domingo, 21 de agosto de 2011

Da Quadragésima Palestra

Sim, bem sei que estou devendo muito neste mês de agosto em termos de posts, mas vamos lá, como diria o italiano, piano a piano se va a lontano...
Ontem dei minha primeira palestra no Departamento Feminino dos Jovens, cap. 17 de Namoro, Casamento e Maternidade. Acho que dei bem conta do recado. Muitas moçoilas na palestra, treze, o que alegraria muito o Zagallo. A palestra? Ei-la:

PALESTRA – 20.08.11 – DEP. FEMININO – NAMORO, CASAMENTO E MATERNIDADE –

CAP. 17 – A LEI BÁSICA DA HARMONIA FAMILIAR – PG. 237/249

1 – Quem se casou para satisfazer interesses financeiros ou físicos deve se arrepender

Para que haja harmonia no lar é preciso que marido e mulher respeitem, cada qual, a personalidade do cônjuge. Não basta apenas se amarem. Se o motivo que os levou a essa união for algo impuro, é preciso que se arrependam sinceramente e recomecem a vida conjugal norteados pelo real significado do casamento.
Se você é mulher e se casou simplesmente para obter estabilidade financeira, agiu por um motivo impuro. O ato de entregar o próprio corpo a um homem por razões de ordem financeira nada mais é que uma forma de vender o corpo, mesmo que o parceiro seja um só. Esse ato difere do de uma prostituta apenas quanto ao número de parceiros. Não importa que o número de compradores seja um ou muitos, não há diferença alguma no ato de estar vendendo o corpo. Portanto, quem casou por razões de ordem financeira iniciou a vida conjugal de modo totalmente errôneo.
Se você é homem, pondere sobre o motivo que o levou a se casar. Se resolveu casar pensando “Preciso dar um jeito de satisfazer a minha necessidade sexual; se mantiver relações com prostitutas, correrei o risco de contrair doenças venéreas; além disso, nem tenho dinheiro para procurá-las com frequência. Uma esposa, além de me satisfazer de graça essa necessidade física, me servirá de criada sem nada cobrar; não há uma escrava tão útil e barata”, o motivo de seu casamento foi impuro e, certamente, não conseguirá a verdadeira felicidade conjugal. É preciso compreender em que consiste o espírito conjugal realmente correto e, a partir desse momento, recomeçar o casamento com uma nova e correta mentalidade.
Tanto a mulher que se casou visando à estabilidade financeira, como o homem que decidiu se casar para satisfazer suas necessidades, devem se arrepender sinceramente. Ela, por “ter-se vendido”, e ele, por ter pensado que esposa é um ser humano extremamente econômico que pode lhe prestar de graça diversos serviços. A verdadeira vida conjugal só começará quando cada cônjuge se arrepender profundamente e pedir perdão ao outro, mentalmente, do fundo do coração, reconhecendo o próprio erro.

2 – Passar a ter uma correta ideia sobre o casamento

Então, com que postura mental se deve recomeçar a vida conjugal? Tendo uma ideia correta a respeito de casamento. Ou seja, compreendendo que casamento não se deve basear apenas na cooperação mútua para solucionar questões de ordem financeira ou de satisfação das necessidades físicas. Ter uma correta ideia de casamento é despertar para a Verdade de que as metades de uma só alma, que estavam temporariamente separadas, se aproximaram e se uniram, voltando a se completar. Não importa quais tenham sido o processo e os trâmites legais do casamento. O importante é os cônjuges se arrependerem dos erros cometidos. Qualquer que tenha sido a razão superficial que os levou a se unirem, o fato é que se aproximaram porque eram originalmente uma só alma. Assim, devem se conscientizar da Imagem Verdadeira de que as metades de uma só alma se aproximaram mutuamente, se uniram e se completaram. Quando houver essa compreensão, as motivações econômicas e os interesses egoísticos deixarão de existir, e os cônjuges sentirão a alegria da descoberta recíproca de serem originalmente uma só alma, ou seja, a descoberta da união intrínseca. Esta é a verdadeira alegria do casamento. Os aspectos exteriores da união conjugal, tais como a colaboração mútua de natureza física e financeira, nada mais são que projeções da alegria pela redescoberta recíproca da outra metade (Vide Onna no Kyoyo, [Educação da Mulher] de minha autoria).
Aparentemente, tanto o casal que tem a ideia correta do casamento como o que tem a ideia errônea mantém a união física e a colaboração no tocante aos problemas financeiros. Mas, na verdade, existe uma diferença radical. Enquanto o primeiro casal dá prioridade à união espiritual e, como projeção disso, consegue manter a vida conjugal em ordem, tanto no que se refere à união física como nas questões financeiras, o segundo dá prioridade à satisfação material, negligenciando a união espiritual. Essa diferença seria comparável a colocar os cavalos diante da carruagem e a colocar a carruagem diante dos cavalos. No segundo caso, a carruagem não andará nem um palmo e, certamente, os cavalos começarão a se agitar, destruindo-a.

