, não mudando o ar de desespero. Mas o dr. Hornaday retrucou: – Que bom! Agora, sim, você poderá se reerguer! Mas K disse, em total desespero: – Perdi tudo. Se eu voltar para casa, o dono do imóvel expulsará minha mulher de casa. Afinal, há mais de dois meses que não pago o aluguel. O dr. Hornaday disse “Que bom” e realmente foi bom, mas isso ele iria descobrir só mais tarde. Foi pela seguinte razão que o teólogo disse “Que bom”: devemos sempre, onde estamos, nos levantar com aquilo que possuímos realmente, aquilo que realmente nos pertence, sem nos apossarmos do que pertence aos outros. É errado ficarmos segurando às escondidas o que pertence aos outros, e tentar nos reerguer alicerçados nisso. Foi por causa da lei fundamental segundo a qual devemos nos levantar apenas com aquilo que realmente nos pertence que o dr. Hornaday disse as palavras acima. K escondia o Cadillac, que por direito pertencia à instituição financeira como penhora da dívida não saldada, estava usando-o para sua autopromoção, tentando se reerguer alicerçado em algo que estava acima da sua verdadeira capacidade, e aí estava o erro de K. – Então, que devo fazer agora? Perguntou K. O dr. Hornaday apresentou-o a um conhecido, que vivia negociando automóveis usados, e providenciou para que K pudesse alugar um carro velho, para usar temporariamente como meio de locomoção. Mas o automóvel era antigo, de 24 anos atrás, e estava caindo aos pedaços. Pelo menos era possível dirigi-lo, mas era um automóvel com aparência realmente antiga. Porém, por andar num carro adequado à situação financeira dele no momento, futuramente tornou-se a sua salvação. Com automóvel velho, mas todo sorridente No dia seguinte, K estacionou esse automóvel diante da janela do escritório do dr. Hornaday. Era um carro tão velho que não precisava nem buzinar; só de ouvir o barulho típico de automóvel antigo, podia-se saber que era ele que estava chegando. O teólogo espiou pela janela. Comparado ao Cadillac luxuoso com que trafegara no dia anterior, que grande diferença! Mas K estava com a fisionomia diferente daquela do dia anterior. Ele viera dirigindo um carro luxuoso, mas estava com a fisionomia triste, melancólica. Hoje, porém, ele estava com um carro caindo aos pedaços, mas com o rosto alegre e sorridente. Quando os dois se entreolharam, deram sonoras gargalhadas. Aparentemente, a perda do Cadillac foi um acontecimento negativo, mas, do prisma interior, foi para ele um acontecimento realmente positivo. Diferentemente da véspera, no dia seguinte ele era uma nova pessoa. Não tinha mais aquele temor “Não vão levar este Cadillac como pagamento da dívida?”. Ele já não tinha mais o que temer. Ele não estava num veículo dos outros, mas sim num que lhe pertencia por direito. Estava no que era realmente dele, que não podia ser levado por ninguém. Por isso, não estava, na aparência exterior, tentando enganar os outros. Olhando para o paletó dele, o lenço elegante, com as iniciais bordadas, não estava mais lá. É que ele não tinha mais necessidade de se vestir luxuosamente para enganar as pessoas. Assim, ele conseguiu uma base para reerguer alicerçado naquilo que lhe pertencia, sem depender de coisas exteriores, ou daquilo que não lhe pertencia. Mais tarde, um novo destino iria germinar e crescer a partir dessa base. A Causa do Destino O que impulsiona a nossa vida não é a força exterior, mas sim a força interior. A força interior é a nossa própria força da mente que age em conformidade com a lei mental. O dr. Hornaday contou a K que, dependendo de como a pessoa utiliza a própria mente – ou seja, de como a própria pessoa muda o seu modo de pensar – , muda imediatamente o destino dela, que é o efeito. Mudar o modo de pensar não consiste em devanear como se sonhasse acordado, nem acalentar sonhos efêmeros com expectativas esperançosas. Mudar o que se desenha na mente, ou seja, o pensamento, significa mudar a convicção, renovar a decisão. Consolidar a inabalável convicção de que, como filhos de Deus que somos, possuímos aqui, agora, em nosso interior, a força infinita de Deus constitui a consciência fundamental que se torna a base para a concretização das coisas e dos fatos. Alguém pode contestar, questionando por que, se é possível governarmos o nosso destino através da atitude mental que tomamos, dr. Hornaday e K não puderam evitar a perda do Cadillac, que acabou sendo apreendido pela instituição financeira, apesar da oração que realizaram. Mas esse automóvel estava sob penhora e já não pertencia de fato a K. Era algo que a instituição financeira vinha procurando com olhos de lince para o apreender, e, no mundo mental, já pertencia a essa instituição. Continuar de posse dele significa edificar a vida de K sobre o que fora usurpado. Isso corresponderia a edificar sua vida num alicerce falso que não lhe pertencia, e, por conseguinte, a vida não ficaria solidamente fundamentada. Se riquezas ou fama são acumuladas sobre o que não pertence à pessoa, acabam sendo tomadas de volta; afinal, elas foram frutos da usurpação. Devemos edificar nossa vida sobre um alicerce sólido. Naturalmente, mesmo que seja algo que pertence a outro, se tomamos emprestados licitamente, com a anuência do proprietário, ele nos pertence enquanto o temos emprestado, de modo que não constitui nenhum mal usarmos objeto ou dinheiro emprestado para o nosso trabalho, desde que de maneira lícita. No caso de K, ele estava fugindo com o automóvel para que a instituição financeira não o levasse como pagamento da dívida, portanto, tentava edificar sua vida sobre um alicerce que não lhe pertencia – dr. Hornaday esclareceu que estava aí o erro de K. Foi assim que, apresentado por dr. Hornaday, K alugou de um negociante de carros usados um automóvel caindo aos pedaços para seu uso imediato, e, no dia seguinte, dirigindo essa “antiguidade”, K rumou na direção do cinema chamado Chinese Theater, de propriedade de um certo sr. Grouman. Fora nesse cinema que as produções de K foram exibidas e ele se tornara famoso. Quando K chegou a uma esquina de Hollywood, encontrou um terreno baldio que servia de estacionamento. Estranhamente, havia nessa esquina da famosa Hollywood três terrenos vagos, onde as pessoas deixavam estacionados seus automóveis. Ele estacionou ali e ia descendo do velho automóvel, quando foi chamado por um homem. Isso foi para ele um fato inesperado, pois K não sabia quem era esse homem. Tentou se lembrar, mas não conseguiu. Se fosse alguém que ele conhecesse, K, envergonhado, certamente não teria descido do carro velho e teria fugido para algum outro lado. Mas, como pensou que se tratava de um desconhecido, estacionara diante dele. Este dirigiu-se a K e disse: – Ontem pensei que vi o senhor dirigindo um Cadillac de última linha, mas não era o senhor? – Sim, era eu mesmo. – respondeu K. – Que deu no senhor, para andar num carro tão velho hoje? – Vou lhe dizer a verdade: ando mal das finanças e ontem a instituição financeira apreendeu aquele carro como pagamento da minha dívida – assim disse, honestamente. Quem ajuda o outro é ajudado O homem, sem esconder a expressão de espanto, perguntou: – Está dizendo que foi à falência? – Fui à falência sim, e tudo está dando errado para mim. Mas quem é o senhor? – O senhor não me conhece? Não se lembra de mim? – Não, não consigo me lembrar. – Talvez possa se lembrar se eu lhe conhtar isto. Há mais de dez anos, eu tentava arranjar trabalho no setor técnico de um certo estúdio. Estávamos em crise financeira e ninguém queria me dar emprego. Na época, eu era seu fã. Ouvia muito a seu respeito. Soube que o senhor é uma pessoa de coração nobre, que sempre ajudava os jovens. Um dia, quando o senhor saída do estúdio e entrava no seu carro – falando nisso, na época o senhor andava com um motorista particular – , escrevi uma carta ao senhor pedindo que me ajudasse a arranjar emprego e joguei-a dentro do seu carro. Recorda-se? – Não, não me recordo. Naquele tempo, muitas pessoas jogavam cartas com pedido de ajuda nos automóveis de cineastas famosos, e K não conseguia se lembrar do caso desse homem, por mais que tentasse. O desconhecido disse: – É natural que não se lembre, pois havia muitas pessoas que fizeram o mesmo que eu. Mas o senhor imediatamente apresentou-me a uma certa pessoa. E foi assim que eu consegui trabalho. O que tenho hoje devo ao senhor... Mas não quer tomar um cafezinho por aí? Os dois entraram numa cafeteria nas imediações, e K contou detalhadamente a esse homem como chegara àquela situação financeira. Após tomar a segunda xícara de café, o homem disse: – Só um instante, que preciso telefonar. Levantou-se, ficou cerca de cinco minutos ao telefone, voltou, e disse a K: – Aquela antiguidade que é o seu carro anda mesmo? Se é que anda, não quer me dar carona e ir até o laboratório onde trabalho? Quero mostrar-lhe algo que pode lhe interessar... Algum tempo depois, a bordo do carro caindo aos pedaços, os dois chegaram a um laboratório de filmes coloridos, em que o homem era diretor. Era o laboratório de pesquisa da empresa que realizava a pré-estreia de filmes coloridos produzidos em todo o território americano e que os distribuía para todo o mundo. E K acabou sendo admitido para nela trabalhar. Tratava-se de uma trabalho que caía como uma luva para K, e uma posição adequada possível para ele. Se no auge da sua carreira K não tivesse ajudado os jovens, não teria recebido esta graça, mas, como havia ajudado, estava colhendo agora os frutos. Realmente, a lei “Dá, e receberás” é verdadeira. Assim comenta o dr. Hornaday a respeito desse episódio: “Realmente, os semelhantes se atraem. Anos atrás, K havia prestado um favor a certa pessoa e se esquecera disso. Decorrido tanto tempo, a virtude acumulada no celeiro invisível estava retornando a ele. Mas podemos encontrar a lição mais importante nas palavras ditas quando os dois se despediram...” Que foi dito na despedida dos dois? Despedindo-se de K, perto do estacionamento onde este deixara aquele carro velho, o homem disse: – Não é interessante? Se o senhor não estivesse dirigindo este carro caindo aos pedaços, eu não ficaria sabendo que o senhor estava passando por tamanha dificuldade, e não pensaria em lhe arranjar emprego. O fato de K ter aceitado com docilidade o velho automóvel tornou-o novamente alvo de um destino feliz. Isso aconteceu, graças, também, às virtudes acumuladas no passado, de ter ajudado os outros, mas, para que essa virtude germinasse e desabrochasse novamente a flor da prosperidade, era preciso que K ficasse livre de todas as impurezas da falsidade, de todo embuste, fanfarronice, e liquidasse com tudo que pertencia aos outros, manifestando o que realmente ele é. Quando isso aconteceu, aí, sim, foi-lhe estendida a mão da salvação. Por que ele não precisou entregar a casa Quando li essa história do dr. Hornaday, lembrei-me de um adepto da Seicho-No-Ie chamado Kan´ichi Ishibashi. Ele morava perto da ponte chamada Yumeno, em Kobe, numa casa que parecia cortar a esquina num triângulo. Nessa casa de pouca profundidade, ele morava e trabalhava como acuputurista. Mas quase não apareciam clientes, e havia alguns meses que ele não pagava o aluguel. O proprietário do imóvel vinha sempre cobrá-lo, dizendo: “Hoje você vai pagar o aluguel? Se não pode pagar, entregue a casa”. Mas, saindo dali, ele não tinha para onde ir, de modo que se mantinha firme na casa. Porém, o sr. Ishibashi conheceu a Seicho-No-Ie e recebeu orientação. Com isso, percebeu que esteva errado ter odiado até então o dono do imóvel que tentava despejá-lo da casa, pensando que era um velho inflexível e apesar do não-pagamento do aluguel, poderia permanecer na casa durante tantos meses, e nem pensara em agradecer-lhe por isso. Decidiu: “Eu nem paguei o aluguel e fiquei tanto tempo nesta casa, e nem senti gratidão por isso. Como estive errado. Da próxima vez que ele vier despejar-me da casa, sairei docilmente”. Preparou seus pertences e ficou esperando pelo dono. Certa noite, apareceu o proprietário como de costume, cobrando-o: – Arranjou o dinheiro do aluguel? Se não conseguiu, terá de dair daqui ainda hoje, de qualquer jeito. O sr. Kan´ichi Ishibashi respondeu: – Muito obrigado, senhor, por permitir que eu morasse aqui até hoje, apesar do não-pagamento do aluguel. Agora mesmo sairei daqui, como o senhor disse, mas nunca irei esquecer este favor que lhe devo. Daqui a algum tempo, se voltar a ter sorte na minha vida, pagarei este favor, sem falta. Farei questão de pagar o aluguel nessa ocasião. Então, senhorm, passe muito bem. Pegou seus pertences, que eram poucos, e, acompanhado da filha ainda pequena, ia saindo da casa. Nevava lá fora. O proprietário disse: – Você pretende sair mesmo, nesta neve? – Sim, senhor. Percebi que não é justo continuar morando aqui, se não tenho como pagar o aluguel... – Arranjou outro lugar para morar? – Não, senhor. – Mesmo assim, vai embora? – Sim, senhor. Perdoe-me. Estou pensando em sair para uma viagem de peregrinação aos templos de Shikoku com esta filha. – Debaixo desta neve? Que tal reconsiderar? – Até agora fiquei teimando em permanecer aqui, mas percebi que essa é uma atitude incorreta. Assim respondeu o sr. Ishibashi, e foi saindo docilmente, quando o proprietário disse novamente: – Que tal esperar mais um pouco? Está nevando muito. – Sim, senhor, mas... Ele ficou hesitando, e o locador, que até então repetia com severidade “Entregue-me a casa, vá embora daqui”, disse: – Não há nenhuma necessidade de sair sacrificando-se tanto. Não sou nenhum demônio, e jamais pensaria em jogá-los na rua, debaixo dessa neve. Fique mais algum tempo e continue trabalhando aqui, que arranjarei clientes para você. Divulgarei para as pessoas que sua acupuntura funciona mesmo. Por que o proprietário da casa, que, enquanto o sr. Ishibashi teimava em permanecer nele morando, repetia severamente “Vá embora daqui”, mudou radicalmente quando o inquilino concordou em sair docilmente da casa, chegando até a dizer “Fique mais um pouco. Arranjarei clientes para você”? Foi porque o sr. Ishibashi, até então, morando sem pagar aluguel, não vivia sobre o que lhe pertencia, mas alicerçado no que era usurpado daquilo que pertencia ao outro. Deixando de ter essa mente que usurpa, desprendeu-se de tudo e, colocando a própria vida sobre o nada original, entregou-se nas mãos de Deus. Nesse momento, é que começa a manifestar-se a Provisão infinita de Deus.

