domingo, 23 de dezembro de 2012

Revelação Divina da Concretização do Mundo Ideal, Celestial e Eterno

Preparem-se, seichonoiezes! Eis a maior Revelação Divina deste livro, da página 68 a 76, também cheio de referências nipônicas:

"Deixarei por escrito qual é a origem da 'Seicho-No-Ie'. 'Seicho-No-Ie se refere a Takaamahara (Universo). Sei significa crescimento vertical infinito; cho, expansão horizontal infinita; e Ie é o ponto de cruzamento da Vida vertical com a vida horizontal. Ie é ninho, é moradia. Morar é reunir-se num centro. Quando todas as coisas se reúnem num centro e se unificam, ocorre a purificação. Naquilo que não possui centro não há ordem e ele permanece caótico e tumultuado. Vejam a Liga das Nações de hoje. Por mais que continuem debatendo, cem um centro nada de bom surgirá. Se todos os países que ali debatem não se reunirem em torno de um centro e não se unificarem, o mundo não se tornará  um 'lar'. Se o Mundo Celestial Eterno não se manifestar na superfície terrestre e se o globo não se tornar Seicho-No-Ie  (Lar do Progredir Infinito), o mundo ideal eterno não se concretizará na Terra. O Mundo Celestial Eterno não é o céu em oposição à Terra; é o mundo da Imagem Verdadeira.
Jesus Cristo também orou: 'Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu.'. O mundo da Imagem Verdadeira está concentrado num único Ser Supremo e já é o paraíso da eterna bem-aventurança. Aproxima-se o momento de o mundo da Imagem Verdadeira se manifestar também na superfície terrestre, mas o mundo de hoje está com a mente iludida pela Shitateru-hime (shita: sob, embaixo ou debaixo; teru: brilha) e é arrastado à mercê da vontade dela. Por isso, como autodestruição dessa ilusão, ainda surgirão diversos problemas complexos, até que toda a superfície terrestre se torne Seicho-No-Ie (Takaamahara). Shitateru-hime, mencionada na mitologia japonesa, refere-se ao ouro que brilha debaixo da terra. Quando o mundo se tornar Seicho-no-Ie, e a Seicho-No-Ie do mundo da Imagem Verdadeira se projetar na superfície terrestre, este mundo também deverá, imprescindivelmente, se unir em torno de um único centro.
A intersecção da linha vertical com a horizontal simboliza a irradiação da luz, e seu centro é denominado fonte da luz. Hinomoto (fonte de luz) é o centro da luz. É um grande erro pensar que o centro da cruz se encontra na Judeia. O centro da cruz se encontra na fonte da luz, e a terra de origem de Cristo também se encontra na fonte da luz. Enquanto todas as pessoas não compreenderem que a luz irradiada pela cruz simboliza o país que possui linhagem imperial ininterrupta, este mundo não encontrará a paz. Uma linhagem imperial ininterrupta e eterna não ocorre por acaso. Ao se compreender que o mundo das formas é projeção do mundo mental e que o mundo da Imagem Verdadeira é o mundo eternamente imutável e indestrutível, compreende-se que a expressão eterna linhagem imperial ininterrupta está se referindo ao país Japão, no qual se manifestou em forma, com menor índice de pensamentos ilusórios, a natureza eterna e perene do mundo da Imagem Verdadeira. Países que experimentam a inconstância deste mundo são reflexos da inconstante ilusão; portanto, é natural que ocorram constantes altos e baixos.
No mundo de hoje, o único país que revela na forma a constância do mundo da Imagem Verdadeira é o Japão. Para que o inconstante mundo fenomênico se transforme e manifeste a constância do eterno mundo da Imagem Verdadeira, é preciso que um país de natureza perene se expanda, envolva os países inconstantes e transforme o mundo das 16 direções num mundo indestrutível e de constância eterna. O crisântemo de 16 pétalas simboliza a luz que se expande em 16 direções e une todos os países num centro. Somando os números 1 e 6 resulta 7 (nanatsu), e significa o todo. Quando os sete candeeiros passarem a brilhar no centro das 16 direções e todos os países dessas 16 direções se tornarem Seicho-No-Ie  (Mizuho-no-Kuni), aí se manifestará concretamente o mundo eterno da Imagem Verdadeira, realizando-se na face da Terra o mundo da eterna bem-aventurança, O sol apenas começou a despontar.
Fiz com que 'Seicho-No-Ie' fosse pronunciada Takaamahara e também Mizuho-No-Kuni, mas Takaamahara - Mizuho-No-Kuni - Seicho-No-Ie. Esse trinômio constitui uma coisa só. Seicho-No-Ie é Lar da Longevidade, Lar da Vida Eterna, ou seja, Lar da Imortalidade. É o lar no qual a imagem indestrutível da Vida da Imagem Verdadeira toma a forma de linha genealógica que se sucede ininteruptamente. No Japão, a pátria e o lar são um. Jesus Cristo ensinou que o lar e o país são um, e que as pessoas são irmãos e irmãs entre si. Mas, embora sendo irmãos e irmãs, se viverem em desarmonia, não reinará a paz no lar. Havendo irmãos, chefe de família e união entre eles, o lar será consolidado, e este mundo será purificado, tornando-se Seicho-No-Ie, lar indestrutível.
Ensinei que lar significa lugar onde as vidas se reúnem e se entrecruzam num centro, mas a palavra kuni (país) também deriva de kumi, que tem o sentido de entrecruzar. Os países de hoje estão apenas unidos formalmente e, como não há unidade de espírito, não estão produzindo efeito como um país e lar. Quando tudo estiver unido em torno de um centro e os povos estiverem em paz, vivendo cada qual conforme sua vocação, e quando, em relação à oferta e procura, os materiais adequados passarem a ser distribuídos em quantidade adequada, do mesmo modo que o sangue do corpo humano transporta os nutrientes às células de todo o corpo, o país será um lar e, então, será uma pátria verdadeira.
Nessa pátria tudo vicejará, e esse país será simulteneamente Mizuho-No-Kuni (país das espigas verdejantes de arroz) e 'Seicho-No-Ie'. E, sendo manifestação terrena da Takaamahara (Seicho-No-Ie) da Imagem Verdadeira eterna, diz-se que Takaamahara, Mizuho-No-Kuni e Seicho-No-Ie são três e um ao mesmo tempo. 'Taka' de Takaamahara significa crescimento vertical infinito; 'hara', extensão horizontal infinita; e 'ama', a esfera celestial infinitamente grande que se forma quando o vertical e o horizontal, o yin e o yang, se cruzam e se movimentam. O ideograma ama é a configuração do nascimento do homem entre o céu e a terra). O homem verdadeiro nascido entre o céu e a terra é o filho do Sol e da Lua (filho de Deus), portanto perfeito e harmonioso. Amatsu-hitsugi-no-miko (filho de Deus do Universo) é a manifestação desse ser perfeito e harmonioso sem ser ocultado por ilusão alguma. É a projeção fiel da natureza perene da Imagem Verdadeira da Vida, que continua ininterrupta e eternamente. Quando o mundo todo se tornar 'Seicho-no-Ie', a linhagem de cada família também será ininterrupta e eterna. Se a linhagem familiar se extingue, é porque essa família foi tomada pela ilusão e não se tornou 'Seicho-No-Ie'.

