domingo, 28 de agosto de 2011

Da Quadragésima Primeira Palestra

E lá fomos nós de novo para mais uma palestra, nos Jovens, em Niterói mesmo. Tema: Cap. 4 de "Saúde E Prosperidade", "Evoque Sua Força Infinita Interior", que se resumia basicamente em passar ao respeitável público a frase-quase-mantra "Ó DEUS, QUE ESTÁS NO ÂMAGO DA MINHA ALMA, FORÇA INFINITA, MANIFESTAI-VOS". 11 pessoas, número bom para uma palestra que sucedeu um estudo de módulo que durou o dia inteiro. Gente nova também, que sequer conhecia, ainda. Mas foi muito bom, muito interessante. Agora é nos preparar para a próxima palestra, em Itaipu, próximo domingo da Seicho-No-Ie (até o dia 12 serão mais três palestras, por enquanto. Tomara que venha mais...)
A palestra? Bom, vamos lá então:

PALESTRA – 27.08.11 – JOVENS – LIVRO: SAÚDE E PROSPERIDADE –
CAP. 4 – EVOQUE A “FORÇA INFINITA” INTERIOR – PG. 41/49

Quando você se cansar de trabalhar ou estudar

No livro Convite à Felicidade, volume 1, página 115, consta o seguinte trecho no capítulo intitulado “Coloque bem alto o seu ideal”:
“Cada ser humano possui uma reserva de força bem mais poderosa do que imagina. Quando você cansa de escrever e, com a mente turvada, sente que não pode mais continuar, faça um esforço especial para continuar escrevendo; dar-se-á conta de que a mente se aclarou e, sem sentir sono, poderá seguir trabalhando toda a noite sem nenhuma dificuldade. Quando os esportistas praticam ininterruptamente um esporte violento, em certos momentos sentem dificuldade na respiração e dor no peito, mas, se vencem isso e prosseguem, de repente eles se libertam das dificuldades, tudo se normaliza, e eles podem prosseguir com facilidade. Os especialistas referem-se a este fenômeno como segundo sopro. Se continuarmos, conseguiremos facilmente alcançar esse segundo sopro. Isso se aplica tanto ao exercício físico como ao mental”.

Normalmente, o ser humano usa apenas 25% da sua capacidade

Lembro-me do que afirmou William James, famoso professor da Universidade Harvard, psicólogo, filósofo e formulador de uma teoria chamada Pragmatismo. Segundo ele, a força que normalmente usamos não passa de 25% da nossa própria capacidade. Os 75% restantes ficam adormecidos e se manifestam em casos de extrema necessidade. Isso é uma verdade.

Caso verídico acontecido na inundação no monte Rokko

Há muito tempo, cerca de 25 ou 26 anos atrás, houve um temporal muito forte na região Oeste do país. A cidade de Kobe foi bastante castigada pelas águas nessa ocasião. As linhas do metrô foram inundadas, e acabaram morrendo muitas pessoas que haviam se refugiado nas suas estações. Grandes pedras, com mais de 2,5 metros de diâmetro, rolaram encosta abaixo, ou cedros enormes, com diâmetro aproximado de uma braçada de adulto, foram arrancados pela raiz e arrastados morro abaixo. Por ocasião desse temporal tão aterrador, o sr. Tetsuo Fukada trabalhava no teleférico do monte Rokko. Nessa manhã em questão, ele estava trabalhando na estação que fica na parte central da encosta da montanha. Com a força da água, a grande rocha em que ele estava, começou a deslizar. Se continuasse ali, ele iria cair do penhasco junto com a rocha, e esta já havia se distanciado cerca de 3 metros de terra firme da montanha. Quando pensou que, continuando ali, não saberia o destino que o esperava, o sr. Fukuda deu um salto, com toda a sua força, e pulou para a terra firme da montanha. Segundo ele, era uma distância que, mesmo para quem pratica salto em extensão, seria muito difícil vencer em condições normais. Normalmente, ele não conseguia pular essa distância e acabou se salvando. Este é um caso verídico, relatado pelo próprio sr. Tetsu Fukuda num Grande Seminário realizado em Nara.