Eu Mereço?

Ontem, sábado, visitei uma tia lá na Tijuca, que tinha acabado de se mudar. Fui com minha augusta mãe e lá fiquei sabendo de seu mais novo bordão. Minha tia, católica de truz, daquelas que toda manhã de domingo frequenta sua missa. Mamãe, ao dar-lhe um par de sandálias, recebeu como resposta, acompanhado do já protocolar "muito obrigado" um inusual e didático "Eu mereço". Inusual porque é raro você ouvir isso. E didático porque estas duas palavras encerram profundas lições. Ela falou que de uns tempos para cá, todas as coisas que ela recebe, além de um "muito obrigado" ela complementa com um "eu mereço". Reflitamos. Quantos de nós, seichonoiezes mais ferrenhos, temos este comportamento perante a vida? Reflitamos. Achei este episódio de singular beleza e digno de ser colocado no post para nossa reflexão. Quantos de nós achamos que não somos dignos de receber as coisas boas que Deus colocou em nossas vidas. No meu assalto mesmo, eu mereci perder o relógio e vinte reais. Mas não mereci perder minha aliança, meu mp3 e meu celular. Aliás, se perdesse a aliança, como convenceria minha augusta esposa deste acontecimento? Quantos de nós achamos merecedores das coisas boas da vida? Sinceramente, não sei. Só sei que minha tia, de uns tempos para cá, acha que ela merece. E ponto. Fomos embora logo, visita bem de médico. Aliás, a casa dela ainda tinha arrumação da tal da mudança dela. Pela primeira vez em toda a sua vida, eu acho, os 4 (quatro) filhos dela deram-na uma casa própria. A casa é dela. Porque ela merece. Será que ela merece? Sinceramente, eu acho que sim.

Assalto?!

Sim, querido leitor, na última quarta-feira eu e aproximadamente 30 pessoas fomos vítimas de um assalto retornando para casa no ônibus, anunciado na subida da Ponte Rio-Niterói e com 13 longos quilômetros de duração. Coisa chata, reconheço, perdi uns R$ 20,00 e um relógio que me acompanhava há quase uma década... mas mesmo assim ainda tive sorte, consegui guardar minha aliança, meu mp3 e meu celular, que os moços gentilmente tentaram levar para si... Isso é para vocês verem que Preletor e Líder de Iluminação não é super-homem nem consegue se safar de todas as coisas ruins fenomênicas... mas, dentre as minhas poucas perdas, acho que tive até sorte, né? Ou será proteção? Deixa pra lá, no final da noite ainda tive tempo para uma pequena reflexão: eles lá com os despojos conseguidos e eu em casa dormindo abraçado com minha augusta esposa, tendo uma ainda incipiente, mas feliz família para cuidar, com mãe tranquila (eu só a avisei do infortúnio ontem) e um pai que nada sabia (ele só soube hoje) Quem tirou o quê de quem mesmo? Reflitam...

Muitas Novidades Nesta Semana

Bom domingo a todos que me leem! Daqui a pouco vou me sentar a atualizar minha semana, que foi bastante movimentada, com alguns percalços mas... bom, deixem-me almoçar e no retorno atualizo tudo, tem palestra, tia, assalto...

terça-feira, 22 de março de 2011

Bela Propaganda da Coca-Cola (inspirada em Masanobu Taniguchi?)

"Há um ditado no idioma inglês: 'No news is good news'. Seu significado 'Não ter notícias é uma boa notícia' parte da premissa de que a maior parte das notícias que recebemos através dos meios de comunicação é constituída de más notícias. O fato de um indivíduo observar o lado sombrio, o lado negativo da vida, em si, não é algo tão condenável nem é conveniente proibi-lo de o fazer. Mas é claramente anormal o esforço de repórteres dotados de grande capacidade, que estudaram Jornalismo, fluentes em vários idiomas, que se valem de todos os meios de comunicação, estruturas, máquinas e equipamentos de informação de ponta para levar ao maior número possível da população humana, de forma concreta e dramática, em todas as oportunidades, apenas o lado negativo da vida, ignorando o positivo. Como consequência, está sendo difundida a mensagem "O mundo está repleto de males". Uma situação lamentável.Informações incorretas produzem julgamentos incorretos, e levam a nação e a sociedade a ações e políticas equivocadas. Não estou dizendo que cada uma das informações noticiadas não corresponde aos fatos concretos. Digo que noticiar apenas fatos sombrios, acontecimentos negativos, dentre enorme número de ocorrências, é distorcer a realidade. Não ocorrem somente mortes; acontecem também nascimentos. As pessoas não só matam; elas vivificam-se, ajudam-se mutuamente. As pessoas não só enganam ou traem os outros; também levam a honestidade até o fim, e fazem as pazes. Se há uma pessoa que odeia, existem outras dez, cem pessoas que amam. Mesmo que haja uma pessoa enciumada, a maioria das pessoas abençoa. Mas, nos noticiários, são destacadas apenas as primeiras; e as segundas, que são maioria, são ignoradas. Dizer que isso é a realidade do ser humano ou da sociedade não constitui uma gigantesca mentira?"

Olá, povo do meu blog! Lembram-se deste belo trecho do "Princípio do Relógio de Sol", pgs. 9 e 10, que falei num post recente? Pois bem, ontem, quando este simpático blogueiro senta-se para jantar, iniciando o Jornal Nacional, aparece uma propaganda da Coca-Cola que... bom, vou deixar o link aqui, esperando que vocês vejam, se maravilhem, e, principalmente, comentem! Qualquer semelhança com este trecho será mera coincidência?
Meus sinceros parabéns à Coca-Cola e toda a sua equipe de criação. Muito bonita a propaganda!
Ah, o link? É este aqui, ó: http://www.youtube.com/watch?v=nydgI4c21GI
Muito obrigado!

domingo, 20 de março de 2011

Frase Décima

"A Imagem Verdadeira dos apóstolos da Missão Sagrada é divina, e seu futuro também o será infalivelmente"

Outra frase curta e também redundante: a nossa Imagem Verdadeira é divina, assim como nosso futuro. Ora, a minha, a sua, a Imagem Verdadeira da torcida do Flamengo e a de toda a humanidade é divina, afinal de contas todos nós já estamos salvos desde o princípio.
No entanto... nossos méritos em conscientizar essas verdades antes e transmiti-las à humanidade é que faz o diferencial, e sermos tão louvados aqui. E mais, com uma garantia de que nosso futuro já está assegurado.
Lembro-me agora de um trecho de Tempos Modernos, música de Lulu Santos, alguém aí se lembra? Numa determinada parte da canção, ele canta: "Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante, sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não"...
Sintomático? Profético? Será que Lulu é um Apóstolo da Missão Sagrada ou apenas intuiu essa nova era que está chegando?
Isso me remete, novamente, a Jorge Ben Jor e uma de suas músicas que mais vezes eu me lembro de classificar aqui como parte dos sumidos Seicho-No-Ie Hits, mas que sempre me esquivo de apresentar aos senhores. Mas tanto faz, à guisa de encerramento deste estudo, postarei aqui esta bela cançoneta benjoriana, uma versão dele a este LAMS. Aguardai, é surpresa, faltam, apesar do trecho comprido, apenas mais quatro frases...