(Revelação Divina  de 27 de maio de 1932)

Convite Para Um Mundo Ideal - Pessoas Tímidas

Pg. 55:

"Hitchcock, o mestre dos filmes de suspense, faleceu. Dizem que ele sempre foi um jovem acanhado e tímido. Mas ele se dedicou ao cinema e realizou um grande trabalho. Se você sofre por se achar tímido e acanhado, é uma perda total de tempo. Se você é tímido ou inibido, não há nenhum problema nisso. Assim, do jeito que é, será capaz de realizar um grande trabalho. Não é para vencer a timidez. É para avançar com firmeza, mesmo tímido. Não precisa ficar inibido quando colocado diante do público. Basta seguir em frente, mesmo sentindo-se inibido. Desse modo, seu pronunciamento sairá bem melhor. Por mais que se sinta inseguro, não pense que isso seja um ponto falho. Todos pensam de si mesmo que são tímidos. Está tudo bem assim. Ser tímido é algo muito normal".

Você, amável leitor ou leitora que me acompanha, se considera uma pessoa tímida? Acha que isso causa problemas em sua vida pessoal e profissional? Pois saiba que seus problemas acabaram! Ser tímido, já dizia o nosso bom e velho Seicho Taniguchi, é normal. E, de repente, até saudável também.
Acreditem se quiser, também tenho minha cota de timidez e antissociabilidade. Minha tímida senhora, então, nem se fale. Quando, por exemplo, me anunciam em alguma palestra, fico vermelho como um pimentão (taí minha careca que não me deixa mentir). O pior é na hora em que o apresentador fala: "E agora, com vocês, com a palestra cujo tema é..., baseado no livro ... , o preletor (sim, me chamam direto de preletor, acabo deixando, deixa vibrar no espaço...) Leonardo Brito Ximenes..."
Quem já teve oportunidade de me ver neste breve instante sabe que na hora me viro para o quadro do Jisso e o reverencio, com os livros-texto da palestra nas mãos. E na hora eu simplesmente viro para o quadro e mentalizo: "Agora, meu amigo, é contigo mesmo, assume a partir daqui..."
Não que eu viro o maior comunicador do mundo, mas facilita. Porque eu sei que, como dizem no Canto Evocativo de Deus, "as minhas obras, não são eu quem as realizo, mas a força de Deus-Pai que permeia os céus e a terra". Em outras palavras, eu literalmente entrego para Deus a responsabilidade... torna-se mais fácil e a coisa flui.
Às vezes ainda tem outro complicador: eu vejo na plateia um preletor ou alguém que você respeita e não quer falar nenhuma besteira no púlpito (no meu caso ocorre direto com o Seu Cléber, de quem nutro um grande respeito). Neste caso, ajo de forma natural, como se fosse apenas mais um (o que acaba sendo, na realidade). Geralmente tem dado certo...
No post passado, por exemplo, sobre a 113a palestra, estavam entre os ouvintes a preletora Vanderneida, a quem muito respeito, principalmente por ela ser a primeira a falar de Platão em uma palestra, justamente o mais seichonoiê dos filósofos gregos (taí seu Mundo das Ideias que não me deixam mentir...). Deixei fluir e, segundo ela, gostou muito da minha palestra. Minha não, dEle. Pois a minha competência vem do homem lá de cima. Porque, se deixar por mim mesmo, um poste seria mais eloquente...



Da Centésima Décima Terceira Palestra

Após um hiato de alguns dias, querido blog, aqui me tens de regresso. E, desta vez, para falar-vos da minha centésima décima terceira palestra, ocorrida há quase um mês, dia 27.11, na Fraternidade da Regional. Tema: "Acaso e Milagre", do livro "Princípio do Relógio do Sol", do prof. Masanobu Taniguchi.
E como foi? Bem, amigos, há muito tempo devo reconhecer que não me divertia tanto dando uma palestra! Isso porque ela realmente foi muito boa, com participação do pessoal, o tema e o livro ajudaram também, li um Relato de Experiência da Fonte de Luz de dezembro justamente para ilustrar o que eu queria passar para os ouvintes...