3 – O amor verdadeiramente puro

Mesmo se tratanto de amor platônico, não pode ser considerado puro nem belo quando dedicado a alguém do sexo oposto sem ter como objetivo o casamento. Não havendo o desejo nem o objetivo de manter uma vida conjugal com alguém, a pessoa deseja apenas desfrutar a juventude em convivência com moças e rapazes, e isso, na verdade, é satisfação velada do desejo sexual. A respeito desta verdade, Jesus Cristo declarou: “Todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já comete adultério com ela no seu coração”. Assim Jesus se referiu ao fato de que é errado pensar que não comete adultério só porque não toca na parte mais preciosa do corpo de uma mulher – o seu órgão genital –, apesar de ter tocado em todas as outras partes. Os olhos, a pele, especialmente os lábios são considerados zonas erógenas pelos psicanalistas. Por isso, um deslize de ordem sexual se manifesta em forma de doença na pele e nas mucosas; o acanhamento originado por um desejo sexual transparece imediatamente na pele do rosto; o amadurecimento dos órgãos genitais é simbolizado pelo batom. Assim, está evidente o fato de que a pele e os lábios substituem os órgãos sexuais quando a mente contém determinado sentimento. Há um ditado ioga que diz: “A cobra mata uma pessoa numa só mordida, e a mulher, num só olhar”. Quando uma pessoa encontra o brilho do olhar de quem está apaixonado recebe um choque incomum, e isso demonstra que os olhos são órgãos erógenos, sendo natural que Jesus tivesse dito algo que tem o seguinte sentido: “Quem olhar alguém do sexo oposto com desejo carnal já cometeu adultério”. Mesmo que sinta prazer apenas mantendo troca de olhares, ou então num aperto de mão, num beijo nas bochechas, será igual a um adultério se sentir prazer de natureza erógena. Nesse sentido, uma vez que seja paixão, praticamente não existe um amor que transcenda o corpo carnal, assim como é o denominado amor platônico. Talvez, excepcionalmente, só o amor que São Francisco sentiu em relação à Santa Clara pertenceu a essa categoria. Diz-se que, ao falar com Santa Clara, São Francisco ficava cabisbaixo e não olhava o rosto dela para não se sentir seduzido pela sua beleza.
Como citei até aqui, praticamente inexiste algo chamado amor platônico no seu verdadeiro sentido, pois percebe-se que, na realidade, o indivíduo está se satisfazendo sexualmente, compensando-se com algo além do órgão sexual. Sendo assim, torna-se evidente que a autenticidade e a pureza de um sentimento de amor não são definidas apenas com a questão de manter ou não relacionamento carnal, mas sim pelo objetivo que tem esse amor.

4 – Um amor verdadeiro é aquele que visa a complementar a personalidade através do casamento

Se o propósito de um namoro for conseguir o objeto de prazer ou a satisfação dos próprios interesses, será considerado impuro e não autêntico. Se alguém tenta possuir outrem para satisfazer seus próprios interesses, está considerando a outra pessoa uma mercadoria, praticando assim uma venda humana. E, tentar possuir alguém para obter prazer físico, também estará desejando usufruir essa pessoa como um passatempo, usando como instrumento de prazer algo que não deve ser usado como tal, sendo, naturalmente, um pecado.
Então, como deve ser um namoro imaculado e puro? Será considerado autêntico e puro aquele namoro de um homem e uma mulher que decidem se tornar marido e mulher com o objetivo de completarem eternamente a personalidade, unindo-se espiritual e fisicamente para sempre, a fim de completarem reciprocamente as partes falhas de ambos. Consequentemente, um amor platônico que não consuma a união é, ao contrário, não autêntico e impuro, sendo mais puro o namoro que tem como objetivo a personalidade na vida familiar, casando-se e construindo um lar.
5 – O casal é originalmente “uma só alma”