Às Senhoras Arakis de Plantão

Seichonoiezes de plantão, nestes tempos sísmicos, tsunâmicos e nucleares que atravessa o Japão, vejam um trecho atualíssimo que estou lendo no volume 18 da Verdade da Vida. O texto é longo, confesso ter até uma preguiça para transcrevê-lo em seus melhores momentos, mas como o assunto é palpitante e atual, acima de tudo, vamos lá, consta nas páginas 67 a 73:

"Sra. Araki - Não sei se digo que 'a oração é atendida' ou que 'o pensamento se concretiza' ou ainda que 'a vontade de orar brota naturalmente do íntimo porque a graça almejada já nos está dada', o fato é que minhas orações provocaram o grande terremoto de Tóquio, e hoje peço a todos que ouçam minha própria confissão sobre isso. Desde criança, aprendi por experiência própria que todos os pensamentos se concretizam infalivelmente (...) Como podem ver, tudo que é mentalizado concretiza-se. Optei pelo colégio Miwata, mas logo constatei que as alunas dessa escola eram todas grã-finas, e eu era a única residente em um bairro operário (...) Quando alguém falava em visitar-me em casa, arrumava mil pretextos para evitar isso. Entretanto, havia duas colegas que conheciam meu segredo, menosprezavam-me e maltratavam-me ameaçãndo revelá-lo às outras colegas. Eu sofria demais com isso, pois elas tocavam em meu ponto fraco. Muitas vezes desejei que as duas desaparecessem deste mundo. E passei a orar do mais profundo d´alma: 'Que essas duas caiam em desgraça'. E aconteceu conforme orei: uma delas ficou doente e morreu, e a outra casou-se tão logo se formou mas não foi feliz no matrimônio, separou-se do marido e parece encontrar-se em situação penalizante. Com isso, compreendi o quanto é terrível o pensamento de maldição. Hoje não sou capaz de amaldiçoar ninguém, por mais que seja maltratada (...) Mas logo depois minhas colegas voltaram a insistir em visitar-me. Eu já não encontrava pretextos para desvencilhar-me disso e, pode parecer tolice, diante da eventual visita de minhas colegas em casa, orei com toda a seriedade: 'Ó Deus, fazei com que minha casa pegue fogo'. Porém, percebi instantaneamente que o incêndio de uma única casa tornar-se-ia notícia, e os jornais publicariam que a tabacaria tal, situada em tal lugar e de propriedade de tal pessoa, pegaria fogo. Isso para mim seria péssimo. Pensei seriamente se não haveria um tipo de incêndio que não tornasse pública a tabacaria. Para isso, concluí, o incêndio não poderia ser em uma só casa: o bairro todo teria de se incendiar acidentalmente. 'Sim, é esta a solução', pensei. Passei então a orar por isso do mais profundo do meu coração. Alguns dias depois, em 1º de setembro de 1923, precisamente às 11:58, deu-se o grande terremoto de Tóquio. Exatamente de acordo com a minha oração, o fogo surgiu não se sabe de onde e alastrou-se por toda a cidade. Minha casa também foi destruída e fugimos entre as chamas, passando a noite inteira mergulhados em um rio para não sermos devorados pelas labaredas. Mais tarde mudamos para um bairro melhor e pude receber minhas amigas e colegas em casa sem constrangimento, convivendo com elas de igual para igual conforme sempre sonhara. Assim, com minha vaidade satisfeita, pude terminar tranquila o curso ginasial. Tudo o que mentalizo, acontece. Para os outros, o grande terremoto de Tóquio aconteceu como reflexo da mente de cada um deles, mas, para mim, foi a concretização das minhas orações.
Taniguchi - (Em tom de brincadeira) A senhora até parece uma feiticeira: quando amaldiçoa alguém, este morre; quando pensa em incêncio, as casas pegam fogo. Sou também uma das vítimas do grande terremoto de Tóquio, e devo à senhora o fato de a Seicho-No-Ie estar atualmente estabelecida em Sumiyoshi. São raras as pessoas cujo poder concretizador da mente é tão grande como o da sra. Araki, mas todos possuímos esse poder em potencial, e isso significa que estamos influindo no destino do mundo. É portanto de suma importância fazermos mentalização positiva para purificar o pensamento da humanidade (...)
Oono - Há quem tenha profetizado o grande terremoto de Tóquio com um ano de antecedência. Isso quer dizer que aquele acontecimento já estava criado no mundo da mente um ano antes. A sra. Araki apenas captou isso e sintonizou suas orações com o que já estava prestes a acontecer. O senhor concorda comigo, professor?
Taniguchi - Sim, concordo. Um acontecimento como aquele que atinge extensas áreas é resultante de pensamentos de grande número de pessoas. Não foi, obviamente, concretização do pensamento exclusivo da sra. Araki (...) se cada qual assumir e resgatar a parcela de culpa que lhe cabe, não restará culpa alguma no mundo. Se a mente de cada qual se iluminar, o mundo ficará iluminado. É com essa finalidade que os adeptos da Seicho-No-Ie estão praticando a Meditação Shinsokan simultaneamente, no mesmo horário determinado (...) Considerando-se que a oração de uma só pessoa possui tanto poder de concretização como constatamos no caso da sra. Araki, se nos unirmos em grande número e orarmos pela paz, esta se concretizará infalivelmente. Peço a todos que convidem seus amigos e conhecidos a aderirem ao Movimento de Iluminação da Humanidade, da Seicho-No-Ie".

E você, iludido leitor, achando que "A Verdade da Vida" era só uma coleção de trechos antigos de uma revista sem qualquer conexão com a atualidade, não? Tsc, tsc, tsc... ledo engano...

Frase Nona

"Com profunda reverência a eles, depositamos seus registros espirituais na arca do Templo Matriz, consagramo-los a Deus e lhes dedicamos a leitura da Sutra Sagrada"

Frase curta, raridade nesta Sutra. Vamos a ela? Então recapitulemos: os apóstolos da missão sagrada são verdadeiros boddhisattvas dispostos a salvar a humanidade antes mesmo de salvar sua abençoada pele. E, por este gesto de abnegação é que recebemos os maiores elogios nesta sutra sagrada, que não por acaso se chama "Louvor aos Apóstolos da Missão Sagrada", certo? Então continuemos...
Por esta tarefa altruísta recebemos, sim, orações dedicadas a nós com a leitura da Sutra Sagrada. Eu, em minha ignorância, gostaria muito de saber que Sutra seria lida, creio que a Chuva de Néctar da Verdade. Ou seja, o Movimento protege o próprio Movimento, pois, o que é a Seicho-No-Ie senão a reunião de valorosos bosatsu destinados unica e exclusivamente à implementação do mundo da Imagem Verdadeira aqui na Terra? Pensem bem e reflitam nisso!
E ainda temos o direito de estarmos com nossos nomes inscritos lá na Arca do Templo Matriz. Não é sensacional isto?

Projeto Jovens Empreendedores 2011 - Março

E não é que estava quase esquecendo aqui de falar sobre a segunda reunião do ano do projeto Jovens Empreendedores, e desta vez com o estudo do Prefácio e o Capítulo 1 da Chave da Provisão Infinita. Ocorreu ontem, e a preletora foi a presidente da Prosperidade, Izanette Marins, que deu uma bela e motivacional palestra.
Para quem perdeu, seguem aqui os capítulos estudados. No próximo dia 16.04 teremos a terceira reunião, capítulos 2 e 3 do livro, com a presença do Preletor Luiz Cléber Bezerra, participem. E semana que vem, este blogueiro que vos tecla, falará, na mesma Associação, sobre o capítulo 10 de "Saúde e Prosperidade": "Levante-se Embasado No Que Lhe Pertence".
Seguem os capítulos:

CHAVE DA PROVISÃO INFINITA – 19.03.11 – 1a PALESTRA – PREFÁCIO

Hoje, o mundo empresarial do Japão sofre as consequências da crise econômica. Ocorre isso porque os empresários disputam com a mente que usurpa, achando que sua empresa prosperará se vencer o concorrente. Entretanto, obtém-se a prosperidade perene ao colocar em prática a lei “Dai e ser-vos-á dado”.
A nova economia pregada por Charles Fillmore, fundador da Igreja Unity, nos Estados Unidos, coincide quase que totalmente com a lei áurea da provisão infinita preconizada pela Seicho-No-Ie. E, em outros diversos pontos, as atividades da Igreja Unity são extremamentes similares às da Seicho-No-Ie, que é um novo movimento religioso fundamentado no princípio da identidade de todas as religiões na essência.
Na ocasião em que viajei para os Estados Unidos em 1963, foi-me possível realizar conferências voltadas exclusivamente ao público norte-americano porque a Igreja Unity abriu-me as suas portas em praticamente todas as cidades em que estive. Isto porque os nossos ensinamentos são bastante parecidos. Nesse sentido, desejo explicar aqui, de modo bem compreensível, os princípios da prosperidade e do enriquecimento, baseados no livro Prosperity, que é uma das obras representativas de Charles Fillmore.
O que deve ser observado no livro Prosperity, de Fillmore, é o fato de ele citar a doação do dízimo como um meio concreto de executar a grande Verdade universal “Dai, e ser-vos-á dado”, e fazer o maior esforço possível para incentivar esta prática. De fato, Fillmore adotou o sistema de doação livre baseado no dízimo, fazendo disso a captação de recursos para administrar a Igreja Unity. É incalculável o número de pessoas que foram salvas de fato, sendo conduzidas da pobreza para a opulência, ao doar o dízimo.
Por mais excelente e irrefutável que seja uma teoria, ela não causará nenhum efeito nem trará felicidade e prosperidade às pessoas se a rejeitarem dizendo “Isso é impossível” ou “É contra o senso comum”. Pessoas que viviam enclausuradas na visão do mundo de até agora, fundamentada no culto ao dinheiro, no materialismo, no confronto entre o proletariado e a burguesia, considerarão algo incompreensível a grandiosa declaração de que “há infinitas riquezas no Universo”.
Entretanto, o único caminho que oferece uma saída para a situação de impasse que o mundo viveu até hoje é o despertar para esta Verdade e estabelecer uma nova postura de vida. Toda declaração revolucionária foi até hoje considerada heresia pela maioria das pessoas de cada época. Assim foi a teoria heliocêntrica de Copérnico, como também a teoria da relatividade. Mas os leitores conscientes devem libertar-se, o mais cedo possível, da visão de mundo fundamentada nas ilusões dos cinco sentidos, como a de achar que “a Lua sobe das montanhas do Leste e se põe no mar do Oeste”. E é desejável que comprovem, o quanto antes, o modo de viver verdadeiro e infintamente próspero. Quem pensa “a matéria que vemos com os olhos existe de fato” nada tem de diferente dos homens da Antiguidade que acreditavam: “A Lua sobe das montanhas do Leste e se põe no mar do Oeste”.
Acredito, sem sombra de dúvida, que os leitores abrirão a porta do próspero depósito natural de tesouros se, lendo e relendo este livro, Chave da Provisão Infinita, mudarem radicalmente seu estado mental. Por isso, escolhi este livro para ser o primeiro da coleção Série Chaves da Vida, lançada pela Nippon Kyobunsha.
Tóquio, 10 de junho de 1966 – Masaharu Taniguchi