Força misteriosa que se manifesta na hora da emergência

No sopé do monte Rokko, fica a residência do sr. Shigekazu Hoshioka. Acima da sua casa, havia um templo zen-budista, chamado Hoshaku-jo, que foi engolido pela água, e, sem ter para onde ir, o monge ficou hospedado no segundo andar da residência do sr. Hoshioka. Toda a família Hoshioka é adepta da Seicho-No-Ie. O Sr. Hoshioka pendurou na sala um quadro com os dizeres “Seicho-no-Ie Okami” (Deus que Se manifesta através da Seicho-No-Ie) e ficou lendo como fervor a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade. O monge budista acompanhou-o nessa leitura, de todo o coração. Mas a água, descendo o morro a toda a velocidade, ameaçava engolir a casa do sr. Hoshioka. Ele pensou: “Se não desviar esse curso d´água, minha casa será levada pela correnteza. Tenho de colocar algum obstáculo para desviar o curso da correnteza”.
Nisso, ele avistou uma pedra gigantesca, de uns 150 quilos. “Se eu colocar esta pedra no caminho, poderei desviar o curso d´água”, pensou ele, levantou a pedra e jogou-a onde queria barrar a passagem a água. A correnteza tomou outro rumo e deixou de engolir a casa do sr. Hoshioka.
Passado o temporal, ele pensou: “Naquela ocasião, pude levantar esta pedra. Será que conseguirei levantar de novo?”, e tentou, mas não conseguiu, por mais que tentasse.
Como vimos, na hora da emergência, os 75% da força que estavam escondidos manifestaram-se prontamente. É muito comum esse tipo de acontecimento. Acontece também de pessoas que não conseguiram mover as pernas por causa da nevralgia ou reumatismo levantarem-se repentinamente e começarem a correr, quando aparece um assaltante e as ameaça com um punhal. Podemos entender, também por isso, que o ser humano na verdade possui muito mais força do que tem consciência.

Levanta-se o apoplético sr. Inoue, por causa da inundação

Outro caso aconteceu nesse mesmo temporal que assolou a região Oeste. Existe um lugar chamado Uozaki, situado entre Osaka e Kobe, hoje integrado à cidade de Kobe. Residia nessa localidade o sr. Kikuma Inoue, na época diretor da Komyo Shiso Fukyu Kyokai e também do Banco Fudo Chochiku. Ele se tornara apoplético e vivia acamado, sem poder mover os membros inferiores. Houve aquela inundação, e todas as mulheres da região foram convocadas pela Associação dos Moradores do Bairro para trabalhar na assistência aos desabrigados da inundação. A esposa do sr. Inoue também foi, e ele ficou sozinho em casa, deitado. Nisso, a água começou a subir mais e mais, invadiu o quintal da casa dos Inoue e ameaçava inundar o andar inferior. O sr. Inoue, que estava acamado, morreria afogado se continuasse imobilizado. Pensando nisso, ele se levantou, colocou tudo que tinha de importante num baú e carregou esse pesado baú até o andar superior. Graças a isso, os objetos importantes não se molharam, e as pernas do sr. Kikuma Inoue ficaram completamente curadas. Porém a boca ainda não estava curada, e ele não conseguia falar direito. É que nessa ocasião não foi preciso usar a boca, por isso o sr. Inoue só ficou curado das pernas, que teve necessidade premente de usar.
Assim, possuímos em nosso interior uma força misteriosa, impensável numa vida normal (Vide Mumonkan Kaishaku, autoria de Masaharu Taniguchi, item 20: “Possuidor da Força Infinita”). É necessário apenas que manifestemos essa força infinita. Manifestando-a, veremos que temos uma força muito mais maravilhosa do que pensamos possuir.

Para manifestar a força infinita imanente

Sendo assim, como conseguiremos manifestar essa força infinita? Aconselho, como método mais simples, repetir as seguintes palavras: “Ó Deus, que estais no âmago de minha alma e que sois a força infinita, manifestai-Vos!”. Ensinando esta mentalização aos estudantes do ginásio ou do colégio, eles conseguirão, através dela, retomar a calma na hora do exame e, se for matéria escolar que aprenderam pelo menos uma vez, conseguirão se lembrar dela de imediato e responder à questão.

Que é lapso de memória?