Por que razão existem o homem e a mulher, e cada qual sente a necessidade de escolher uma parceira ou um parceiro para se unirem? A razão disso está no fato de Deus ter dividido em duas partes uma personalidade (uma alma), Sua suprema automanifestação, e ter depositado uma das partes num corpo masculino e outra num corpo feminino, isto é, em corpos que se completam virtuosamente, suprindo cada um o que falta no outro. O homem e a mulher são na origem uma só personalidade e, por isso, cada qual tem o desejo íntimo de voltar a ser o que era. A esse sentimento originário de unicidade dá-se o nome de amor. Devido a isso, no primeiro encontro, ou quando há o contato entre ambas as partes, ocorre o sentimento de amor, ou melhor, o desejo de voltar a ser o que era antes, e o casal se une também fisicamente, como projeção dessa integralização. Nessa circunstância, o mais importante é “a integralização da personalidade”, sendo a união física uma simbolização desse processo. Desse modo ocorre a união da alma que é simbolizada pela união do corpo. Este é o verdadeiro significado do enlace matrimonial, e a primeira e última tarefa crucial de um casal que se uniu levado por algum motivo impuro é ler o que está escrito aqui, arrepender-se e despertar para a Imagem Verdadeira da Vida de casal. Este despertar consiste em adquirir a compreensão de que “foram unidos por laços matrimoniais porque as metades de uma só alma voltaram a ser o que foram originalmente, atraídas naturalmente uma pela outra”.
6 – Os cônjuges se unem pelo princípio da complementação mútua

A razão por que uma alma se divide em duas, aloja-se em corpos diferentes e retorna à unidade anterior através do casamento, está no seguinte fato. Se, por hipótese, a multiplicação dos humanos ocorresse através de reprodução assexuada, isto é, através do corpo de um único genitor, os descendentes reproduziriam continuamente as mesmas características genéticas e não seria possível dar continuidade ao processo eugênico em cada geração. Entretanto, alojando as metades de uma alma em dois corpos diferentes e promovendo fusão das características de cada corpo, cada qual suprindo as falhas do outro, na geração posterior surgem descendentes eugenicamente superiores. Desse modo, também eugenicamente foi projetado por Deus para se tornar um ser completo, complementando-se um ao outro. Quanto à natureza espiritual, ao dividir uma alma em duas partes, Deus o fez de modo a prover em maior quantidade a mulher com elementos de amor e o homem com elementos de sabedoria. Assim, permitiu que pudessem sentir reciprocamente a alegria da complementação e, ao mesmo tempo, deu-lhes a função de serem um o espelho do outro, a fim de se auto-analisar vendo no outro a projeção do seu estado mental e, assim, completar-se como pessoa. Por exemplo, se o marido estiver descontente, a mulher ficará “emburrada”; se a mulher não sentir gratidão suficiente pelo amor que o marido lhe dedica, ele praticará adultério, procurando fora do lar alguém que o ame mais; se a mulher achar que o marido está muito irritado, descobrirá que, na realidade, era ela que estava muito irritada; se a esposa estiver muito ciumenta, poderá ser porque na mente do marido esteja ocorrendo certa atração pela beleza de alguma outra mulher; se a esposa começar a duvidar do marido pensando “Ele está voltando muito tarde para casa, talvez esteja tendo um caso com alguma outra mulher”, ele acabará se apaixonando realmente por outra. Desse modo, o casal foi criado de uma forma que cada cônjuge projete no outro o estado de sua mente para ambos poderem refletir. Para que cada qual possa cumprir a função de espelho do outro, foi preciso dividir, forçosamente, uma alma em duas partes e fazer com que vivam juntas, para que cada parte veja refletido na outra o seu estado mental. Por isso, Deus dividiu uma alma em duas partes, transformou-as em marido e mulher e fez com que vivessem juntos.
7 – A doença do filho reflete a mente dos pais

