Eu iria até postar isso na última postagem, mas como o fato me chamou deveras a atenção, segue aqui:
No final da missa, fui falar com o padre, agradecendo pela reunião, enfim. Apresentei-me como preletor da Seicho-No-Ie (e ele falou que já tinha ouvido falar), falei que também respeitamos a figura de São Miguel Arcanjo ("É mesmo?") autografou meu livro e o devocionário e ao final, na despedida, soltou esta pérola:
- Que você nunca perca o coração de sacerdote!
E repetiu mais uma ou duas vezes, como se quisesse fixar em minha memória o que disse. Fiquei lisonjeado e curioso ao mesmo tempo: por que ele teria falado isso?
Uma coisa eu gostei nele e o livro corroborou: ele também é muito pouco afeito ao sectarismo religioso. Para me falar isso...
Aí desci do altar me perguntando: o que seria um coração de sacerdote? Quais os requisitos que deveria ter?
E mais: eu tenho esse coração de sacerdote que ele tanto apregoou?
Não, não vou entrar em crise existencial por conta disso. Apenas serve como reflexão para o meu "sacerdócio" (já que não existe o termo "preletócio", ou "preletorado", vai esse mesmo...) Eu estou cumprindo bem minha missão?
Olha, confesso que uns tempos atrás estava meio temeroso disso. Entrei numa pequena neura no sentido de não saber mais dar conta do recado. Mas já passou...
Isso passou, mas, e quanto ao meu coração? Ele é de sacerdote? Se não for, o que eu preciso mais ter?
Melhor parar por aqui, senão aí sim terei a tal crise existencial que falei parágrafos atrás...
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