Nossa memória funciona de tal forma que, memorizando totalmente determinado assunto, é impossível que ele desapareça completamente da nossa mente. Jamais acontece de o esquecermos por completo. Apenas temos alguns lapsos de memória. Que é lapso de memória? O conhecimento está guardado em algum lugar do armário da mente, mas não conseguimos localizar no momento a “gaveta” onde se encontra, por estarmos apressados ou agitados. Na hora do exame, o aluno sabe a resposta, mas, quando a mente fica nervosa, não consegue se lembrar em que “gaveta mental” deixou guardado esse assunto – isso é ter lapso de memória. Portanto, basta serenarmos a mente para nos lembrarmos dele.
Se, nessa hora, mentalizamos “Ó Deus, que estais no âmago da minha alma, e que sois a força infinita, manifestai-Vos”,2 lembrando que no fundo da nossa alma existe Deus, possuidor de força infinita, e despertarmos a consciência “Deus e eu somos um só, portanto, sou capaz de resolver esta questão”, desobstruímos o canal por onde flui a memória e conseguimos responder à pergunta com facilidade.

Temendo o micróbio, enfraquece-se a força curativa natural, e a pessoa torna-se doente

Residia em Kobe uma adepta antiga da Seicho-No-Ie, a sra. Nobuko Yamashita. Seu marido é o sr. Chojiro, e o filho deles chama-se Yonosuke. Certa vez, o sr. Chojiro foi a uma exposição, realizada no parque Minatogawa, sobre higiene e saúde. Lá, estavam expostas várias repugnantes reproduções de órgãos doentes, como útero com câncer ou feto com má-formação congênita etc. O sr. Yamashita, com o conceito de doença implantado na mente depois de ver isso, chegou até a uma vitrine. Nela havia uma reprodução de mosca ampliada 600 vezes. Ao lado, havia outra reprodução, esta em tamanho natural, de uma tigela com arroz e várias moscas pousadas nele. Elas significavam que, se víssemos as moscas que poucasm no arroz em tamanho ampliado, veríamos que elas estão assim, cheias de micróbios. As patas da mosca ampliada estavam cheias de bichinhos semelhantes a pulgões que infestam o crisântemo, enfatizando a existência de micróbios na mosca.
Após ver essas maquetes, o sr. Chojiro Yamashita começou a pensar, toda vez que se servia de arroz, que este podia ter sido infectado por moscas com as patas cheias de micróbios como pulgões de crisântemo. Atemorizado, ele passou a comer só alimentos preparados pela esposa. Por mais luxuoso que fosse o restaurante, ele pensava que o prato poderia ter sido infectado pelas moscas na cozinha, longe dos seus olhos.
Estando a mente com temor, diminui a quantidade de secreção do suco gástrico. Com isso, o alimento não é bem digerido no estômago, deteriora-se, e acaba ocorrendo fermentação anormal, aumentando a acidez de suco gástrico. Acresce-se aí a má circulação sanguínea dentro do estômago, e a parede estomacal é atacada pela acidez, resultando em úlcera. Assim, o sr. Yamashita foi internado no Hospital Kobe, da Província de Hyogo, para tratamento de úlcera. Ficou mais ou menos curado após cerca de dois meses de internação, mas, mesmo após voltar para casa, estava com fobia de alimentação, passando a sobreviver apenas tomando mel, produtos dietéticos e tônicos vendidos em farmácias. Ele veio à Seicho-No-Ie, acabou com o temor em relação à comida, passou a se alimentar normalmente e tornou-se bastante saudável. Graças a esse fato, o casal tornou-se fervoroso adepto da Seicho-No-Ie.

Qual a meditação para se acalmar na hora do exame?