E que mensagem era essa? Simplesmente a de que acaso e milagre, como postos no livro do prof. Masanobu, são conceitos altamente discutíveis caso não se coloque sobre os mesmos uma pequena coisa chamada "significado", e esse "significado" parte sempre da nossa própria... mente...
Em outras palavras, todo dia, além de ser dia de índio, como canta Baby do Brasil, esconde um pequeno milagre, esconde algo que jamais se repetirá, é um evento único. Nossa mente, como é movida, estimulada, abastecida por eventos, digamos, literalmente, "sobrenaturais" (no sentido de estar "além da natureza", acho que o melhor tema para isto seria "extranatural"), dá significado às coisas com o nome de milagre ou expressões como "o acaso não existe (leia Kardec!)".
E isso tudo estaria equivocado de acordo com a nossa segunda norma dos praticantes da Seicho-No-Ie, a saber: "Conservar sempre o sentimento natural", ou, em outras palavras, aceitar o natural, o comum, o comezinho como se fosse a coisa mais rara de todo o mundo.
Pois, na verdade, realmente é.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Revelação Divina da Provisão Infinita

Esta é inédita também (que eu saiba), e cheia de simbolismos japoneses. Vamos lá? Pg. 64:

"Sou o caminho, a luz, a Vida, a sabedoria. A luz surge primeiramente do Oriente e ilumina tudo universalmente. Não é sem razão que a Seicho-No-Ie surgiu no Japão. Quando Lao-Tse disse que 'Tani (de Taniguchi, ou ainda Deus do Vale) não morre', referiu-se a Mim. Também quando Sakyamuni disse que 'desde há infinitos bilhões de anos, existe no mundo oriental um país onde se encontra o Buda chamado Muitos Tesouros', referiu-se a Mim. Todo o Universo é chamado 'esfera total', e esta é chamada Takaamahara, que resumidamente é chamado de ama (céu), e, quando este ilumina o Universo, recebe o nome de Amaterasu-omikami (Grande Deus que ilumina o Universo.). Os nomes de Deus simbolizam Suas funções, e Sua imagem também muda segundo Suas funções. Quando promovo a provisão infinita, Me chamam de Buda de Muitos Tesouros". Todos os tesouros, todas as coisas boas, todas as coisas belas e todas as vidas se originam de Mim, e nada há que não se origine de Mim. Uma das minhas imagens é o Sol. Mostrei a minha imagem espiritual como Sol a pessoas de muita fé em vários lugares, mas o astro Sol nada mais é que minha projeção. Quando Sakyamuni pregou sobre a Sutra do Lótus, Eu brotei da terra e me erigi ao alto como 'Torre dos Sete Tesouros'. Os 'Sete Candeeiros' são a minha imagem vista do ângulo da luz que ilumina o mundo. A 'Torre dos Sete Tesouros' é a minha imagem vista do ângulo da provisão infinita. Sete significa tudo. Conforme jurei, manifesto-me onde qualquer um prega a Verdade (Imagem Verdadeira) da Vida, louvo-o, divido com ele o meu assento, sento-me junto a ele e me torno um com ele. Se Eu me manifestei quando Sakyamuni pregava a Sutra do Lótus, é porque naquele momento ele pregava a Verdade (Imagem Verdadeira) da Vida. Se me manifestei na Seicho-No-Ie, é porque ele prega a Verdade (Imagem Verdadeira da Vida). A Seicho-No-Ie também existe desde o infinito passado, assim como a Imagem Verdadeira da Vida. O meu corpo espiritual é a própria Imagem Verdadeira da Vida, e por isso não há como me manifestar onde a obra A Verdade da Vida é pregada, livre ou aberta. Sou Mahavairocana (Buda de luz onipresente), dirigente do Takaamahara (o mundo de luz onipresente, sou o Sakyamuni iluminado desde o eterno passado, sou o Cristo, que já era o salvador do mundo desde antes que Abraão nascesse. Aquele que bebe em mim não tem sede. Sou a luz infinita, a Vida infinita, o amor infinito, a fonte da provisão infinita"