Se não tivermos um espelho, caso o nosso rosto fique sujo de tinta ou um grão de arroz grude no bigode, acharemos que está limpo, bonito, e nos apresentaremos diante de uma plateia, sendo alvo de risos. Graças à existência de um espelho é que limpamos a tinta do rosto, retiramos o arroz do bigode e nos apresentamos perante uma plateia sem passar por vexame algum. Então de que modo conseguiremos limpar a sujeira da mente e nos apresentarmos diante de Deus como filhos de Deus? Para limparmos a sujeira da mente, necessitamos de um espelho que manifeste em forma visível a nossa mente invisível. E esse espelho é o marido ou a esposa.
Há ocasiões em que o filho se transforma em espelho da mente dos pais. Quando há desarmonia mental entre os cônjuges, o filho pode vir a sofrer de alguma afecção no aparelho respiratório, vindo a contrair infiltração de fluidos nos pulmões, pneumonia ou bronquite. Quando a esposa fica guardando dentro de si algum sentimento de tristeza, o filho pode vir a ter enurese noturna, infecção nos intestinos, disenteria ou hérnia. Afirmamos que nesses casos o filho está sendo um espelho da mente dos pais, porque são muitos os casos de cura espontânea de doença dos filhos quando orientamos os cônjuges a cada qual reconhecer os seus erros e perdoarem-se mutuamente, passando a manter sentimentos límpidos, agradecendo e reverenciando-se mutuamente. Se o casal ama o filho, deve viver em harmonia sem guardar na mente nenhuma queixa ou insatisfação.

8 – Purifique o lar com a força de boas palavras

Como foi dito anteriormente, para conseguir harmonia conjugal, é preciso sentir reciprocamente que o outro é a sua respectiva metade, que ambos são um só ser e, ao mesmo tempo, considerar que o(a) companheiro(a) é um espelho no qual está refletida a sua própria imagem. Se enxergar algum defeito no outro cônjuge, deve ponderar e corrigir-se, pois ele está projetando as mazelas que existem dentro de sua mente. A seguir é preciso que troquem boas e carinhosas palavras.
Os cônjuges se uniram porque se amavam e não há fundamentalmente motivo algum para irromper brigas conjugais, mas, devido ao amor muito íntimo que os ligam, perdem o respeito mútuo e trocam palavras ásperas, violentas e injuriosas, tais como “Olhe a besteira que você fez!”, “Idiota!”, “Canalha!” etc. Pode ser que não cheguem a tanto, porém, ao comentar um pequeno erro que o outro cometeu, falam de um modo histérico ou em tom exaltado, e isso ocasiona um efeito inesperado, vindo a trocar insultos, provocar atritos emocionais que, refletindo-se no corpo, acabam resultando em úlcera estomacal, câncer gástrico e até câncer uterino. Se vocês analisarem o motivo que os levou a uma briga conjugal, perceberão que foi um atrito emocional provocado pelo tom áspero que usaram, sem querer, por algo insignificante. Por isso, a condição primordial para harmonizar o lar é o uso de boas e carinhosas palavras.
É costume no prmeiro dia do ano, trocarmos cumprimentos sorridentes dizendo “Feliz Ano-Novo!”. Se, com este sentimento, iniciarem cada dia cumprimentando-se reciprocamente com boas palavras, pensando “Cada dia é um novo ano, é uma nova vida”, não há dúvida de que seu lar será harmonioso.
Além disso, é necessário que mantenham fisionomia harmoniosa e digam palavras de louvor. Para ter harmonia no lar é estritamente importante que, a partir deste ano, realizem semanalmente uma reunião familiar com o fim de tecerem elogios e agradecimentos mútuos, procurando algo de bom que o outro fez durante a semana. A fisionomia de gratidão e as palavras de louvor dão a todas as pessoas ânimo para praticar boas ações. O inverso da fisionomia de gratidão é a “cara emburrada” que, juntamente com o insulto, tornam-se causas da desarmonia familiar. Por isso, ao iniciar um novo ano, devem fazer a promessa de “Agradecer a tudo e jamais ter sentimento de queixa”, assim esquecendo-se totalmente de fazer “cara emburrada”. Este é um procedimento imprescindível para que tenham durante este ano harmonia no lar, onde todos vivam com saúde.