2a PALESTRA – CAP. 1 – NA ESSÊNCIA DO UNIVERSO, HÁ UMA
SUBSTÂNCIA ESPIRITUAL QUE É INFINITA

O princípio da provisão infinita – como conseguir a prosperidade – pregada por Charles Fillmore, fundador da Igreja Unity, forma a base da nova economia que substitui a antiga, sendo uma tese que merece máxima atenção. Sintetizando em uma frase a verdade fundamental que norteia essa tese, resume-se no seguinte princípio extremamente claro: “A Mente de Deus é a única Realidade e, se unirmos fixamente nossa mente a ela e jamais dela nos desviarmos, uma força gigantesca emergirá do nosso interior”.
Hoje, a ciência não diz mais que na origem da vida existe a matéria. Ela passou a comprovar que mesmo o ar possui força vital que anseia ser compreendida e utilizada pelo homem, existindo imanente nela uma maravilhosa energia misteriosa e invisível. Ou, então, diz-se que o espaço está preenchido de éter (logicamente este éter é algo hipotético, que, em última análise, é um redemoinho do nada), e a inesgotável energia contida nele ainda não foi explorada.
Por mais que se diga que a ciência progrediu, ela apenas começou a contar uma pequena parte da História do Universo. Além disso, a maior descoberta científica de todos os tempos é a da Física moderna, que diz: todas as matérias têm origem no éter invisível e impalpável (ou seja, no nada). Em outras palavras, seria a matéria é nada, ou, então, a matéria é uma energia misteriosa. Portanto, na essência do Universo, existe uma substância espiritual que Jesus Cristo denominou reino dos céus. Esse reino dos céus não é um local longínquo, mas todos os lugares. E Fillmore explica que, por isso, Jesus usou a expressão reino dos céus, no plural.
Fillmore pregou que a essência do Universo é o maravilhoso céu, ou o reino dos céus, ou a Mente de Deus, e que é dessa substância espiritual que surgem todas as coisas. E ele explica que aquilo que se manifesta em cada momento depende do estado mental da pessoa que o está manifestando. Ou seja, como apenas aquilo que solicitamos manifesta-se no mundo fenomênico, o protótipo da criação, que manifesta algo que tem forma, é o pensamento, a palavra.
Podemos dizer que essa substância espiritual é a Mente de Deus. Consequentemente, ela em si é uma Mente profundamente caridosa, uma Mente amorosa, que deseja doar veementemente. Por isso, seja o que for, se desejarmos com fé, tudo nos será dado, com certeza. Isso porque doar é a verdadeira natureza da substância espiritual. Portanto, se deitarmos palavras de fé sobre a substância espiritual universal, receberemos tudo, seja o que for. Em suma, direcionando sua energia mental sobre a ideia de riqueza, você receberá essa riqueza, com toda a certeza.
Deus é substância. Mas não significa, em absoluto, que essa substância seja um corpo sólido. Portanto, pode-se dizer, em outrass palavras, que Deus é uma não-substância. Deus é o Ser misterioso que não Se encontra restringido em determinada forma. Então, que seria a matéria? Fillmore explica: “É aquilo que restringe mentalmente a substância de Deus”. Ou seja, quando a substância ilimitada de Deus for restringida pela mente em diversas formas, manifesta-se como algo material, que pode ser percebido. Portanto, em Deus não existe limites e, consequentemente, Ele não tem forma nem limitações, sneod o próprio Ser misterioso que preenche o Universo.
Podese dizer, em outras palavras, que a substância divina se encontra por trás das formas e coisas. E pode-se dizer também que é a base de todas as formas. A substância divina transcende os cinco sentidos. Entretanto, é a única Realidade substancial que é superior a todas as matérias. A prata, citada por Jó, “O Onipotente será contra os teus inimigos, e terás prata aos montes”, nada mais é que manifestaçãio da substância que preenche este Universo.
Nós vamos manifestando essa substância espiritual exatamente na forma como a declaramos. Por isso, fomos colocados numa posição extremamente importante. Naturalmente, essa declaração é efetuada conscientemente em certo momento, mas, outras vezes, se efetua de modo inconsciente (subconsciente). Ou seja, a manifestação é feita livremente através da nossa mente (subconsciente e consciente).
Você jamais terá carência de ar para respirar. O ar existe abundamentemente na superfície terrestre, mas, se você não respirar, tapando as narinas ou a garganta, sofrerá imediatamente por falta de ar. Mas, se você admitir o fato de que o ar existe em abundância e respirar profundamente, conseguirá inspirá-lo abundantemente, o quanto quiser. Esta é uma verdade que cabe a todas as coisas, não se limitando apenas ao ato de respirar. Assim como neste planeta existe ar em abundância, sendo possível respirar à vontade, todas as coisas já estão preparadas para que as tenhamos em mãos o quanto quisermos. Isto porque a substância espiritual do Universo é infinita, e dela o homem pode sorver a prosperidade, o quanto quiser, de acordo com o que desenhar na mente. A única carência é a nossa carência de utilização.
Segundo Fillmore, as palavras ditas por Jesus “É mais fácil passar um camelo pelo orifício de uma agulha que entrar um rico no reino dos céus não significam, em absoluto, que os ricos não entrarão no reino dos céus e os pobres entrarão. O problema não é a quantididade de dinheiro, mas sim o conceito que a pessoa tem do dinheiro: de que fonte adquirir, ou, então, como adquirir e como utilizar. Ele explica que essas palavras ensinam que aquele que utiliza incorretamente o dinheiro não entrará no reino dos céus.
Enquanto não mudar o conceito de que um indivíduo é dono de todas as coisas da terra das quais tomou posse, mesmo que inverta a posição dos ricos com a dos pobres, não será corrigida a distribuição desigual das riquezas. O que é necessário, em primeiro lugar, é se conscientizar da Verdade fundamental de que o homem é filho de Deus e que no Universo, que é o reino de Deus, existe riqueza em abundância, a ponto de ser possível prover todas as pessoas além do necessário. E, quem despertar para o fato de que tudo pertence a Deus, perceberá quão estúpido é desejar, inutilmente, satisfazer os seus próprios interesses, usurpando o que é de Deus e deixando-o guardado, em vão, dentro do cofre. Quanto mais posses tiver um rico, maior será o perigo de ficar apegado e amarrado a essas posses. Este é o significado daquela advertência de Cristo. Entretanto, aquelas palavras de Cristo explicam o fato de que não conseguirá entrar no reino dos céus aquele que não abandonar a mente apegada aos fenômenos e anular o ego.
Qualquer que seja a matéria a qual alguém tenha tomado posse, isso é simples fenômeno temporário, pois o mundo material é um mundo instável, em que as coisas são devoradas pelos insetos ou são roubadas e se arruínam. Ou, então, mesmo que possua riquezas mentais como capacidade e talento, que não perecem como as riquezas materiais, aquele que deseja entrar verdadeiramente no reino de Deus precisará, também, jogar fora esses fardos. Se buscarmos algo com seriedade, isso certamente se concretizará, mas, se utilizarmos essa coisa ou capacidade para fins egoísticos, o resultado final não deixará de ser trágico. Isto porque a mente egoística é mente que usurpa e, portanto, a verdadeira felicidade será, ao contrário, usurpada de nós. Então, devemos estar cientes de que a fonte da nossa provisão é inesgotável e suscitarmos o sentimento de profundo amor que doa com alegria aquilo de que os outros necessitam.
Mesmo qu diante dos olhos pareça estar manifestada carência, já existe abundamentemente a substância espiritual que supre todas as pessoas com fartura. Da mesma forma que os peixes vivem na água, nós vivemos dentoro da substância espiritual infinitamente próspera de Deus. Se acreditarmos nisso, de todo o coração, conseguiremos imediatamente a provisão infinita. Porque, no mundo fenomênico, manifesta-se exatamente aquilo que desenhamos na mente; e, se desenharmos na mente o mundo de provisão infinita, manifestar-se-á de fato a provisão infinita. Por exemplo, como Jesus Cristo foi dono dessa rica substância espiritual, a mulher que, acreditando nisso, tocou na barra da túnica de Jesus foi curada. Mas, como os demais milhares de pessoas não acreditaram nisso, nem tocaram na túnica dele, não obtiveram a cura.
Por exemplo, no momento em que se dá partida a um carro, ele começa a se movimentar bem lentamente, mas, ao ganhar velocidade, passa a correr como flecha, por ação da inércia. Isso ocorre igulamente na força espiritual. Mesmo que inicialmente seja uma força de pensamento extremamente pequena, se a ela for acrescentada a inércia mental, poderá se tornar um pensamento extremamente forte. Se continuarmos mantendo a vontade de Deus, nossa força mental vai se tornar realmente poderosa, e conseguiremos mudar a situação fenomênica. Nesse momento, você deverá pensar que é um com a substância espiritual divina (Mente de Deus). Ou seja, que Deus e você são um. A fartura de Deus será a sua fartura. Você foi criado por essa substância espiritual. Você mora dentro dela, trabalha, vive, recebe as provisões e prospera. A substância espiritual não é influenciada pela situação econômica má ou boa do mundo, não tendo nada a ver com a situação do mercado financeiro. Ela é o pão que tem vida, a água que vive. Aquele que recebe este alimento de Deus, jamais sofrerá carência.
Isso não significa, em absoluto, armazenamento de recursos materiais, nem superprodução. Não é também economia de consumo, pois a substância espiritual de Deus se manifesta exatamente na dose certa, para ser utilizada por todas as pessoas. Os leitores dirão que tal mundo é utópico, algo impossível de se concretizar? A resposta está na mente dos próprios leitores, pois, segundo a lei que rege o mundo fenomênico, se acreditarem que é impossível, assim será; e, se acreditarem que é possível, será possível.
Fillmore diz: “Mentalize 'Sou uma substância espiritual poderosa e inabalável'. Assim, a porta de seu coração vai se abrir e penetrarão ideias repletas da substância espiritual. Então, utilize livremente essas ideias. Não duvide nem desconfie do resultado que terá. Ela será a ideia de Deus que foi dada a você, em resposta à sua oração, para suprir suas necessidades.”
Deus é a poderosa nascente da substância espiritual, o homem é seu afluente, e o ato de agradecer a essa substância espiritual fará aumentar sua correnteza. Ou seja, ele enfatiza: “Mesmo que você receba pouco dinheiro, ou que sua carteira esteja vazia, pegue o que tem e o abençoe. Mentalize que isso está preenchido da substância espiritual da Vida e que a riqueza está prestes a se manifestar. Ao preparar a refeição, abençoe-a considerando-a uma substância espiritual. Quando for se vestir, agradeça a essas roupas e sinta que está sempre vestindo a substância espiritual”. Enfim, deve mentalizar e acreditar que o mundo está preenchido pela substância espiritual. E deve mentalizar o seguinte, como se isso estivesse caindo ao seu redor, tal qual chuva de ouro e prata:
“Jesus Cristo me salvou, agora e aqui. Conduziu-me para a crença de que Deus está em todos os lugares e que tudo nos prepara, assim assegurando a minha prosperidade. Eu tenho a convicção de que a substância espiritual está presente em todos os lugares e que, segundo minhas palavras, manifesta-se cada vez mais prosperamente”.

Uma Semana Depois...

