segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Viver de Modo Agradável - A Força Criativa do Japão - Pg. 31

"Existe no Japão um antigo ditado do seguinte teor: 'Se tem pressa, vá com calma'. É uma advertência de que, quando escolhemos um caminho mais curto na ânsia de chegar logo ao destino, deparamos com obstáculos inesperados e acabamos sofrendo uma grande demora em chegar ao objetivo. No mundo atual, existem muitas pessoas que acabam sofrendo um grande fracasso na vida por fazer uma administração inadequada ou fraudulenta na ânsia de lucrar muito em pouco tempo.
O atual desenvolvimento econômico do Japão não resultou da ânsia e pressa em obter o superávit, e sim do perseverante esforço em aumentar um pouco a poupança todos os anos. Também no tocante à educação escolar do povo, já no tempo dos antigos governos feudais teve início em várias localidades o curso fundamental ministrado em templos budistas, e o esforço pela educação foi constante ao longo dos anos. Como resultado, o país alcançou o alto nível educacional que apresenta atualmente. Entrentanto, não se pode negar que alguns erros foram cometidos. Por exemplo, na pressa de alcançar o nível de vários países estrangeiros, muitas escolas imitaram o sistema educacional deles, negligenciando os estudos e os aprendizados fundamentais para o nosso povo. Em outras palavras, buscavam apenas os resultados, sem se preocupar com os meios.
De agora em diante, é preciso observar mais atentamente a natureza básica do ser humano, promover em todas as camadas sociais a correta compreensão do que é o ser humano, estimular a criatividade e fazer surgir novas ideias. Pode ser que imitar a técnica desenvolvida por um país estrangeiro e fabricar produtos melhores seja um meio rápido de impulsionar a industrialização. Mas, quando faltam estudos e pesquisas fundamentais, é difícil desbravar corajosamente novas áreas.
Daqui para a frente, será imprescindível que o nosso país explore novas áreas. Será necessário fazer novas descobertas, realizar novos inventos e também liderar os estudos e as práticas no âmbito da filosofia e da religião. Em vez de apenas seguir os passos de algum país, é preciso criar algo inédito, difícil de ser imitado por outros países. Para isso, é essencial que nós, o povo japonês, tenhamos a convicção de que essa capacidade existe em nosso interior. Evidentemente, a maioria das coisas do nosso país não foi imitação de outros países. Criamos o nosso próprio idioma - a língua japonesa - com combinações adequadas das vogais e das consoantes. Alguns estrangeiros dizem que lhes agradam os sons da pronúncia da nossa língua. Criamos também a nossa culinária peculiar, bem como tatame, portas e janelas corrediças feitas de papel e diversos outros itens do mobiliário.
Porém, a mais notável criatividade do Japão está em sua estrutura, que tem como figura central o imperador, sucessor de uma dinastia ininterrupta. Isso simboliza a eternidade. Foram manifestadas concretamente na estrutura da nação as principais características do mundo da Existência Verdadeira, o mundo-origem, que são a convergência para o centro e a indestrutibilidade. Assim, formou-se uma das nações mais estáveis do mundo.
Esperamos que, também no futuro, nosso país siga manifestando a criatividade e a capacidade de ação em todas as áreas de atividade e se revele como uma nação com grande desenvolvimento moral e repleta de força divina. Para isso, é essencial que a maioria das pessoas se conscientize da própria natureza divina e a manifeste constantemente na vida cotidiana."

Ok, ok, eu confesso que este capítulo deve interessar nada, ou, para ser bem, mais bem generoso mesmo, muito pouca coisa ao caro leitor deste blog. E, mesmo assim, este é um fato a ser louvado, porque significa que a SNI se abrasileirou, e a sua doutrina não é algo de posse de um determinado povo ou de uma determinada etnia. Quem estudou a história da SNI sabe que até a década de 70 ela era eminentemente uma religião de tradição japonesa, hoje ela se abrasileirou tanto, mas tanto, que na minha Regional, RJ-Niterói, não existe um japonês sequer, e, para não dizer que não há japoneses aqui, posso citar, como exemplo único, a esposa do divulgador Marcelo, presidente da Fraternidade Icaraí. E só. Isso mostra a grandiosidade do povo japonês, que, na sua mais que centenária história no Brasil, soube conhecer tão bem, pelo menos a nível espiritual, as necessidades do povo brasileiro. Banzai, Nippon!

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