Oração Para Concretizar Um Casamento Feliz

Deus criou o ser humano à Sua imagem, criou homem e mulher. O homem e a mulher destinados a serem marido e mulher são, originariamente, as duas metades da alma de “um único ser”. Assim sendo, suas vibrações espirituais são idênticas. Da mesma forma que as ondas eletromagnéticas de comprimentos iguais sintonizam-se e fazem aparecer no vídeo as imagens transmitidas pela emissora, o homem e a mulher de “vibrações espirituais” idênticas aproximam-se e procuram fundir-se num só ser. Ao processo no qual “as duas metades da alma”, que tendo se aproximado mutuamente, fundem-se numa unidade dá-se o nome de “vida matrimonial”. O desejo passional daqueles que buscam os prazeres temporários de contatos meramente físicos sem terem como meta final a vida matrimonial, não é o amor verdadeiro, ainda que as pessoas envolvidas pensem estar amando. Na verdade, não passa de desejo sexual. O amor entre duas pessoas do sexo oposto é o sentimento que tem como finalidade atrair as “duas metades de uma alma” para que elas se unam em matrimônio e construam o “lar”, que será o lugar de mútuo polimento espiritual. Portanto, o amor verdadeiro é aquele em que o homem e a mulher, mesmo após terem se unido fisicamente, continuam fortalecendo cada vez mais o vínculo espiritual que os une, e se tornam inseparáveis por toda a vida. Isto não acontece com as ligações que, embora aparentem ser “amor”, têm como “conteúdo” apenas o desejo sexual. Nestas ligações, geralmente acontece o seguinte: uma vez consumada a união física e, portanto, atingido o objetivo de satisfazer o desejo sexual, o rapaz começa a perder o interesse pela moça. Mas da parte da moça, isso não ocorre. Devido à sua missão de “conceber, gerar e criar” filhos, a mulher sente, instintivamente, a necessidade de manter junto de si o pai da criança que ela poderá vir a gerar, e isso faz com que ela passe a amar profundamente o homem a quem se entregou. Isso acontece mesmo nos casos em que a união física tenha sido o resultado de mera atração física. Como se pode perceber, há uma grande diferença entre a reação psicológica masculina e a reação psicológica feminina, nos casos de uniões físicas praticadas unicamente para satisfazer o desejo sexual. E dessa diferença resultam muitas tragédias. Por isso, os namorados não devem manter relações sexuais pré-matrimoniais visando apenas aos prazeres carnais. Eles devem ter como uma meta claramente definida o casamento, e consumar a união física somente depois que for realizada a cerimônia de casamento e sua condição de marido e mulher for reconhecida pela sociedade. O lar é a academia onde os cônjuges devem “polir” suas almas, um suprindo o que falta no outro. Uma vez realizado o casamento e constituído o lar, os cônjuges não devem, de modo algum, pensar em divorciar-se, mesmo que haja divergências de ideias ou ocorram choques de opiniões. Devem acreditar que, através dessas divergências e choques, suas almas estão recebendo “polimento”. Se os cônjuges tivessem pensamentos idênticos, não haveria atritos; e sem atritos, seria menor o grau de “polimento” da alma. Não se deve pensar que o casamento é uma questão que depende apenas da livre vontade e preferência do rapaz e da moça. Isto porque casamento é o fenômeno social em que as linhagens de duas famílias unem-se para formar uma nova família, e porque a família assim constituída deve entrosar-se na sociedade, como parte dela. A vida matrimonial plenamente reconhecida pela sociedade é estável e segura, ao passo que a vida matrimonial não reconhecida pela “mente coletiva” da sociedade está constituída sobre um alicerce frágil e inseguro. Isto porque toda existência tem estabilidade somente quando tiver o reconhecimento da “mente”.

(A Verdade Em Orações, vol. 1, pg. 136-138)

2 comentários:

  1. Oi Leo. estou certa q vc passou o recado direitinho ... q as moçoilas, reflitam e doloquem em prática.
    Muito obrigado.

    ResponderExcluir