Bom dia, povo do meu blog! Uma semana se passou, as notícias se espalharam mais rápido do que radiação atômica e, a despeito do que apregoaram as Cassandras de plantão, o Japão começa, ainda que aos poucos, a recolher seus cacos e partir para o futuro. Fukushima virou "apenas" um Three Mile Island, não tivemos a reedição de Chernobyl e tudo parece voltar como dantes no quartel de abrantes. Correntes de oração (na SNI maratonas de sutras) foram formadas, donativos estão sendo recolhidos, e aos poucos o mundo parece voltar aos seus eixos. Bom ou mal? Para quem vive com a desgraça alheia, péssimo, ainda mais se este alheio for, literalmente, do outro lado do mundo, e não se teria, pelo menos a curto e médio prazo, risco de sofrer suas consequências.
Tudo isso me lembra o que nosso bom e velho Masanobu Taniguchi escreveu no prefácio de seu ótimo "Princípio do Relógio de Sol", que transcreverei aqui para os senhores, páginas 9 e 10:

"Há um ditado no idioma inglês: 'No news is good news'. Seu significado 'Não ter notícias é uma boa notícia' parte da premissa de que a maior parte das notícias que recebemos através dos meios de comunicação é constituída de más notícias. O fato de um indivíduo observar o lado sombrio, o lado negativo da vida, em si, não é algo tão condenável nem é conveniente proibi-lo de o fazer. Mas é claramente anormal o esforço de repórteres dotados de grande capacidade, que estudaram Jornalismo, fluentes em vários idiomas, que se valem de todos os meios de comunicação, estruturas, máquinas e equipamentos de informação de ponta para levar ao maior número possível da população humana, de forma concreta e dramática, em todas as oportunidades, apenas o lado negativo da vida, ignorando o positivo. Como consequência, está sendo difundida a mensagem "O mundo está repleto de males". Uma situação lamentável.
Informações incorretas produzem julgamentos incorretos, e levam a nação e a sociedade a ações e políticas equivocadas. Não estou dizendo que cada uma das informações noticiadas não corresponde aos fatos concretos. Digo que noticiar apenas fatos sombrios, acontecimentos negativos, dentre enorme número de ocorrências, é distorcer a realidade. Não ocorrem somente mortes; acontecem também nascimentos. As pessoas não só matam; elas vivificam-se, ajudam-se mutuamente. As pessoas não só enganam ou traem os outros; também levam a honestidade até o fim, e fazem as pazes. Se há uma pessoa que odeia, existem outras dez, cem pessoas que amam. Mesmo que haja uma pessoa enciumada, a maioria das pessoas abençoa. Mas, nos noticiários, são destacadas apenas as primeiras; e as segundas, que são maioria, são ignoradas. Dizer que isso é a realidade do ser humano ou da sociedade não constitui uma gigantesca mentira?"

Agora, começam a pulular informações como "espinafres radioativos" ou "água de Tóquio apresenta radioatividade", tudo isso com qual objetivo? Nos compadecer do sofrimento nipônico? Qual! Para aumentar a onda de insegurança mundial a respeito da energia nuclear? Pode até ser. Com certeza, informações utilíssimas como estas não vão ajudar, nem um pouco, o povo japonês. Como disse posts atrás, e reafirmo agora, se não tivermos mais nada a fazer, devemos simplesmente orar. Orar pela recuperação nipônica. E só. O resto é ilusão e tanto eu, como você e o resto da seichonoiezada sabem muitíssimo bem que ela não existe. É bem como canta aquele belo hino sagrado "Louvor a Deus":

"As projeções hão de desaparecer/não são verdadeiras, não são criações de Deus/ e agora então, o mundo de Deus já é/pleno de amor e sabedoria/ o mundo de Deus é sempre muito sereno, verdadeiro e repleto de amor/Oh quanta graça e luz, com amor e devoção agradeço a Deeeeeuuuuuusss"

Plano de Estudos 2011: Janeiro: Sobre o Significado E O Nascimento da Seicho-No-Ie

Boa noite, ou bom dia, para quem preferir. Estou atrasado com este blog, não? E olhem que tenho é coisa para atualizar aqui, minha ida à reunião hoje, de Carlos Victor, por exmplo. Mas não é sobre isso que quero falar agora, é sobre outra coisa.
Na semana passada, quando participei do Curso para Preletores, comprei uma pequena apostila intitulada "Plano de Estudos 2011", com base em um livro que li em fevereiro, chamado "O que é Seicho-No-Ie" (lembram-se de uma de minhas metas, que é ler um livro da SNI por mês? Pois é, em fevereiro era este...).
Pois bem, resolvi começar de janeiro, estudando a apostila durante uma semana. Tinha alguns exercícios também, leituras, basicamente, de obras do Mestre, e no final uma pequena redação sobre um dado tema.
Bom, acabei de terminar a redação de janeiro, e gostaria de compartilhar com meus leitores. O tema do estudo do mês de janeiro era "Sobre o significado e nascimento da Seicho-No-Ie". Acredito que fugi um pouco do tema, mas em prol de um assunto que agora começo a entender melhor, o das práticas de amor. Leiam e, por favor, comentem, se tiverem paciência para tanto! Muito obrigado desde já!

"Qual o signifiado do nascimento da Seicho-No-Ie? Sendo a Seicho-No-Ie uma instituição que visa a estudar as leis da criação da Vida que rege o Universo, pode-se dizer que, pela matéria estudada, ela é eterna, Então, em outro plano, no mundo da Imagem Verdadeira, ela é eterna, inascida.
Já no mundo fenomênico, se ela visa a estudar as leis da criação da Vida que rege o Universo - é preciso fixar bem este ponto para futuras digressões - é necessário que aqui, neste plano fenomênico, ela seja devidamente acolhida em solo fértil. E é este solo fértil que vem a ser... o amor. Não o amor romântico, que beira o sentimento piegas, mas o amor que une toda a humanidade em um só corpo: em outras palavras, o amor resgata nossa verdadeira identidade perante Deus, somos uma única coisa.
Na Seicho-No-Ie existem três práticas devocionais básicas, a saber: Meditação Shinsokan, leitura de livros sagrados e práticas de amor. As duas primeiras são meios, digamos, teóricos para se alcançar, ou perceber, a divindade. A última é o meio prático de se alcançá-la, de ver a face divina do próximo. 'O bem que fizestes a cada um destes, é a mim que o fazes', já aconselhava Cristo no Evangelho. 'O caminho se desenvolve e se torna vivência e, desenvolvendo-se mais ainda, torna-se amor', já dizia o Mestre no volume 1 da Verdade da Vida. Esta frase encerra uma grande verdade: a de que o amor nasce através da prática e da conscientização divina. Não podemos nunca nos olvidar deste ponto. Não amamos para seguir determinados preceitos, ou atingir regras de comportamento moral; ao contrário, amamos por ser este o único caminho que nos leva a identificar Deus em todas as vertentes humanas e naturais da vida. Em suma, o amor não é um meio, o amor é um fim em si mesmo. Já dizia, com razão, Santo Agostinho: 'Ama e faze o que quiseres'.
Retornando ao ponto de partida: a Seicho-No-Ie surgiu neste mundo para fazer refletir aqui o mundo da Imagem Verdadeira. E para que se possa proceder a tal reflexo, é imprescindível os atos de amor e viver com a mente alegre. 'Vós sois a luz do mundo e o sal da terra', já dizia Cristo. Somos nós os mensageiros de mais esta boa nova: o homem é filho de Deus perfeito, sem culpa, sem peado, sem mácula, e com um destino irremediavelmente traçado: a de ser feliz, infalivelmente. Muito obrigado!"

terça-feira, 15 de março de 2011

Oração Para A Manifestação da Imagem Verdadeira do Japão

Canto Evocativo de Deus

Palavras de Oração:

Nós, adeptos da Seicho-No-Ie, com profundo respeito, rogamos a Deus, que intensifique a Luz de Proteção derramada sobre todas as nações do mundo e, em especial, rogamos que a Luz de Vosso Amor se estenda sobre o Japão e os países asiáticos banhados pelo Oceano Pacífico ora atingidos por abalos sísmicos e suas consequências e sobre todos os habitantes desses países. Sabemos que as ações devastadoras da Natureza são parte do processo de auto purificação do Universo, por isso rogamos para que a purificação possa se processar de maneira mais suave e paulatina possível e que sejam minimizados os sofrimentos de toda a população. Que Vosso infinito Amor se estenda sobre todas as pessoas e todas as famílias vitimadas, para que recebam Vossa consolação e conforto. No mundo criado por Vós não existem sofrimentos, nem tragédias ou catástrofes naturais. Com os olhos espirituais abertos, contemplamos a Imagem Verdadeira do Japão e dos países asiáticos banhados pelo Oceano Pacífico, onde reina a paz, a felicidade e a prosperidade eternas e onde os moradores podem viver com tranquilidade e segurança. Com muito respeito, assim declaramos.

Leitura da Sutra Sagrada

Canto da Grande Harmonia

Muito obrigado a Sílvia, que me disponibilizou esta oração e, conforme o prometido, segue aí a oração para proteger o povo japonês.
Peço a todos que estão me lendo que façam esta oração, pelo menos uma vez, imaginando somente o bem do povo nipônico. Muito obrigado!

domingo, 13 de março de 2011

Frase Oitava

"Logo, é óbvio que se extinguirá o carma maléfico dos próprios apóstolos da Missão Sagrada que, abraçando a sagrada missão, assumiram o compromisso de dedicar toda a sua vida à salvação da humanidade, oferecendo trabalho físico, dedicação mental e contribuição monetária."

Outra frasinha compriiiiida. Vamos lá?

"Logo, é óbvio que se extinguirá o carma maléfico dos próprios apóstolos da Missão Sagrada"
Claro, quando damos um presente a alguém, nós nos sentimos bem, não é verdade? A gratidão do próximo nos envolve de benéficas vibrações, não é isso? Assim, resta claro que ao nos dedicarmos a salvação do próximo, sem querer querendo extinguiremos o nosso próprio carma maléfico. O "óbvio" do texto dispensa maiores comentários...

"que, abraçando a sagrada missão, assumiram o compromisso de dedicar toda a sua vida à salvação da humanidade"
Parte im-por-tan-tís-si-ma! Leiam de novo, por gentileza. Leram? Este pequeno trecho revela, de maneira graciosa e discreta a nossa missão neste mundo.
Se por acaso algum de meus seis leitores for um Preletor, Líder da Iluminação ou mesmo um Divulgador, prestai atenção: em algum momento de sua vida, neste preciso e bendito momento, você assumiu o compromisso de dedicar TODA (eu adoro essa abundância de advérbios de intensidade e de frequência no LAMS!) a sua vida à salvação da humanidade.
Querido Preletor, amável Líder da Iluminação, distinto Divulgador: neste trecho, neste pequeno trecho você foi sagrado, foi consagrado um boddhisattva, ou bosatsu! Não, não se trata daqueles monges que nossas imagens estereotipadas fazem surgir quando lembramos de monges budistas: nós somos bosatsu aqui, agora, falando português, e nem sabendo que Sidarta Gautama era o nome civil de Buda! Nós nos consagramos à salvação da humanidade. Em outras palavras, guardadas as devidas proporções, somos os bombeiros da humanidade, somos uma espécie de super-heróis, salvadores da humanidade. Pensaram bem no que isso significa?
Na minha infância, meu super-herói favorito, declarado, era o Super-Homem. Pois bem, o que este trecho fez foi simplesmente me comparar ao Super-Homem. Eu não tenho visão de raio-x, mas posso dar amor. Não tenho a força descomunal dele, mas tenho a força da fé. Não sei voar, mas minhas palavras neste blog podem, e isso me basta. Aliáss, não só a mim, mas a todos os adeptos sinceros da Seicho-No-Ie. Já imaginaram a distinção e a rara felicidade desta designação? Nem digo responsabilidade pois a ideia de responsabilidade enseja sacrifício, e, decididamente, salvar a humanidade não requer sacrifício, e sim, amor. Muito amor.
É como bem canta a Marcha da Missão, na minha estrofe favorita: somente os que vivem para esta missão, sabem o prazer que nós recebemos...

