sábado, 6 de fevereiro de 2010

Em Boa Companhia...

Se algo me consola neste dilema é o fato de saber que não estou sozinho nesta questão, estou, aliás, muito bem acompanhado. Vejam o que o Mestre escreveu no volume 15 d' "A Verdade da Vida", e comparem com minha situação. O trecho é longo, mas merece atenção, lede!

"Noda - Como a maioria já se encontra presente, gostaríamos que o prof. Taniguchi desse início à sua palestra, que será seguida de perguntas e respostas.
Taniguchi - Não preparei nenhum tema em especial. Quando o sr. Noda me convidou para proferir esta palestra, explicou-me que aos domingos um grupo de pessoas se reunia para o estudo da Verdade, com a participação de autoridades em premonição, vidência, curas metafísicas e outros fenômenos paranormais. Na ocasião, prontifiquei-me a comparecer, marcando apenas a data da reunião, ou seja, para hoje. Posteriormente, o sr. Noda escreveu-me informando que a reunião fora marcada para as 19 horas e solicitando-me que avisasse a hora da minha chegada à estação de Osaka a fim de ele poder me buscar. No meu emprego, o expediente se encerra às 17 horas, porém normalmente trabalhamos até cerca de 18 horas. Para poder estar aqui no horário combinado, eu teria de desembarcar na estação às 18h30. Por conseguinte, respondi ao sr. Noda que iria encerrar meu expediente mais cedo para poder estar na estação nesse horário. Mas, justamente hoje que eu pretendia sair mais cedo, a diretoria avisou-me, por volta das 17 horas, para eu permanecer no escritório a fim de traduzir um texto urgente. Fiquei numa situação aflitiva: prometera ao sr. Noda que estaria na estação de Osaka às 18h30; mas era meu dever permanecer no escritório e realizar aquele trabalho de última hora; não podia violar o compromisso firmado com o sr. Noda, mas também não podia deixar de cumprir a tarefa do escritório. Com agir, se tenho um só corpo?
(...)
Prometer algo significa prender-se a uma decisão tomada; é pretender a ocorrência de um fato, desprezando outros acontecimentos possíveis; é perder a própria liberdade, amarrando-se a um único compromisso. Prometer é um mal, pois restringe a própria liberdade (...) No meu caso, nem chegar pontualmente à estação consegui. No instante em que resolvi chegar à estação às 18h30 e deixei de admitir outros possíveis acontecimentos, impus um sofrimento a mim mesmo. Acabei não chegando no horário, causando transtorno a todos os senhores. E o culpado de tudo sou eu mesmo, que fiz uma promessa baseando-me apenas numa decisão minha.
Mas não poder conhecer o futuro não implica em deixar de fazer planos ou previsões. Devemos planejar e colocar o plano em ação, com o espírito preparado para contornar habilmente eventuais obstáculos para finalmente alcançar os objetivos propostos. Se pensarmos que não encontraremos problemas em nosso trajeto, poderemos ficar desnorteados quando surgir algum obstáculo. Mas, se estivermos com o espírito preparado, poderemos contorná-lo habilmente. 'Não temo os obstáculos que possam surgir em meu caminho, pois o esforço para vencê-los fortalece meu corpo e meu espírito; em última análise, eles serão úteis para o meu próprio desenvolvimento' - tendo-se esta autoconfiança, os obstáculos deixam de ser empecilhos (...)
No meu caso, uma vez que meu objetivo principal é transmitir a Verdade e conduzir as pessoas à salvação, mesmo que surjam imprevistos durante a caminhada, procuro aceitá-los e transformá-los em elementos que favoreçam a consecução deste objetivo. Hoje, por exemplo, não consegui chegar à estação de Osaka no horário prometido porque surgiu um obstáculo. Mas, justamente por causa disso, pude aprender mais uma valiosa lição de vida e transmiti-la a todos aqui presentes. Aquilo que aparentemente foi empecilho acabou por fornecer um bom tema para esta reunião. Por maior que seja a dificuldade, devemos buscar o seu significado; devemos descobrir nela o caminho do auto-desenvolvimento, sem permitir que nos tire a liberdade. Transformar tudo em alimento para nosso desenvolvimento espiritual - eis a verdadeira força infinita do homem-filho-de-Deus!"

(A Verdade da Vida, vol. 15, pgs. 61-64)
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