Yonosuke, que cursava a terceira série ginasial, começou, seguindo o exemplo dos pais, a praticar a Meditação Shinsokan, realizada na Seicho-No-Ie, para se conscientizar de que “Deus e eu somos um”. Certa vez, num exame na escola, havia a pergunta: “Qual o montante de produção da polpa de madeira na ilha Sakalina?”. Yonosuke teve lapso de memória e não conseguia lembrar quantas dezenas de toneladas eram. Então, praticou a Meditação Shinsokan e mentalizou repetidas vezes “Ó Deus, que estais no âmago da minha alma, e que sois a força infinita, manifestai-Vos”, e a resposta ocorreu-lhe repentinamente. Assim, foi muito bem nesse exame.
Em outra ocasião, num exame de Língua Japonesa, uma das questões pedia para que escrevesse “as sete ervas do outono”. Ele consegui se lembrar de cinco delas, mas não conseguia se lembrar das outras duas. Praticou novamente a meditação e mentalizou “Ó Deus, que estais no âmago da minha alma, e que sois a força infinita, manifestai-Vos”, e lembrou-se do nome Fujibakama. Escreveu e pensou: “Qual a última?”. Consultando o relógio de pulso, constatou que faltavam apenas três minutos. Mentalizou concentradamente “Ó Deus, do fundo da minha alma, força infinita, manifestai”, e lembrou-se do nome Waremokou. Todos os demais alunos já haviam entregue o exame e só restava Yonosuke na sala. Ele escreveu Waremokou, rapidamente, e o professor, que estava ao seu lado para recolher a folha de exame, disse: “Finalmente, conseguiu, hein?”.
Se seu filho ou sua filha, a exemplo do jovem Yonosuke Yamashita, repetir mentalmente por várias vezes “Ó Deus, do fundo da minha alma, força infinita, manifestai”, para despertar a consciência “Sou um com Deus e sou capaz de responder às perguntas”, e se conscientizar de que “No fundo da minha alma existe Deus e também a Sua capacidade, logo, não preciso temer. Sou capaz de responder a qualquer pergunta”, serenará a mente agitada e nervosa. Não existe, em princípio, nada que não possamos lembrar quando serenamos a mente. Como tudo que memorizamos está guardado no “armário da mente”, estando com a mente serena, conseguimos saber em que gaveta do “armário” se encontra a resposta àquela pergunta, buscamos imediatamente, a localizamos e escrevemos na folha de prova. Mas não devemos considerar essas palavras de meditação apenas como palavras mágicas. Devemos ler constantemente livros como A Verdade da Vida ou A Verdade, nos conscientizar de quem é Deus, qual a relação entre Deus e o homem. Procedendo assim, ao mentalizar essas palavras, a Verdade contidas neles será vivificada.

Oração Para Despertar A Força Vital Interna

Quando eu oro, quando pratico o Shinsokan, quando mentalizo as palavras da Verdade, quando leio os livros da Verdade ou a Sutra Sagrada, estou me comunicando com a fonte da força criadora que preenche o Universo, e estou movimentando essa força criadora para realizar boas coisas. A oração, a mentalização ou a leitura são formas de utilizar o poder da palavra.
No primeiro capítulo do Evangelho de São João está escrito: “No princípio era o Verbo (palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) Todas as coisas foram feitas por intermédio dele...”. Isto significa que a palavra possui força criadora. Se eu utilizar a força da palavra no sentido positivo e construtivo, será despertada a força universal que se aloja dentro de mim; consequentemente, tornar-me-ei ainda mais saudável e feliz, melhorará o meu destino, e os meus empreendimentos prosperarão.
A “força universal que se aloja no meu interior” é a força do “Deus do meu interior”, é a mesma força que dirige a Galáxia, é a mesma força que faz girar os planetas em torno do Sol, é a mesma força misteriosa que faz florir a rosa na roseira e o jasmim no jasmineiro e que faz frutificar a maçã na macieira e a pera na pereira.
No meu interior se aloja esta força tão poderosa e misteriosa. Porém, se eu não a utilizar para fins benéficos, ela ficará presa dentro de mim e acabará desgastando o meu vigor físico, sem realizar nenhuma obra construtiva, tal como acontece com um automóvel estacionado com o motor ligado, o qual consome energia produzindo somente ruídos desagradáveis, sem prestar serviço algum.
Por isso, procuro sempre utilizar essa força de Deus que se aloja no meu interior, de modo construtivo e no sentido positivo. E para utilizar essa “força interna” de maneira construtiva, não devo expressar palavras negativas ou pessimistas, nem devo ter pensamentos descontentes, insatifeitos ou negativos. Os livros da Verdade e as Sutras Sagradas contêm boas palavras, e, através da sua leitura, invoco a “força de Deus alojada no meu interior” e a utilizo para boas finalidades.
Tudo aquilo que mentalizo ou expresso em palavras constitui uma “oração” que movimenta a “força interna” na direção desejada e determina a forma daquilo que será criado. Eu, que agora conheci esta Verdade, doravante não pronunciarei palavras de pessimismo, de maldição, de tristeza ou de queixa; mentalizarei e direi somente palavras que exprimam alegria, gratidão e esperança. Agradeço a Deus, que me fez conhecer esta Verdade!

(A Verdade em Orações, pg. 37-38)

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