"oferecendo trabalho físico, dedicação mental e contribuição monetária": veja o que a Liga da Justiça faz: oferece trabalho físico, dedicação mental e contribuição monetária. Destrinchemos o ouro, o incenso e a mirra destes presentes:
Trabalho físico: é o trabalho mesmo, braçal, de arrumar uma AL por exemplo, ou distribuir revistas.
Dedicação mental: Oração e estudo, estudo e oração, não necessariamente nesta mesma ordem.
Contribuição monetária: Chegamos aqui a nossa velha e conhecida Missão Sagrada, que caracteriza o dízimo seichonoieano, que de tão pouco chega a ser ridiculamente simples! Em certos casos, a contribuição monetária é o que menos pesa na balança das contribuições dos super-heróis aqui. Mesmo assim, isso não é desconsiderado, muito pelo contrário, o pouco oferecido também é muito benvindo!
Mais uma frase destrinchada. Quando virá a nona?

Eu Já Sabia...

Olá, amigos! Sumi neste domingo pois fui para o Curso de Preletores e Líderes da Iluminação na Regional, só retornei às cinco da tarde e agora, aproveitando o intervalo do Fla-Flu (adivinhem para quem estou torcendo...) aproveito para contar uma coisa que ouvi no referido Curso, que tem a ver com o que tratamos ontem.
Sim, refiro-me mais uma vez à tragédia nipônica. Como já havia dito ontem, era batata que os SNIzes iriam se mobilizar, e se mobilizaram, pois desde sexta-feira várias e várias maratonas de Sutras foram organizadas para enviar ondas de salvação para os japoneses. Até na abertura teve uma oração especial para eles, que estou procurando para repassar aqui (como disse na ocasião das enchentes de Friburgo, mesmo uma mera oração pode ser um donativo espiritual)...
Mas enfim. Lá pelas tantas, numa parte de perguntas e respostas de preletores veio a seguinte indagação para a Marie Murakami: "Qual a razão para um povo tão desenvolvido como o japonês sofrer uma tragédia destas?"
Pausa para uma pequena reflexão: que mania insistente e irritante para o ser humano procurar uma razão para tudo, ainda mais fixando esta pretensa razão no mundo fenomênico! Acaso o corpo humano, ao ser cortado, fica se indagando a razão do corte? Ele vai logo é cicatrizar a ferida. Porque não somos assim também?
Bom, vamos à resposta de nossa querida Marie? Ela fez uma alusão ao livro "Viver Junto com Deus", no que diz respeito ao corpo etérico terrestre, algumas alusões quanto ao carma da Terra, para sentenciar, por fim, não literalmente, mas neste sentido: "não nos cabe indagar o porque desta tragédia, e sim, auxiliar o povo japonês, nem que seja pela oração".
Para ser sincero, não sei porque isso aconteceu. Mas aconteceu. E se aconteceu, devemos tratar de visualizar a Imagem Verdadeira do Japão o quanto antes e bola pra frente! E tenho dito!

sábado, 12 de março de 2011

Frase Sétima

"Mesmo que desde remoto passado haja em uma família acúmulo de causas cármicas maléficas impedindo a iluminação, se um de seus membros conscientizar a sagrada missão e se elevar ao grau de apóstolo, a graça preencherá o Universo infinito e será extinto todo o carma maléfico de cada um dos familiares, parentes consanguíneos e parentes afins."

Retornando ao estudo do nosso LAMS: outra frase comprida, que merece a nossa fragmentação. Vamos lá?

"Mesmo que desde remoto passado haja em uma família acúmulo de causas cármicas maléficas impedindo a iluminação": ou seja, mesmo que desde sua origem uma família seja carmicamente desastrosa...

"se um de seus membros conscientizar a sagrada missão e se elevar ao grau de apóstolo": aqui chegamos a duas percucientes interrogações, que gostaria de repassar a minha querida meia dúzia de leitores:
1) O que significa "conscientizar a sagrada missão"? Pelas barbas do Cristo Eterno, menino prodígio! Isto foi dito alguns posts atrás, quando nos conscientizarmos de sermos autênticos boddhisattvas, ou bosatsu, em bom japonês, ou quando nos conscientizarmos que todos podem e tem o direito de serem salvos e que nós (sim, nós, eu e você, amável leitor!) podemos ajudar os outros a se salvar, neste ato nós somos boddhisattvas, nós nos iluminamos, nós nos conscientizamos. E a "sagrada missão" a que alude o texto nada mais nada menos vem a ser a missão de tornar esta terra uma área livre de pecado, ou da conscientização do pecado? Lembram-se da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, final do capítulo Espírito? "Quando todas as vidas do Universo e todos os espíritos do Universo virem esta Verdade, despertarem para esta Verdade e destruírem todas as ilusões mentais, as quais constituem a causa de todos os sofrimentos, os deuses do céu farão chover coros da Verdade, os seres vivos todos deste mundo verão a Luz, desaparecerão todos os embaraços, e este mundo, assim mesmo como é, será o Reino da Luz" (pg. 32-33). Pois bem, repararam na parte que grifei? Assim mesmo como é, nada mais nada menos, é o mundo fenomênico. Desta forma, podemos bem dizer que este mundo ainda está em construção, e que numa Igreja qualquer poderia ser aposta a inscrição "Homens trabalhando"...
2) O que significa "se elevar ao grau de apóstolo"? Consequência básica desta conscientização e de sua vontade em participar da construção do mundo da Imagem Verdadeira aqui na terra. Continuando...

"a graça preencherá o Universo infinito": ou seja, o mundo ao nosso redor se transforma, mas se transforma de acordo com a nossa iluminação.
Explico. O mundo continuará o mesmo, no entanto, nosso modo de ver o mundo é que muda, radicalmente. E tudo isso a partir da conscientização de que somos filhos de Deus (iria colocar "eleitos", o adjetivo não iria mal, mas daria uma certa noção de exclusividade, algo impensável para um pensamento tão universal quanto o da SNI.

"e será extinto todo o carma maléfico de cada um dos familiares, parentes consanguíneos e parentes afins.": olha a consequência disso tudo! Mas não é tão espantoso quanto se pensa, veja bem: no momento em que nos conscientizarmos que somos filhos de Deus, nossos medos, nossos dramas, nossos traumas, todos eles somem. E somem porque são como sombras, são consequenciais, são efeitos da causa e a causa é o pensamento errado. Corrigindo o pensamento, corrige-se o destino, e extingue-se tudo que há ruim não só contigo, amável leitor, mas para com todos os seus, e isso decorrente do que? De uma postura mental correta! De novo a Sutra: "mesmo que deseje pecar, é incapaz de pecar (...) mesmo que deseje adoecer, é incapaz de adoecer" (pg. 58-59)

Tudo bem por enquanto? Ainda tem é sutra para ser examinada!

Às Vezes, Um Charuto É Só...

Como seichonoieista mais ortodoxo que a primeira edição da Seicho-No-Ie em japonês (a maneira do Analista de Bagé), é claro que não posso me esquivar de comentar sobre a tragédia acontecida no Japão, a pátria espiritual de muitos SNIzes, como este que vos tecla.
Ficar lamentando sobre o ocorrido é fácil, torcer para que não venha uma catástrofe nuclear é mais do que desejável, mas, neste primeiro momento, gostaria de meditar convosco sobre uma certa mania que muitos líderes religiosos têm de atribuir a catástrofes naturais um certo desígnio divino.
Por exemplo, achar que um desastre destes é uma advertência divina a determinada região para que siga o caminho de um determinado culto. Aliás, falei sobre isso aqui mesmo, quando um pastor norte-americano, sem mais nada de útil a fazer, resolveu atribuir o terremoto do Haiti, a um ano atrás, a um pretenso desgosto divino quanto a predileção dos haitianos por práticas religiosas pouco convencionais, como o vodu, por exemplo, miopemente (existe este termo?) atribuída pelo tal pastor como "diabólica" ou "demoníaca". Isso é atribuir a uma população já alquebrada pelo drama uma culpa que ela mesmo não tem. Isso é cruel, demagógico e desonesto, não só com a área como também para com Deus.
Neste caso mais específico ainda temos outra "ameaça", que atingiria mais precisamente nós, seichonoiezes de truz: imaginar que tal catástrofe venha em decorrência das tais apregoadas mudanças climáticas etc etc etc. Aposto como já tinha gente pensando nisso, não?
Pois bem, o que ocorreu lá foi (perdoai o emprego quase obsceno do advérbio:) apenas um dos vários terremotos que atinge aquela área praticamente desde quando Izanagi procurou Izanami numa caverna e a encontrou toda pestilenta (leiam "Imagem Verdadeira e Fenômeno" e saberão do que estou falando), ou seja, desde que o Japão é Japão ocorre aquilo por lá. Aí, calhando de ser no mar (ocorrendo tsunami) a uma baixa profundidade, aí deu-se a desintegração. Ondas, destruição etc etc etc. Haveria um componente inconsciente autodestrutivo por lá? Não poderia afirmar, mas provavelmente. Mas isso, acredito eu, nem de longe equipara-se a uma hecatombe natural "devido-às-mudanças-climáticas", lema que serve de desculpa e prova de impotência para muita gente que não quer se conscientizar de seu papel de Filho de Deus aqui no mundo fenomênico.
Então é isso: dentro em breve espocará alguma oração mentalizando a Imagem Verdadeira do Japão (que, caso eu consiga, pretendo dividir com meus seis leitores), e aos poucos tudo vai voltar como dantes no quartel de abrantes, pois assim é a vontade do povo japonês: ferrenha, decidida, resoluta e com um conceito interessantíssimo em seu inconsciente: kaizen, melhora constante, que o fez se reerguer das cinzas da 2a Guerra Mundial, para, em pouco mais de cinquenta anos, sem um grande território e com uma absurda carência de matérias-primas, se tornar uma das maiores economias do mundo. Banzai, Nippon!

PS.: A razão do título do post? É uma frase de Freud, que na realidade exprime que às vezes, um charuto é só um charuto, ao invés de ter outro significado. Ou seja, um apelo à desmistificação, para que se evite a busca por significados espirituais deste evento. Lembram-se da Contínua Chuva de Néctar da Verdade? "'Sombra de que ilusão mental será esta doença?' - não procures assim identificar a ilusão/sendo a ilusão originariamente inexistente, a 'sombra da ilusão' também é inexistente/'Consequência de que pecado será esta doença?' - não procures assim identificar o tipo de pecado./Sendo o pecado originariamente inexistente, é também inexistente o tipo de pecado. Não deves investigar o que não existe." (pgs. 137/138). Entenderam? Pois é, é mais ou menos por aí...

