domingo, 30 de maio de 2010

É Hoje!

É hoje o dia! Devo sorrir ou chorar? É hoje. Hoje me despeço da Associação de Jovens, onde permaneci por quatro anos. Associação de Jovens, pela idade que tenho, só na próxima encarnação, se Deus me conceder a ventura de (re)conhecer Seicho-No-Ie antes dos trinta... daqui a pouco vou repetir o ritual pela última vez: quando o relógio apontar 16 horas (agora são 14:04) saio daqui, vou ao banheiro, me barbeio, tomo banho, me visto, lancho e pego o 30 pela enésima e última vez. Até lá já deve ter passado um pouco das 17 horas, cinco da tarde, o domingo começa a se despedir dos outonais raios de sol em mais um belo fim de tarde (pelo menos é o que dizem que o outono tem de melhor...).
Vou chegar na Associação. Lá, mui provavelmente, Seu Rocha estará conversando alguma amenidade com Carlos Victor. Também conversarei amenidades até que, aproximadamente quinze minutos depois minha augusta noiva aparece no recinto e, enquanto ela faz pela última vez aquilo que o Seu Rocha qualifica como "o melhor café da Regional", parto, pela enésima e última vez, em busca de víveres destinados ao lanche do final da reunião.
Quando retornar, isso próximo das 18 horas, ainda teremos tempo para mais algumas poucas conversas preguiçosas, interrompidas somente, talvez, pelo alerta das 18 horas de Seu Rocha e sua pontual "Oração pela Paz Mundial", uma das poucas heranças vívidas de "Meditando Sobre A Vida".
Chega o preletor, provavelmente falaremos algumas amenidades enquanto um ou outro adepto mais adiantado vem até nós, até dar 19 horas, quando eu ou Carlos Victor anunciaremos a derradeira reunião, com a presença do genésico preletor Lício Moreira, enquanto a maioria dos atrasados se aproximam.
Após as pequenas práticas de plantão, inicia-se a palestra, isso lá por volta das 19:15, e a palestra dominical, que certamente terá muito de improviso, certamente nos brindará com mais uma última interpretação de Gênesis 2,7, para distinguirmos bem o joio do trigo em termos de espiritualidade da Imagem Verdadeira.
20 horas. Após a oração de encerramento, Carlos Victor, ou eu mesmo, chegarei ao púlpito pela última vez na qualidade de presidente. Sabem, até pensei em escrever um discurso de despedida, mas achei canastrão demais da minha parte. Chorar? Talvez sim, talvez não, isso me soa canhestro, e, afinal de contas, quem esteve na última reunião de maio de 2006 assistiu ao choro de uma adepta, que acabou não comovendo nem convencendo muita gente, a não ser os interessados.
Darei, sim, as boas-vindas ao novo presidente, e guardo uma pequena surpresa para ela, uma homenagem que comecei na semana passada. Afinal de contas, bem ou mal, ele merece o que vou dar, e que só contarei quando retornar da reunião, por volta das diez de la noche...
Terminamos a reunião. Engolirei o provável bolo, molharei o previsível biscoito no infalível guaraná, coca-cola ou coisa que o valha. Darei minha última gratidão ao meu último preletor. Arrumaremos tudo, apagamos as luzes, o mandato acabou.
Despedir-me-ei, mãos dadas com Flavia, e com a provável companhia de Carlos Victor, de Seu Rocha, desejando-lhe uma boa semana mas não mais até a próxima semana. Acabou.
Volto lá dia 19, às 19 horas, capítulo 6 da Humanidade É Isenta de Pecado na ponta da língua. Mas não mais como presidente, e sim, como um mero Líder da Iluminação. Até lá, o Anjo que ficava na minha cacunda já deve estar acostumado com as vértebras de Carlos Victor. E eu o verei mais uma vez!
Muito obrigado!

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