(Revelação Divina de 5 de maio de 1932)

Convite Para Um Mundo Ideal - Acreditar No Ser Humano

Pg. 54:

"Sua vida pode ser um mar de rosas ou uma escuridão, isso depende de você acreditar ou não no ser humano. Se você não tem outra saída senão viver rodeado de malfeitores em quem não pode confiar, verá que um palmo à sua frente é escuridão. Mas, se perceber que o homem é filho de Deus, maravilhoso, e que sua natureza é o próprio bem, terá a perspectiva de um futuro verdadeiramente alegre. Se tem dúvida sobre qual dos dois é verdadeiro, escolha a opção da perspectiva alegre. Dessa forma, viva de modo alegre e cheio de vida. Ainda que mais tarde venha a descobrir que o homem não é mesmo digno de confiança, você poderá ter eternamente as boas lembranças do período em que viveu com alegria. Tais lembranças certamente trarão maior estímulo à sua vida e o levarão à convicção de que 'o homem é maravilhoso'".

Quando eu fui estudar Direito, logo no primeiro semestre, me deparei com um professor pouco convencional, Márcio Schuler, de Economia Política. Ele talvez seja um dos culpados pelo meu amor à sabedoria, ou melhor, pela minha queda pela filosofia. Um dos trabalhos que ele nos passou se resumia em responder, em seis grupos, cada um com um filósofo, o seguinte (e que repasso aos amigos deste blog): a natureza humana é boa ou ruim?
Antes de responder, permitam-me continuar: o meu grupo era o de Adam Smith, e, para ele, se não me falha a memória, o homem é bom porque busca seus próprios interesses. Mas tínhamos também as perspectivas de Maquiavel, Bernard de Mandeville, John Locke, e outros dois que minha memória não quer me refrescar (acho que os dois últimos eram Montesquieu e Rousseau...)
Agora respondam, mas respondam sem seichonoieismos: o homem é bom ou mal? Sejam sinceros, e não seichonoiemente corretos...
Posso dar meu pitaco?
O homem só é bom ou mau dependendo da mente de quem o vê. Tomemos um exemplo: Para Maquiavel, o homem é mau, pois ele se acostumou a ver situações assim. Já para o citado Adam Smith o homem não era necessariamente mau, ele apenas buscava os seus interesses (o que considero correto, na minha insuspeita opinião).
Em outras palavras, faço minhas as palavras do pres. Masanobu, em seu Princípio do Relógio de Sol: o mau só existe por ser a maldade uma medida da própria mente da pessoa. E fim de papo!

Da Centésima Duodécima Palestra

Sim, eu voltei! Depois de uns dez dias sem dar as caras, bloguemia, aqui me tens de regresso (ui, essa foi podre!!!)
Vamos às novas então: domingo passado (26.11) proferi minha centésima duodécima (décima segunda, em português) palestra, em Papucaia. Tema: Vida e obra de Masaharu Taniguchi. O tema, confesso, era até dos mais fáceis e palatáveis, nada que uma leitura atenta dos volumes 19 e 20 da Verdade da Vida, com generosas pitadas do relançado "Homem Milagre do Japão" não pudesse auxiliar este esforçado Líder da Iluminação...
E, como vocês sabem, eu tenho uma queda por Papucaia, pelo fato de lá terem vários japoneses...
Bom, palestra boa, tudo muito bom, tudo muito bem. A elogiar, o projetor que colocaram lá, que deu um realce às palestras, excelente (o que, claro, aumenta - e muito - a nossa responsabilidade para fazer um trabalho bonito por lá também..)