Formigas?

Sim, formigas, muitas delas que invadiram meu armário e fizeram, de ontem (quando descobri ao procurar uma camisa para trabalhar) pra hoje uma verdadeira balbúrdia aqui em casa. O lado positivo disto foi ter encontrado duas coisas que supunha ter perdido na minha mudança. Menos mal... mas vamos ao que interessa, e temos muito que comentar...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Frase Sexta

"Quando se manifestar a livre e perfeita Imagem Verdadeira, tanto a própria pessoa como seu próximo alcançarão automaticamente a iluminação, cujos benefícios atingirão todos os seres animados e inanimados, sem exceção"

Bom, agora são 9:10 desta cinzenta quarta-feira pós-carnaval. Como só devo trabalhar na parte da tarde, aproveito estes breves minutos matinais para estudar, convosco, mais esta frase.
Assim, depois da longa quinta frase, temos esta sexta, que parece meio que um resumo da outra.
Distinguimos na frase anterior os dois tipos de apóstolos, o inconsciente e o consciente, e os benefícios oriundos desta conscientização. Pois bem, esta frase apenas reitera os benefícios informados na outra, ou seja, quando se manifestar esta Imagem Verdadeira, tudo ao seu redor mudará e automaticamente alcançaremos a iluminação.
Nos livros do Mestre, ele cansa de nos falar que o paraíso, o Mundo da Imagem Verdadeira encontra-se aqui e agora. Sim, caro leitor, onde você está mesmo, bem aí, já é o mundo da Imagem Verdadeira. Nós é que não temos esta conscientização, ou seja, a nós falta esta visão, e é preciso muito preparo espiritual para adquiri-la. Falo isso por experiência própria, ou vocês acham que eu sou o cara? No mundo da Imagem Verdadeira até posso ser, mas se eu não o enxergo, de que adianta?
Consta numa parábola budista (acho que na Sutra do Lótus) que uma pessoa encontrou um velho amigo mendingando nas ruas. Compadecido desta situação, abrigou-o, deu-lhe comida e ao se despedir colocou dentro de seu casaco um valioso diamante. Pois bem, tempos depois ele encontrou este velho amigo mendingando na rua, novamente. Aí o amigo questiona: "Mas e a pedra que te dei?". O mendigo, então, se apercebeu do presente dado.
Assim somos nós, em nossa busca espiritual. Reparem só: quando encontramos uma fé que aprovamos (o amigo), ele nos abriga e dá conforto material (comida e bebida). Mas, isso funciona de início, pois temos que seguir nosso próprio rumo, e, para tal, vamos embora. No entanto, nossa fé nos deixa algo precioso dentro de nós (a tal pedra), mas não nos apercebemos disso e vivemos na miséria fenomênica.
Que lições podemos dela extrair? Qual a pedra escondida no nosso casaco? O fato de sermos Filhos de Deus. Essa conscientização. A conscientização de sermos superiores a todo e qualquer evento fenomênico que porventura nos abale, por maior que seja.
Voltando, então, ao texto (nem sei porque enveredei por este caminho, talvez algum de meus seis leitores estivesse precisando lê-lo)...
Ao alcançarmos a iluminação, beneficiaremos todos os seres animados e inanimados, sem exceção. Que beleza, não? Digamos que eu agora alcance a iluminação! Tcharan! Agora eu me conscientizei de que sou Filho de Deus! Que beleza! A partir de agora, todos estarão salvos porque eu estou iluminado. Perceberam o que quis dizer? Nós somos bosatsu, procuramos a salvação coletiva, mas, no momento em que alcançamos a nossa percepção (ou salvação) individual, o mundo já está salvo, porque estamos dentro do Mundo da Imagem Verdadeira. Receio não ter sido suficientemente claro, vamos pensar em algo melhor...
Procuramos salvar a todos, mas a salvação é individual. De nada adianta eu doutrinar a humanidade se esta não procura seguir meus ensinamentos. Lembram-se do caso que contei da minha última palestra, quando Herr Hindemburgo me questionou: "e se não seguirmos o que você prega, o que acontecerá?", ao que respondi que neste caso nem mesmo se Jesus Cristo fizesse um seminário junto com Masaharu Taniguchi, de nada adiantaria, pois faltaria uma última substância para a combustão total: a nossa fé.
Demos então esta volta ao mundo para cairmos na vala comum da fé: se tivermos fé, alcançando a iluminação, esta iluminação favorecerá a todos os seres animados e inanimados, sem exceção, mas tudo a partir de nós. A iluminação é, antes de qualquer coisa, uma experiência puramente subjetiva. Assim como a fé.

terça-feira, 8 de março de 2011

Frase Quinta

"Especialmente os que não só almejam graças para si mas que espontaneamente oferecem a Deus recintos tais como auditórios, edifícios, templos ou academias necessários para conduzir os homens à salvação, ou que, conscientizando a sagrada missão para a qual foram escolhidos por Deus, tornam-se voluntariamente membros da 'Missão Sagrada' e se dedicam à salvação dos semelhantes antes mesmo de alcançarem a própria salvação - esses são os que se elevam ao grau de apóstolo, e seus méritos constituirão o fator básico para a exteriorização da livre Imagem Verdadeira, a imagem perfeita".

Pela Sutra Sagrada, menino prodígio, tudo isso é uma frase? Sim, Batman, leia de novo em sua sutra e você verá! Agora os tamborins começam a esquentar, e os apóstolos começam a aparecer. Reparem que são de dois tipos. Leiam de novo a frase e vocês verão. Não têm fôlego para tanto? Então eu separo:

1º Tipo: "Especialmente os que não só almejam graças para si mas que espontaneamente oferecem a Deus recintos tais como auditórios, edifícios, templos ou academias necessários para conduzir os homens à salvação"
Eu diria que este seria o mais desinteressado de todos, ou seja, aquele que simplesmente libera um lugar para uma reunião. Apenas isso, sem interesse algum, ou mesmo sem nenhuma fé na SNI (quantas vezes ouvimos padres cedendo locais em suas igrejas para reuniões, ainda nos primórdios da SNI? Pois eles são, a seu modo, mesmo que divirjam inteiramente da doutrina, apóstolos da missão sagrada, queiram ou não!)
A remissão a academias, feita neste trecho, me fez lembrar do nosso bom e velho Miyoshi Matsuda, cuja missão ele expôs bem clara em seus livros: criar academias de treinamento espiritual no Brasil, no que ele foi amplamente bem-sucedido. Também ele se insere no rol de apóstolos da missão sagrada.
Mas garanto que vocês, assim como eu, não pensaram que todos os que alugam ou cedem espaços, inconscientemente, são apóstolos da missão sagrada...

2º Tipo: "ou que, conscientizando a sagrada missão para a qual foram escolhidos por Deus, tornam-se voluntariamente membros da 'Missão Sagrada' e se dedicam à salvação dos semelhantes antes mesmo de alcançarem a própria salvação" .
Sim, amigos, cá estamos nós, nesta parte. Mas aqui cabe contar uma pequena digressão histórica para entender melhor a profundidade deste trecho.
O Budismo, strictu sensu, divide-se em várias escolas, ou doutrinas, tal qual o Cristianismo. Duas das divisões mais conhecidas são o Hinayana, ou Pequeno Veículo ou ainda Theravada e o Mahayana, ou Grande Veículo. A diferença reside num pequeno ponto: se a salvação é individual ou coletiva. O primeiro grupo crê que seja individual e o segundo grupo acredita ser coletiva.
Guardadas, mas muito bem guardadas as devidas proporções, o Pequeno Veículo seria, por sua antiguidade, equiparado ao catolicismo e o Grande Veículo ao protestantismo, ou seja, o Grande Veículo é posterior ao Pequeno Veículo. Notai ainda que os adjetivos "pequeno" e "grande" se referem ao número de pessoas que podem entrar em cada um destes veículos.
Acho que vocês já começam a intuir algo, né?
Se não, continuo a explicação. O Hinayana desenvolveu-se em especial na Índia e no Sudeste Asiático, ao passo que o Mahayana desenvolveu-se no Extremo Oriente, leia-se, Japão e Cia. Soa familiar? Acho que agora sim...
Uma pessoa um pouco mais arguta concluiria que o budismo que a SNI prega é do tipo mahayana, e não está de todo errado. Mas, para o esclarecimento desta frase, ainda não é tudo.
Porque falta esclarecer um termo bastante comum na SNI mas que muito pouco se tem escrito. Estou escrevendo todo este post apenas com o que sei, sem consultar obra alguma, muito embora a precisão da explanação dos conceitos queira me levar a vencer a preguiça em nome dessa tal precisão de conceitos.
No budismo mahayana existe uma classe de discípulos dedicados a procurar a salvação do próximo antes de sua própria. Dizem que foi uma princesa quem primeiro pensou assim, quando estava prestes a entrar para o Nirvana, resolveu voltar, continuar no mundo do fenômeno, para salvar o maior número possível de pessoas para, ao fim, ela mesmo entrar no Nirvana.
Os budistas chamam esta criatura altamente desprendida por um termo indiano chamado boddhisattva, que, quando veio para o Japão, os japoneses, com sua prosódia não muito recomendável (afinal, meu nome em japonês ler-se-ia Reonarudo e o de minha augusta esposa o quase obsceno Furabia) foi trocado por... tchan, tchan, tchan, tchan... bosatsu. Soa familiar?
Agora podemos entender um pouco algumas coisas. Minha querida kankan, ou melhor, Kanzeon Bosatsu, era a boddhisattva (ou bosatsu) que escutava as dores do mundo, e procurava salvar todos antes de procurar a própria salvação. Bonito isso, não? Bonito e altruísta até.
Agora, peço a todos que leiam, mais uma vez, este segundo tipo. Pelo tamanho desse post, vou transcrevê-lo mais uma vez:
"e se dedicam à salvação dos semelhantes antes mesmo de alcançarem a própria salvação"
O que isso significa? Bingo! Todos nós somos bosatsu! Todo apóstolo da Missão Sagrada é invariavelmente, um bosatsu, um apóstolo da salvação. Lembrem-se que, diferentemente do apóstolo do primeiro tipo, houve neste segundo tipo, uma conscientização da sagrada missão para a qual fomos chamados, ou seja, somos apóstolos conscientes!
E não é só isso! Leiamos o resto desta comprida frase:

"esses são os que se elevam ao grau de apóstolo, e seus méritos constituirão o fator básico para a exteriorização da livre Imagem Verdadeira, a imagem perfeita"
Sim senhores. Somos apóstolos da salvação universal. Já repararam na grandiosidade do título? Você, amável leitor que me lê, é um apóstolo da salvação universal. Minha augusta esposa é uma apóstola da salvação universal. E nossos méritos, tanto nossos como os do primeiro tipo, constituirão o fator básico para a exteriorização da Imagem Verdadeira. Cáspita, o que isso significa?
O Mestre nos antigo volume 8 da Verdade da Vida, dava à acumulação de boas ações no passado o não menos quase obsceno termo de fukuden. Ou seja, para prosperarmos nesta vida, teríamos de ter um razoável acúmulo de fukuden. Ora, por São Miyoshi Matsuda, pergunto eu, a prosperidade nesta vida não seria uma das facetas da livre exteriorização da Imagem Verdadeira? Eu acho que sim, e lendo agora este trecho substituo o meu acho por uma certeza. Nossos méritos constituem o fator básico para o nosso crescimento como pessoas aqui neste mundo.
Querem um pequeno exemplo, à guisa de relato de experiência? Conto isso e já acabo com o post, prometo: fui trabalhar num escritório em fevereiro de 2006. Em maio daquele ano, me candidatei a presidente da AL que frequentava (candidato único, se não fosse minha candidatura provavelmente a AL fecharia). Em junho, tive um pequeno aumento, de R$ 600,00 para R$ 1.500,00, mais que o dobro.
Aí em 2008 eu me candidatei à reeleição. Alguns meses depois, dois importantes funcionários deste escritório pediram demissão e este que vos tecla conseguiu, pouco tempo depois, ganhar R$ 2.500,00. Moral da história? Meu salário em menos de dois anos foi quadruplicado.
Mágica? Coincidência? Lendo este trecho agora, tenho certeza que não. E mais certeza eu tenho devido ao fato de que não liguei, à época, uma coisa à outra (só mais tarde), ou seja, não assumi cargo para querer aumento no emprego. As coisas simplesmente aconteceram. Assim como é com Deus. Simples assim.

Frase Quarta

"Este amplo lar de misericórdia, transcendendo todo e qualquer sectarismo religioso, extingue os sofrimentos e erros de toda a humanidade e a torna imaculada"

Acaba com esta quarta frase a primeira parte do LAMS, a frase que encerra o significado da SNI para o mundo. A partir da próxima frase, vamos efetivamente começar os louvores aos membros da missão sagrada. Enquanto isso, o que nos ensina esta oração?
Que a SNI, também conhecida aqui como "amplo lar de misericórdia", transcendendo todo e qualquer sectarismo religioso (marca principal deste amplo lar de misericórdia, sem ele, mui provavelmente, ele não seria tão "amplo" assim) salva a humanidade. Mas de que forma ela é salva? Extinguindo os sofrimentos e erros de toda a humanidade, tornando-a imaculada.
Alguém aí lembra de "A Humanidade é Isenta de Pecado"? Sim, é inevitável tal comparação. Mas, através de que este ALM (amplo lar de misericórdia) resolve acabar com tudo o que é ruim na humanidade? Supersimple, já dizia G. Garvin, o gastrônomo norte-americano que minha augusta esposa adora ver todo domingo na hora do almoço: através de uma matéria prima utilizada por ninguém mais ninguém menos que JC, Jesus Cristo: a palavra.
Acham isso inverossímel? Então leiam as palavras do Mestre contidas na "Humanidade É Isenta de Pecado": "Declaro neste instante a humanidade é isenta de pecado", versão japonesa do aramaico: "Levanta-te e anda; perdoados te são teus pecados".
Ora, direis, como ousas você, blogueiro, comparar Cristo a Taniguchi? Ora, direi, leitor espantado, não só comparo Cristo ao nosso querido nipônico como o comparo a nós mesmos. Yeah, baby, supersimple, bradaria nosso cozinheiro: se foi o próprio Cristo que disse que não tinha força alguma, que sua força vinha do Pai. Da mesma forma nós. A prova? Terceiro supersimple: recite o Canto Evocativo de Deus. Mas recite prestando atenção nas suas palavras, não recite apenas por recitar. Recitou? Pois bem, Cristo levou 33 anos de sua vida terrena recitando algo semelhante...
Retornando, este amplo lar de misericórdia extingue duas coisas interessantes, o sofrimento e o erro. Ora, qual a diferença ontológica entre ambos? Iria propor um quarto supersimple, mas a repetição me enfada: tente ler, em vez de sofrimento e erro, consequência e causa. Isso, leiamos juntos: "este amplo lar de misericórdia (...) extingue os efeitos e as causas dos sofrimentos da humanidade e a tornam imaculada"
Eu inverteria os termos, mas tudo bem; colocaria os erros na frente dos sofrimentos, mas vá lá. porque você não erra porque sofre, você sofre porque erra. O erro é a causa, o sofrimento é o efeito: você pensar que não tem saúde é o erro, a doença é o sofrimento. Você se achar pobre é o erro, a pobreza é a consequência.
Mais: a causa está na mente, o efeito está no fenômeno: apreendam bem isso!
Assim, este ALM, através da palavra, sujeito oculto desta oração, ainda que gramatical e sintaticamente torta, elimina causa e efeito e a torna imaculada.
Muito bem, falei lá em cima que esta quarta frase encerra a primeira parte do LAMS. Resumamos o que vem a ser esta primeira parte, então:

1. Deus compadeceu-Se de nós e enviou a SNI;
2. A SNI destina-se a nos levar para a Verdade;
3. Todos serão salvos através desta Verdade;
4. Todos serão salvos porque serão extintos a causa e o efeito das dores do mundo (feat. Schopenhauer).

Mas, todavia, porém, contudo... Deus não age sozinho, certo? Certíssimo. Ele precisa de algo, não? Certíssimo. Aí é que entra os Apóstolos da Missão Sagrada na Marquês de Sapucaí. Aí é que entramos todos nós, belos e pimpões. Mas não nos adiantemos, isto é matéria para a frase quinta e seguintes...

Feliz Dia das Mulheres!

Claro, minhas senhoras, este blog, que funciona ininterruptamente até no Carnaval (agradecei pela chuva que cai insistentemente desde a última sexta-feira!) não poderia ficar alheio também ao Dia Internacional das Mulheres, e eu, como apreciador do belo sexo, não poderia ficar de fora das comemorações e, em especial, das homenagens, homenagens estas que faço em especial à senhora minha mãe e à minha augusta esposa e, correndo por fora, à Laura Pausini. Claro, teria várias e várias mulheres a quem eu devo gratidão, mas fiquemos, por ora, com estas três bravas sinhouras!
Vamos agora ao nosso estudo, não nos esquecendo do Estandarte de Ouro que minha São Clemente ganhou como revelação do ano, pelo puxador de samba. Agora que a gente não vai cair mesmo, o povo nos brinda com prêmios. Quero ver se esta fartura ocorrerá também ano que vem, em que duas escolas caem... mas tudo bem, valeu mesmo assim. Quem sabe, com apenas nove escolas concorrendo e o Salgueiro praticamente de fora da disputa, nós não abiscoitamos uma vaguinha no Desfile das Campeãs no sábado? É como diz o samba, "sonhar, não custa nada..."
Bom, vamos ao estudo?

segunda-feira, 7 de março de 2011

Frase Terceira

"Não haverá nenhum ente humano ou celestial que nele não entre, seja qual for o seu credo".

Esta frase requer um pouco mais de apuro, não é assim tão simples...
Lembram-se da minha recomendação, posts atrás, de ler "Você Será Salvo Infalivelmente", do fofinho Fujiwara? Pois é, esta pequena frase resume o livro dele todo! Não haverá ninguém que não entrará no amplo lar de misericórdia, o qual se chama Seicho-No-Ie. Isto enseja uma reflexão muito, mas muito profunda! É o primeiro laivo, o primeiro traço que o LAMS indica, informa, aponta sobre a Imagem Verdadeira da Vida. Sim, da Vida, pois não só os humanos, mas os seres celestiais (mundo espiritual?) que nele não entre, seja qual for o seu credo. Credo! É isso mesmo que estou entendendo?
Hitler está salvo? Jawohl!
Bin Laden está salvo? Pergunte para Allah se não!
Aquele estróina do seu cunhado também!
O moleque que cheira cola na esquina da tua casa também.
Aquele pastor picareta, da mesma forma.
E isso sem contar com aquele padre pedófilo e mulherengo que você ouviu falar há tanto tempo atrás.
Espere um pouco. Isso significa que Dawkins e Hitchens, os papas do ateísmo, estão salvos? Por quê não?
Deus não vai abrir nenhuma exceção nesta barca? Não, filho, nenhuma. Nenhuma mesmo.
Todos nós já estamos salvos.
Ah, você fala isso porque nunca ouviu falar nas barbaridades que Stalin fez na antiga União Soviética? Ah, você fala de Iossif Vissarionovitch Dzugaschvili, aquele maravilhoso filho de Deus? Ele também está lá, de bigode e tudo!
Ninguém, ninguém escapa deste infalível destino. Todos nós estamos salvos, desde o início. Ou você acha que Deus iria descartar criação dele como imperfeita? Necas de pitibiriba. Todos nós somos perfeitos, ab ovo, desde o início.
Então tudo bem, como diria Paulinho da Viola, eu aceito o argumento. Assim, o que temos até o momento? Uma grande compaixão divina (grande mesmo, pois se vai aceitar até aquele teu vizinho rabugento...) faz vir a terra a Seicho-No-Ie e resolve salvar-nos a todos (perdoai a redundância, apenas para fixar bem o conceito), onde é que entramos nesta questão? Calma, cocada, ainda estamos no início. Deixai a resposta para algumas frases adiante, garanto que vocês não irão se arrepender.
Quando eu faço este estudo frase por frase e pego em alguns conceitos básicos, é para acabarmos com a simples leitura mecânica. Garanto que poucos, muito poucos, pensaram naquele vizinho rabugento ao ler este trecho. No entanto, ele está salvo e mora bem perto de você! Reverencie-o!

É Carnaval!

Olha a Imagem Verdadeira aí gente! Chora ilusão!

Explode ilusão, hoje é só felicidade!
É lindo o meu Jisso, contagiando e sacudindo esta cidade (explode!)

Lá vou eu, lá vou eu lá vou eu,
Me levo fazendo um shinsokan,
Sou mais um aventureiro
Rumo a Imagem Verdadeira
Adeus, adeus, chorar eu vou parar
Um dia volto meu pai,
Não chore pois vou sorrir,
Felicidade, o velho eu vai partir

E no balanço da oração eu vou
no mar eu jogo a saudade, amor
o vento traz esperança e ansiedade
vou orando em busca da felicidade!

Em cada atributo que repasso
Eu vejo e agradeço minha alegria,
Sabedoria, Amor, Vida
Provisão, Harmonia e a Alegria

Chego ao mundo da Imagem Verdadeira
Terra de bamba, onde Deus e eu somos um só
Vou vivendo o dia a dia
Embalado na magia
Deus é o maioral (explode!)

Explode ilusão,
hoje é só felicidade!
É lindo o meu Jisso
Contagiando e sacudindo esta cidade!

Para quem não sabe, esta é uma paródia de um dos sambas mais tocados nos últimos anos, "Peguei um Ita no Norte", do Salgueiro, de 1993, que virou de tudo, de hino de torcida até...até... essa improvisada oração!
Quem quiser ver o samba e fazer a sua adaptação, o link é este...http://www.youtube.com/watch?v=3D6a6EcOLLs&feature=related
Enquanto isso, cantemos, cantemos!!! Ô skindô, skindô!